tag:blogger.com,1999:blog-8061656172330994848.post1200079041188636900..comments2023-10-26T01:08:25.911-07:00Comments on Ideias Subversivas: ESTAMOS BLOQUEADOS?Júlio Mutissehttp://www.blogger.com/profile/10838356094375594936noreply@blogger.comBlogger9125tag:blogger.com,1999:blog-8061656172330994848.post-64014408725809321302010-03-16T06:37:18.020-07:002010-03-16T06:37:18.020-07:00Tive a oportunidade de ler este texto do E. Vaz no...Tive a oportunidade de ler este texto do E. Vaz no seu blog e tecer um comentário a respeito.<br />Talvez aqui seja a oportunidade de colocar questões que me parecem andar um pouco esquecidas: <br />1.As exigências dos doadores são ou não razoáveis? Fazem ou não sentido? <br />2. Foram devidamente respondidas na extensaa carta do nosso M. de Planificação Aiuba Cuereneia?Gil Cambulehttps://www.blogger.com/profile/16185120118616625613noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8061656172330994848.post-91492329187759346922010-03-11T00:16:06.629-08:002010-03-11T00:16:06.629-08:00thanks julio pela republicação. abraços.thanks julio pela republicação. abraços.Egidio Vazhttps://www.blogger.com/profile/10695037646249810576noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8061656172330994848.post-23282825654821525972010-03-10T22:09:39.194-08:002010-03-10T22:09:39.194-08:00(Conclusão)
Ao dizer por exemplo, que os cargos d...(Conclusão)<br /><br />Ao dizer por exemplo, que os cargos de direcção do Estado são somente para membros da Frelimo, ou que as Células da Frelimo só serão desmanteladas mediante a decisão contrária provavelmente do próximo Congresso, o Sr Filipe Chimoio Paúnde devia perceber que está a pôr em perigo o Plano do Governo de Moçambique e da própria Frelimo, que tem na Unidade Nacional, no respeito pela diversidade em todos sentidos e no trabalho colectivo e inclusivo, o seu apanágio.<br /><br />Essas afirmações saídas da boca como a dele, dão azo aos receios e preconceitos nutridos pela comunidade internacional, que, contra a vontade do Sr Paúnde, regulam a actual ORDEM POLÍTICA E ECONÓMICA INTERNACIONAL. Ele deve saber que vivemos o auge do multilateralismo e da convergência global neoliberal, alérgicos a discursos egocentristas, e que a diplomacia de canhoeira não encontra espaço na actual era.<br /><br />É por isso, premente e inadiável, que a Frelimo, através dos seus órgãos, seja mais responsável e tome um discurso mais inteligente, capaz de mobilizar e reanimar todos actores, todas forças e desabrochar todas as iniciativas latentes em cada um dos moçambicanos, para o bem desta nação.<br /><br />Um discurso chauvinista tende a ser imperialista, que caminha em direcção ao irreconhecimento da alteridade e do pensar diferente. Como SG, ele devia tomar mais cuidado ao exprimir as suas opiniões sobre a vida do seu Governo, suas políticas e a política em geral. Ele precisa reconhecer que apesar de o seu partido ter ganho de forma convincente, a poliarquia é o sistema político que almejamos atingir e para tal, a Frelimo é vivamente convidada a dar o seu inestimável contributo.<br /><br />Os doadores vivem em Moçambique, vêm STV, TVM e Miramar; têm nos moçambicanos os seus adidos de imprensa, consultores em Comunicação e Relações Públicas; a maioria dos oficiais de programa e de projecto dessas chancelarias são também moçambicanos; vivem, sentem, ouvem e sofrem; rejubilam, ovacionam e agradecem os feitos deste Governo e do partido. E também influenciam a forma de pensar desses chancellers. Saber articular vários interesses é dever de um político de grande craveira como é o Sr Paúnde, a quem nutro respeito e por isso vai aqui o apelo.<br />E, a nível do Governo, é chegado o momento de procurar uma outra pessoa para se relacionar com os doadores. Oldemiro Baloi e o Ministério de Negócios Estrangeiros e Cooperação são, quanto a mim, as pessoas ideais. A carta que o Ministério de Planificação e Desenvolvimento endereçou aos doadores foi uma vergonha descarada; um caso prático do que não se deve fazer em comunicação interinstitucional e em momentos de crise como estes.<br /><br />É uma carta que cansa a vista; entorpece a mente e convida a um cochilo. Para quem já está devidamente informado sobre os feitos do governo, não se percebe o detalhe em 71 pontos, para em nenhum deles, responder cabalmente as preocupações dos doadores, tão claras que foram.<br />E a falta de modéstia foi patente. Chamaram-na por documento de trabalho que visava “colmatar o défice de informação que poderá determinado o conteúdo das cartas fera MAPM 101-1 e MAPM 101-1...”