quarta-feira, 7 de julho de 2010

Custa Dialogar Com o Presidente da Republica?

Não posso afirmar com muita certeza, mas o Presidente da República de Moçambique S. Excia Armando Emílio Guebuza deve ser dos poucos presidentes africanos que mantém várias linhas de contacto com os governados. Isso acontece quer atraves das presidências abertas e inclusivas, quer através de um blog que, até onde sei, não tem espécie alguma de censura.

Em tempos escrevi sobre a necessidade de diálogo entre a classe política dirigente e os cidadãos em que os “dirigidos” poderiam, livremente, interpelar os dirigentes sobre as políticas publicas, ideias, apresentar sugestoes etc.

Quando o cidadão Armando Emílio Guebuza, no auge da Campanha eleitoral lançou o seu blog e, através dele, interagia com seus potenciais eleitores, e não só, muitos de nós apelamos que aquele espaço não encerasse com o advento das eleições.

O blog do Presidente da República reeleito continua no ar. Nele continuam a ser publicadas as visões do líder moçambicano o que me enche de alegria.

Infelizmente, apesar da existência deste espaço parece que nos demitimos de interpelar o nosso líder da nação. Perante a oportunidade de podermos dialogar com o PR, simplesmente nos mantemos num mutismo que não consigo perceber.
Perante a hipótese de interpelar a fonte primária da expressão “Geração da Viragem” alimentamos debates intermináveis sobre este conceito, sem irmos, nem se quer a fonte originária (aqui) para avaliarmos o que o seu proponente primário pretende com o tema.
Será medo? De quê?

Porque não destilamos o nosso saber que, incansavelmente, mostramos em debates que ficam no crivo dos nossos emails apenas, discutindo com o PR o seu pensamento sobre o nosso futuro? Porque não aproveitamos a sua abertura para, com urbanidade, propormos a nossa visão do rumo que o país deve tomar?

Porque não pensamos, como aconteceu no início, dos nossos debates podem nascer novas abordagens sobre os mais diversos assuntos?

Ou será que somos de opinião de que o PR não pode ser questionado? Infelizmente, a ser esse o pensamento, perdemos a chance de dialogar com alguém que já mostrou valorar as ideias saídas destes espaços.