sexta-feira, 7 de agosto de 2009

A Voz da Juventude

Quando, há dias, quase sufoquei o Shirangano com perguntas sobre o que ele pensava de estruturas como o CNJ, ARO, OJM e outras J partidárias, tinha em mente produzir uma reflexão (na esteira do mais polémico e ridículo "debate da nação") sobre estas organizações e o que, idealmente, em minha opinião, elas deveriam representar.

Porém, a medida que ia escrevendo, fui sendo assaltado por dúvidas e mais dúvidas relativamente aos pressupostos de que partia na minha reflexão e decidi parar. E parei mesmo.

Mas não podia simplesmente parar. Tinha que cá vir e perguntar:

Estrutural e organizacionalmente, o CNJ e outras organizações juvenis (incluindo as partidárias) têm:

  • capacidade para serem, junto do Governo e outros parceiros, interlocutores válidos em relação aos assuntos da juventude?
  • capacidade para auscultar os reais anseios da classe que, potencialmente, representam? De que forma auscultam essa classe?
  • capacidade para definir agendas realísticas sobre os anseios da juventude moçambicana na actualidade?
  • abertura suficiente para serem interpeladas?
  • capacidade negocial ou jogo de cintura para imporem as suas ideias e visões sobre os anseios da classe que representam?
  • noção das condicionantes de a principal fonte de financiamento ser o ente com quem temos que nos bater para a prossecução da nossa agenda?
A medida que estas perguntas me assaltavam, fui sendo assolado por um sentimento pessimista que não podia, de forma nenhuma, desxar que tomasse conta de mim. Por isso vim aqui.

Tranquilizem-me.

Mutisse