.<br />Porém, o redactor esqueceu-se que na carta de cobertura, estava claro que se tratava de um OFÍCIO 032/MPD/GM/2010 em resposta às preocupações levantadas nas cartas [dos doadores] de 09 e 10 de Dezembro de 2009.<br />Por acaso algum dia um Ofício - compreendido como correspondência oficial enviada normalmente a funcionários ou autoridades públicas, expedido por órgãos públicos, em objecto de serviço - constituiu um documento de trabalho?<br /><br />E eu que sei muito bem como e quando se produzem os documentos de trabalho no âmbito das relações de cooperação, fiquei simplesmente horripilado. É uma pena. Grande.Julio Mutissehttps://www.blogger.com/profile/17127735367150659078noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8061656172330994848.post-85166969085273834792010-03-10T22:08:15.896-08:002010-03-10T22:08:15.896-08:00(continuação)
6. Daí, concluir-se que essa guerra...(continuação)<br /><br />6. Daí, concluir-se que essa guerra é nula e só pode exacerbar os sentimentos centrífugos, capazes de porem em causa a cooperação bilateral e multilateral, que a todos interessa manter e suster, da mesma maneira. O bom senso impõe o regresso rápido à normalidade, para que a agenda comum de combate à pobreza seja continuada, ao mesmo tempo que se debata com seriedade necessária e frontalidade meridiana, aspectos candentes que soçobram na consciência de cada um dos contendores.<br /><br />7. Os doadores sabem que ao atrasarem os desembolsos, estarão a torpedear o início de várias actividades do governo, algumas das quais ironicamente, do interesse desse mesmo grupo. Por outro lado, sabem que estão a passar por cima dos acordos assinados entre este grupo e o governo moçambicano à luz da Declaração de Paris sobre a eficácia da Ajuda ao Desenvolvimento, que prevê o alinhamento e a previsibilidade da mesma, por forma a possibilitar a melhor planificação por parte destes governos. Não foi por acaso que se adoptou o método n+1 e noutros casos n+2, que se materializa na declaração de montantes a serem canalizados ao governos com a antecedência de um ou dois anos. E o que se pode perceber da atitude dos PAPs, ao atrasarem propositadamente os desembolsos, a pretexto de falta de claresa e cumprimento de algumas metas?<br /><br />8. De uma ou de outra forma, esse G19 jamais será o mesmo. Reina no seu seio uma divisão de bradar os céus, tal como foi aquando da Missão de Observação Eleitoral da União Europeia, onde se lutou pelo protagonismo a todo custo. E a guerra com o Governo moçambicano é, quanto a mim, mais pessoal – dos chancelers aqui instalados – do que corporativa como pôde demonstrar no ponto 3.<br /><br />Caminhos em frente<br /><br />De uma ou de outra forma, fica claro que as duas partes precisam de aprimorar os mecanismos de comunicação, diálogo político e acima de tudo, serem realistas nas decisões e compromissos que acordarem.<br /><br />Ao Governo, importa aliar o discurso à prática. O povo está a espera, e clama por soluções urgentes – tem dito o PR nos seus discursos. E, quanto a mim, os resultados estão para ontem!<br />À Frelimo em particular, é urgente que o seu Secretário-geral procure imediatamente um conselheiro em comunicação, por forma a não embaraçar o próprio Governo e o Partido. Se o tem, então é recomendável que o consulte ou acate suas orientações, sempre e antes mesmo de se aproximar a qualquer trabalhador de comunicação social, aparelho de gravação de voz, imagem ou qualquer outro meio de divusão da informação. O Sr Filipe Paúnde deve saber que o que ele fala é muito mais forte do que o que um Ministro qualquer diz.<br /><br />(Continua)Julio Mutissehttps://www.blogger.com/profile/17127735367150659078noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8061656172330994848.post-81135735357836167382010-03-10T22:07:47.844-08:002010-03-10T22:07:47.844-08:00Continuação)
