quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Analisar O Todo Pela Parte

Há quem acredita cegamente que a parte é o todo. Facto, é que a parte pode ser forte às vezes, mas nunca em ocasião alguma se pode substituir ao todo. Isto porque o todo é fruto de múltiplas partes, daí que, não podemos extrair uma parte do conjunto a que faz parte e temo-lo como poderosa e logo, capaz de superar o todo.

Mas deixemos de filosofias para o concreto: o nascimento do MDM trouxe, em Alguns, um sentimento de que o MDM, e seu candidato superariam tudo e todos. Houve muitos, que passaram a olhar o “todo” (pais), a partir da “parte” [Beira/Sofala(?)].

Olharam para a popularidade do MDM e seu candidato a partir de Sofala e logo, deduziram, que em Moçambique inteiro, o MDM tinha inserção.

Foram e são estes, que ante a exclusão e por motivos tão óbvios como os de incapacidade para montar uma máquina partidária plena em todo o pais, não quiseram aceitar, desdobrando-se em desculpas da inclusão e da CNE servir os objectivos do partido no poder.

Mas, maior dança, assistiu-se aqui na blogosfera, onde o MDM e seu candidato, foram tão agigantados, tão agigantados, que mesmo os que tem a capacidade de pensar este pais, fora dos escritórios com temperatura à medida, começaram a acreditar que o MDM (parte) se podia substituir ao todo.

Sentimos até arrogância por parte de alguns blogers, que tendo vivido na ânsia de receber a luz, receberam-na em quantidade superior, o que, provocou cegueira, ao ponto de não conseguirem enxergar a verdade.

E fugia-lhes a verdade do trabalho visível que o candidato Armando Guebuza fez durante o seu mandato; fugia-lhes a verdade do facto deste ter palmilhado o Distrito e empoderar-lhe; deste, ter mantido contacto directo com o seu povo, num pais, em que o Presidente se conhecia dos retratos disponíveis nas instituições.

Fugia-lhes acima de tudo a obra que foi a governação do candidato Guebuza que, bastou que o candidato do MDM anunciasse a sua candidatura, e com algum peso de história que este carrega, e dos feitos (que precisam ser reanalisados na governação) deste no Município da Beira.

Sim, reanalisados, porque o mesmo contentamento que o povo da Beira teve no mandato anterior do Deviz (início), parece-me que foi sol de pouca dura (mas esta é matéria de um próximo post).

Assistimos a blogers arrogantes, como se investidos já de poder (no fundo denunciavam a sua postura se tomassem o poder), onde o outro (da FRELIMO entenda-se), era tratado com todo o desprezo, com todos opróbrios que o dicionário já conheceu; tratado, como não pensante.

E pensavam somente os pro MDM e seu candidato.

Alguém dirá que estávamos em guerra e que todo o pensamento para derrubar o adversário valia, mas que se diga, um pouco de bom senso se recomendava, porque vir com discursos de gerações que nunca existiram (28 de Outubro), senão na cabeça de quem os anunciava, pensar que não se podia parar o vento (Mbepo) com as mãos, quando nunca houvera ventania senão nas cabeças de quem a anunciava, acreditar em sondagens e inquéritos que eram feitos pelos próprios e com direito a votos plúrimos, não pode justificar a guerra movida. Aquele pensamento, justificava a arrogância que tomou conta de todos desde o candidato do MDM, alguns membros, jornalistas que liam os blogues e acreditavam que aqueles reflectiam o Moçambique.

Até, chegaram estes, a vaticinar uma Segunda volta (?) entre o candidato da FRELIMO e o do MDM.

Ora, senhores, uma possível segunda volta seria e por mera hipótese académica com o líder da RENAMO, que os seus apoiantes nunca vieram a blogosfera e não assistem televisão (eleitorado rural).

Queria, e mesmo a finalizar este texto atípico, dizer que me reconcilio com o todos os meus irmãos blogers que me insultaram de todas as formas (porque acredito que o faziam pensando no bem estar de Moçambique) e lanço um convite, para que não desapareçam como o fazem agora, que voltem ao convívio da blogosfera, para que recomece o debate, que deve ser permanente.

Anuncio que continuo aqui; não fui a lugar nenhum já que não corria para lado nenhum. Continuarão me encontrando sempre onde me encontravam já que não sairei daqui de onde sempre observei o meu pais.Um abraço a todos e não a partes.