segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Viciação Artificial de um Processo Eleitoral: O Papel Indecoroso de Algumas Chancelarias

Do meu amigo Obed L. Khan recebi, por email, o texto que, com a devida vênia ao seu autor, publico aqui neste espaço.

Viciação Artificial de um Processo Eleitoral

O Papel Indecoroso de Algumas Chancelarias


Obed L. Khan

Introdução

Que factores determinam o actual cenário de ruído e gritaria prevalecente em alguns sectores políticos, da comunicação social e da blogosfera?

Que factores determinam o protagonismo excessivo de algumas representações diplomáticas, algumas vezes eivado de autêntica grosseria e visível ingerência em assuntos internos, em violação das convenções que regem as relações diplomáticas entre Estados soberano, como aquele que nos tem dado a assistir por Todd Chapman, que nem sequer Embaixador é, um simples Encarregado de Negócios dos Estados Unidos da América?

Haverá ou não, por parte de alguns sectores externos, tentativas evidentes de, logo de início, desacreditar o processo eleitoral em curso e destabilizar Moçambique? Existem algumas evidências que apontam para um esforço concertado de desacreditação para depois se lançar a destabilização?

Este artigo pretende responder a algumas destas interrogações e contribuir para que o nosso país venha a ter eleições livres que, mais do que a interesses de potências estrangeiras, responda aos mais genuínos anseios do povo moçambicano. Mais, que Moçambique seja um país em paz.

Antecedentes

Há antecedentes para esta gritaria e ruído protagonizado por alguns sectores externos que, agora se esforçam para moçambicanizar um problema que é seu.

O primeiro deles é a exclusão, com base na Lei, de alguns candidatos que se haviam proposto concorrer às eleições presidenciais.

Um grande número de concorrentes, alguns deles veteranos nestas lides, foram impedidos de concorrer às eleições presidenciais por manifesta agressão aos procedimentos legais. Relatam-se casos de alguns desses candidatos que, fraudulentamente, pegaram mapas de eleitores publicados pelos órgãos eleitorais e, sem consulta com os visados, forjaram assinaturas e impressões digitais e submeteram-nos ao Conselho Constitucional.

Foram, logicamente, chumbados e, esperamos, responsabilizados criminalmente. No geral, a decisão do Conselho Constitucional foi aceite sem muito ruído, pese embora o espanto e a admiração que causou. Era a primeira vez que se passava um pente fino aos processos apresentados pelos candidatos.

O segundo antecedente surgiu duma percepção pública deturpada da decisão da Comissão Nacional de Eleições.

Circulou em alguns meios, incluindo na blogosfera, a notícia de que apenas três Partidos haviam sido aprovados para concorrerem nas eleições legislativas e provinciais.

Esses Partidos seriam a FRELIMO, a Renamo e o MDM. Este entendimento errado caiu bem na opinião pública. Circularam inclusivamente comentários de que estefiltro permitiria uma escolha menos dispersa dos eleitores. Partidos como o PIMO, o Partido Trabalhista, o PDD e outros foram ridicularizados nesses sectores, devido à sua falta de capacidade e de organização.

Factores Determinantes da Gritaria e do Ruido

A mudança de atitude, por parte de alguns sectores internos e externos dá-se quando se percebe que o rigor dos órgãos eleitorais havia atingido um Partido que é percebido como um virtual sucedâneo da Renamo no espectro político moçambicano ou como dizia um cidadão “a metamorfose da perdiz que se traduziu em galo como resultado dos 17 anos de domesticação”.

A indignação que a exclusão desse Partido suscitou cegou e retirou objectividade política aos nossos diplomatas estrangeiros que, alertados de que estavam a ingerir grosseiramente em assuntos internos de um Estado soberano, trataram de recrutar altifalantes nacionais, aqueles que não se envergonham em vender a sua dignidade e o pais a troco de algumas palmadinhas e uns trocos em apoio de seus projectos insustentáveis.

Não vi até agora um esforço para entender com rigor analítico os factos que originaram o furor e a zanga dos nossos diplomatas.

Organizar processos eleitorais não é uma empreitada fácil. Requer estrutura, disciplina e organização.

Os dados em presença indicam que alguns desses requisitos não estiveram presentes, particularmente no MDM. Este Partido surgiu em finais do ano passado. Embora tenha conseguido capturar alguns delegados e algumas sedes da Renamo, o MDM não se apoderou da estrutura da Renamo.

Pode ter alguns delegados provinciais e, até, distritais, mas não possui ainda uma máquina com capacidade e vocação de seleccionar candidatos em todas as províncias e em todos os distritos para as eleições legislativas e provinciais. Uma máquina para recolher, verificar e arquivar devidamente processos individuais relevantes para qualificar candidaturas. Muitos quadros ainda estão relutantes em abraçar este novo Partido.