Por seu turno, a megalomania do grup...Continuação)<br /><br />Por seu turno, a megalomania do grupo dos PAP foi manifesta, ao ponto de lhes ter entorpecido a inteligência, necessária para o discernimento entre factos, necessários para servir de base para a tomada de decisão, de receios, suposições e senso-comum, próprios de gente cobarde, que usa do seu poder para indiscriminadamente pôr em causa obras que elas próprias ajudaram erguer. Explico-me:<br /><br />1. A greve desse grupo se inicia em Dezembro de 2009 face aos resultados das eleições, mas antes, fruto do contencioso eleitoral que excluiu a maioria doa partidos políticos da oposição. Em 2010, entrou um novo governo, com um novo plano, uma nova agenda, novas metas. Roça a insensatez, punir um novo Governo, que nada tem a ver com o desempenho do anterior. Por que carga de água vai o Aires Aly ter que herdar e assim arcar com as consequências das desinteligências do governo anterior?<br /><br />2. Este procedimento, faz-me concluir que o alvo dessa “punição”, na verdade não é o Governo nem o Estado e sim a Frelimo; o Partido Frelimo, se quiserem, pois, os PAPs assumem que tendo sido o mesmo partido a governar desde a altura que eles estão nessa terra, não vêm portanto nenhuma diferença entre o governo anterior do actual, o que é uma pena para a plêiade, que eu bem acredito serem capazes de apreciar a dimensão legal e formal patente neste caso.<br /><br />3. Isso assemelha-se a termos que obstruir, por exemplo, as actividades políticas ou mesmo duvidar da possibilidade do sucesso político de Daviz Simango só porque o seu irmão mais velho, Lutero Simango, não pude suster o PCN, tendo a sorrelfa “fundido-o” a Renamo, qual atitude traidora, para o desespero da maioria de seus membros! O ponto aqui é que os PAPs agiram preconceituosamente e à margem da boa-fé, ao ter iniciado a greve no fim de um mandato e continuado com ela logo no início do outro; de um novo Governo. Infelizmente, esse preconceito existe, até nos vários relatórios que têm vindo a ser publicados.<br /><br />4. Aquando da azáfama do contencioso eleitoral, os PAPs pediram audiência com o Prof. Leopoldo da Costa, Presidente da CNE, depois com o Presidente da República e não sei mais com quem, tendo na altura deixado bem claro a necessidade da inclusão de todos actores em pleitos eleitorais. Choravam pela exclusão do MDM e dos outros, tendo os últimos, apoiado a candidatura de Guebuza, qual contradição maquiavélica!<br /><br />5. A mesma exigência foi parte de uma carta enviada ao Governo, onde constava, dentre outros pontos, a falta da revisão da lei eleitoral, tornando-a clara. Parece-me ter sido no contecioso eleitoral que eles encontraram o leit-motiv para declararem greve contra o Governo. Porém, parece-me que aqui, os PAPs entraram perdidamente no mato! Convencidos - e com alguma razão – de que eram do grupo de doadores mais forte e com maior influência sobre o governo na África subsariana, foram ao despautério de fazer exigências directamente relacionadas com discussões/reformas políticas e de governação ao Governo Moçambicano, facto que enferma o vício de nulidade à Luz do Acordo de Cotonou entre a União Europeia e países em vias de desenvolvimento, que estabelece que quaisquer discussões políticas entre países da União Europeia e os PVDs deverão ser veiculadas pelos mecanismos da União Europeia e jamais por algum outro fórum como o G19/PAP!<br /><br />(Continua)Julio Mutissehttps://www.blogger.com/profile/17127735367150659078noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8061656172330994848.post-17134046866690080362010-03-10T22:06:25.124-08:002010-03-10T22:06:25.124-08:00(Continuação)
5. A opulência, o enriquecimento rá...(Continuação)<br /><br />5. A opulência, o enriquecimento rápido e na maioria das vezes (in)convincentemente justificado; a falta de transparência nos negócios do e com o estado, são dos exemplos que o dia-a-dia documenta e encontra no Presidente da República o exemplo vivo de quem também está preocupado, pelo menos ao nível do discurso. E é sobre essa distância, entre o discurso e a prática que todos nós clamamos por uma ponte. Neste caso concreto, tenho que concordar, aliás, como é da opinião de todos cidadãos exigentes, incluindo a do governo de Moçambique, faltando desse último, um pouco mais de arrojo e coragem para imprimir alguma dinâmica nesse sentido.<br /><br />6. A carta-resposta do Governo de Moçambique aos PAPs foi, quanto a mim, um irremediável tiro para o ar; um sermão aos peixes (esses seres que não entendem a linguagem dos humanos, ao menos que fossem golfinhos!); foi acima de tudo, a prova dum cinismo, ou pelo menos, de alguém que sabia o que a outra parte pretendia, mas que não lhes convinha fornecer a devida resposta; preferindo assim um discurso esotérico, legalista; cingindo-se à celebração dos feitos da governação anterior, como se a audiência não estivesse a par deles.