terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Ainda Podemos Doar Conhecimento, Ainda Podemos Doar Cultura

Quando há semanas, neste espaço e noutras redes sociais coloquei o apelo clamando a todos no sentido de doarmos conhecimento, cultura, saber, lazer, ou seja como for que enquadremos a questão, doando um livro à biblioteca Municipal da Matola para o seu reforço, contava com meus companheiros, compatriotas também comprometidos e ciosos da ideia de que uma sociedade informada e com conhecimento tem cidadãos conscientes e a democracia, que todos defendemos, sai reforçada. E não me desiludiram; disseram presente.

Obrigado ao Dr. Carlos Serra Jr., que mobilizou o CFJJ para apoiar. Obrigado Dr. Leopoldo de Amaral pela pronta resposta e comprometimento com a causa. Obrigado a todos vocês que estão aí para ajudar embora prefiram manter o anonimato.

Continuamos a contar com o apoio de todos. Os livros nunca serão demais. Aqueles que não mais couberem na Biblioteca actualmente em funcionamento, serão canalizados para novos núcleos da mesma biblioteca. O Concelho Municipal da Matola tem o plano de expandir a Biblioteca pelos demais postos Administrativos. Se eu ainda estivesse lá insistiria que a seguir fosse montada uma no Infulene, Posto Administrativo muito populoso e que passará a contar com 2 escolas secundárias (Khongolote e Zona Verde). Como cidadão sugiro isso.

Podemos ser mais específicos: apetrechemos mais a biblioteca que já existe, pensando em expandir os seus serviços. As pessoas da Matola e seus dirigentes vão agradecer.

Esta é uma forma de exercitarmos uma “Cidadania consciente” que, quanto a mim, e como sempre digo, passa fundamentalmente pelo conhecimento dos nossos direitos que servirão de guias no seu exercício e na participação política que devemos ter. A cidadania é aqui tomada como expressão de “um conjunto de direitos que dão à pessoa a possibilidade de participar activamente da vida e do governo de seu povo” segundo a definição de DALLARI (Direitos Humanos e Cidadania. São Paulo: Moderna, 1998. p.14.) que acrescenta que “quem não tem cidadania está marginalizado ou excluído da vida social e da tomada de decisões, ficando numa posição de inferioridade dentro do grupo social.”