O Presidente pode telefonar hoje e convidar alguém para Candidato. Esta pessoa aceita. É inscrita nas listas. Mas, algumas semanas depois, quando é procurada para entregar a documentação requerida, essa pessoa pode não ser encontrada. Por conveniência própria. E é preciso telefonar para outros. E o ciclo se repete. Não existe uma delegação do Partido eficiente e eficaz para monitorar estes processos.

O que se descreveu acima reflecte as deficiências de estrutura deste novo Partido. As informações que circulam com insistência revelam que este Partido não esteve organizado também.

Por exemplo, um dos mais dinâmicos activistas, depois de haver entregue os processos na CNE, mandou o seu empregado lavar o carro. Este encontra dentro do carro caixas que se veio a descobrir serem os documentos que validavam as listas entregues.

As caixas são encontradas fora do prazo em que deveriam ter dado entrada na CNE. A carta enviada pelo MDM à CNE, a solicitar que se autorizasse o mandatário a digitar as listas nos computadores daquele órgão deve resultar deste facto.

Ou seja, tudo parece indicar que o MDM apresentou listas incompletas, desorganizadas e sem condições para qualificar candidaturas nos círculos eleitorais em que foi desqualificado. E organizar devidamente as listas não é tudo. É necessário que as mesmas sejam finalmente eleitas. O que não estava garantido, com alguns círculos a revelarem grandes debilidades.

Há inclusivamente suspeitas já publicadas de que o MDM estava consciente das suas fragilidades. E que, por isso, esmerou-se na organização das listas das províncias onde entende ter melhor implantação (Sofala, Zambézia, Cidade de Maputo e Niassa) e que, propositadamente, desorganizou os processos das outras províncias para serem chumbados.

O objectivo seria capitalizar na reprovação, projectar uma imagem de vítima e, deste modo, elevar o seu perfil nacional e internacionalmente. Esta percepção não é de todo descabida sabendo que a vitimização foi a estratégia intuitivamente adoptada por Daviz Simango nas eleições autárquicas na Beira.

Pressão Indecorosa de Embaixadores Estrangeiros

Tenho a impressão de que a posição da CNE é, na substância, inatacável do ponto de vista legal. Só esta suposição é que pode justificar as posições camaleónicas dos nossos amigos diplomatas.

Com efeito, nas suas grosseiras pressões, falam de tudo, menos do respeito pela legalidade. E isto é estranho vindo dos nossos amigos europeus e americanos. Estes países insistem em que fundaram as suas instituições políticas na base do respeito escrupuloso da lei, e que o seu desenvolvimento, prosperidade e bem estar social provêm desta perfeita simbiose entre as instituições políticas e a legalidade.

Nos últimos vinte anos vêm pregando este novo evangelho com inspirado vigor. Subitamente percebemos uma dramática mudança nas suas práticas.

As declarações de Kari Alanko, Embaixador Finlandês em Moçambique, embora menos grosseiras e menos mal educadas que as de Todd Chapman, fotocópia do Dennis Jett, seu conterrâneo, são sintomáticas neste aspecto. Ele fala dos princípios gerais de democracia que, segundo ele, são a liberdade, a justiça e a transparência. Não há nenhuma alusão ao respeito pela legalidade. Mesmo procedimento havia sido seguido pelo Diplomata americano quando introduziu o conceito da “inclusão” no dicionário político moçambicano sem, porém, sobre ele elaborar no mais mínimo.

É caso para considerar que estes nossos amigos devem acreditar que existe uma democracia para europeus e norte-americanos, que se funda no respeito pela lei e uma democracia para pretos que seria gerida na base de um confuso, subjectivo e curioso conceito de “inclusão”.

Desta vez os nossos amigos diplomatas não falaram da alternância como um dos princípios gerais da democracia, sem a qual as eleições não podem ser percebidas como livres e justas. Ainda não começaram a falar do GUN. Mas tudo leva a crer que lá chegaremos como aconteceu nos tempos de Dennis Jett.

A FRELIMO, juntamente com o MPLA, o Chama Cha Mapinduzi, o ANC, a SWAPO e a ZANU, tem a sua génese no movimento libertador que ousou desafiar a supremacia branca na região. No seu conjunto, estes Partidos estão imbuídos de um espírito fortemente nacionalista orientado para uma dignificação cada vez mais crescente dos africanos. Estes Partidos olham para os recursos da região, nomeadamente a terra, os recursos minerais, os recursos marinhos e outros como devendo beneficiar, em primeiro lugar os nossos povos.

A permanência no poder destes Partidos é uma afronta às estratégias hegemónicas de poderes estrangeiros. Daí a aposta na sua demonização e consequente derrube e pulverização.

Assim foi na Zambia com a UNIP. Processo similar está em marcha no Zimbabwe com o desejado enfraquecimento da ZANU-FP. Portanto, quando poderes externos não se coíbem de desafiar, desacreditar e vilipendiar as decisões de um órgão independente como a CNE só podemos nos perguntar o que estará atrás dessas atitudes.