<br /><br />7. Na verdade, a carta nem precisava de ser tão longa (18 páginas) e circunstanciada (4 partes, 71 pontos) como foi o caso. Bastava dizer ao grupo dos doadores (1) porquê a informação não flui, (2) porquê as metas não foram atingidas e (3) como pensa supera-las, para que se encontrasse uma base de discussão e um Diálogo Político superador. Não foi o caso, para o gáudio do estilo chauvinista, característico de um Governo enérgico em combater a pobreza mesmo que para tal, sacrificasse as técnicas de uma boa comunicação, da diplomacia e da celebração dos jogos de cintura, necessários para o alcance exitoso do devir comum: a libertação do homem moçambicano da pobreza, nas suas múltiplas dimensões, incluindo na escrita e na comunicação inter-institucional.<br /><br />(Continua)Julio Mutissehttps://www.blogger.com/profile/17127735367150659078noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8061656172330994848.post-79782346556415395602010-03-10T22:05:08.169-08:002010-03-10T22:05:08.169-08:00Este debate corre por email também, Egídio Vaz res...Este debate corre por email também, Egídio Vaz respondeu (por email) e publica no seu blog http://ideiasdemocambique.blogspot.com/2010_03_01_archive.html#8765857987898481849:<br /><br />Porquê o diálogo político falhou?<br />Reflexões em torno da "greve do Grupo de países doadores" ao Orçamento do Estado em Moçambique<br /><br />Há muito que me sinto tentado a tecer comentários em torno desse asunto. Não querendo ser explosivo nem “chauvinista” acho que ambas as partes têm culpa nesse “impasse”. Explico-me.<br /><br />1. O Governo de Moçambique tem sido reticente em fornecer informação sobre progressos tangíveis em relação a aspectos ligados a boa-governação, strictu lato. Essas reticências vêm se alastrando desde os tempos da Governação de Joaquim Chissano, tendo se exacerbado na era do Presidente Guebuza.<br /><br />2. E atendendo a própria natureza da situação, o sucesso no combate à corrupção, na dita “despartidarização do estado”, no fortalecimento do sistema de administração da justiça, são por defeito, aspectos que levam o seu tempo para se alcançar resultados exitosos e por outro lado, exigem maiores investimentos em infraestruturas, recursos humanos e tecnologia, bens a todos faz falta. Porém, o problema nasce com os discursos pouco ponderadas do SG da Frelimo e seus seguidores, que nas suas apreciações políticas sobre a governação em Moçambique desconsideram a poliarquia como sistema político almejado por todos, celebram o “fim da história, enterrando vivos” todos os contendores políticos que reclamam a sua existência.<br /><br />3. E o maior problema do Governo, segundo os doadores, foi sempre o de ter aceitado as metas, indicadores de desempenho e objectivos negociados com os doadores no âmbito do PAP sem que contra eles apresentasse qualquer resultado tangível ou relatório de progresso circunstanciado, como acordado.<br /><br />4. A demora, as manobras dilatórias, as desculpas, os relatórios generalistas e muitas vezes prolixos, contrastam com o avantajado estado quase capturado em que o Estado se encontra, pela gang cleprocrata incrustados nos vários níveis da gestão da coisa pública – o caso Aeroportos de Moçambique serve de exemplo paradigmático e, se não fosse o acto quase revanchista o Administrador demitido, se calhar, Cambaza e sua camarilha estariam até hoje passeando pelas ruas de Maputo e afora.<br /><br />(Continua)Julio Mutissehttps://www.blogger.com/profile/17127735367150659078noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8061656172330994848.post-59394082278725492162010-03-10T16:35:57.766-08:002010-03-10T16:35:57.766-08:00Júlio
'...aparentemente aplaudido por determi...Júlio<br /><br />'...aparentemente aplaudido por determinadas alas intra muros?'<br /><br />Oh Muthisse, essas 'alas' são as mesmas que avisaram que isso poderia acontecer...ou não? Não ficarias tu feliz, se uma tua previsão ou 'analise futurista' se tornasse realidade? hum...<br /><br />Ora...eu não vejo motivos para tanto alarme...antes dos 5 meses terminarem, os valores serão reembolsados. <br /><br />Os doadores não nos dão dinheiro de borla. O apoio ao OGE eh uma espécie de 'troca de favores'. E os G19 não quererão perder os favores do 'parceiro' moçambicano...aminhavozzhttps://www.blogger.com/profile/07656817447670356527noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8061656172330994848.post-60613842932781441072010-03-10T16:31:01.296-08:002010-03-10T16:31:01.296-08:00Este comentário foi removido pelo autor.aminhavozzhttps://www.blogger.com/profile/07656817447670356527noreply@blogger.com