Quando embaixadores estrangeiros pedem ao Presidente da República para, fora dos parâmetros da lei, intervir e declarar nulas as decisões de um órgão independente como a CNE só podemos nos perguntar que interesses se perseguem.

Quando no âmbito do diálogo político com o Governo os mesmos embaixadores chantageiam o país com eventuais cortes de ajuda, para forçar uma intervenção irregular deste sobre a CNE e sobre o Conselho Constitucional só podemos dizer que se perdeu a vergonha, o decoro e o respeito pelas regras diplomáticas.

Quando embaixadores de países estrangeiros emitem declarações regulares para pressionar e intimidar o Conselho Constitucional só podemos concluir que o rei vai nu. E, finalmente, perguntar: o que faz correr a “comunidade internacional”?

Sinais de que se Pretende Descredibilizar o Processo

Há indícios de que se pretende forçar uma situação de crise política e de caos e finalmente destabilização.

O primeiro sinal pode ser obtido do esforço sistemático de demonização da CNE, quer nela própria como instituição, quer nas pessoas dos seus componentes, em especial o seu Presidente.

O segundo sinal pode ser obtido da pressão indecorosa sobre o Conselho Constitucional e dos apelos para que não seja acatada qualquer decisão que não vá de encontro às pretensões dessas chancelarias.

Um terceiro sinal pode ser encontrado na forma como um processo eleitoral geralmente pacífico está a ser relatado por alguns sectores da imprensa nacional e internacional, a mando destes diplomatas zangados.

Quem não está no terreno é levado a pensar que sempre que um militante do MDM sai à rua é agredido. Que a campanha eleitoral está a ser condicionada por uma violência institucional semelhante àquela que nos foi relatada sobre o Zimbabwe.

Pretende-se, em minha opinião, criar todas as condições para a rejeição dos resultados cujo vencedor qualquer pessoa minimamente informada conhece antecipadamente por virtude de um trabalho de grande mérito que realizou ao longo de todo este quinquénio. Neste sentido, o trabalho jornalístico de um semanário local que sai às sextas-feiras é um manual completo de como se constrói artificialmente o caos e a destabilização.


PS. Os nossos parceiros zangados devem recordar-se que o que nos dão não é almoço grátis. Teremos que pagar de forma directa como divida ou nos meios diplomáticos votando a favor da sua candidatura em organismos internacionais...

43 comentários:

Bayano Valy disse...

caro muthisse,

não tenho muito tempo para pensar senão o trabalho. hei-de comentar o post com mais vagar. mas adianto que me parece ser tendecioso. espero que o caro obed não pense que é um artigo académico. o obed costuma ter artigos com grande rigor científico, mas não desta vez. parece mais de um comissário político.

abraços

Anônimo disse...

Acho que nem se devia perder tempo a debater-se esta "encomenda".

Shirangano disse...

Uma grande e bela análise!
Mas não deixa de ser mais uma opinião clara e objectivamente especulativa - subjectiva, ia a escrever - aliás, a mesma opinião, como tantas outras, parece assentar-se que nem uma luva, mas peca por carecer de fontes.

Pude identificar alguns ponto que merecem concordância generalizada, como por exemplo, a tentativa de descredibilizar o processo.

Entretanto, é de conhecimento de todos nós que a CNE está desprestigiada e desgastada com os últimos acontecimentos.

Ninguém sabe concretamente, e provavelmente ninguém nunca saberá, o que levou a CNE a afastar alguns partidos. Mas uma coisa se sabe: ela é constituída por membros da Frelimo e Renamo, que curiosamente passaram a ter o estatuto de ministros há bem pouco tempo.

Há perguntas simples que quando feitas não têm uma resposta clara ou objectiva. Eis uma delas: Que interesses obscuros a CNE pretende favorecer?

Em relação á estratégia de auto-vitimização, vindo de um partido político não é de se espantar. Os partidos políticos, nesse enredo de interesses inconfessáveis, são capazes de tudo para levarem água ao seu moinho.

Convém ao eleitorado entender quais dentre os três “cães” que se espancam pelo mesmo osso, merece confiança plena.

“Estes partidos olham para os recursos da região...como devendo beneficiar, em primeiro lugar os nossos povos.” – que grande disparate! Por acaso o seu amigo, caro Mutisse, não sabe que os partidos estão preocupados consigo próprios, em primeiro lugar, e a ultima instância, olham para o povo. Se fosse ao contrário não assistiríamos todos os dias aos dirigentes a ampliar as suas riquezas para lá do pecado, blasfemo, intolerável e insuportável.

Jonathan McCharty disse...

Ao Obed a.k.a Dr. Matabele, e' preciso, antes de mais, nao pretender externalizar o problema!! As reivindicacoes e zonas de penumbra devidamente identificadas ao processo eleitoral (ate' aqui, perversamente, sem resposta, pelos vassalos da CNE) sao da autoria e preocupacao primeira, dos Mocambicanos!!
Os doadores aparecem porque veem que os compromissos pela boa governacao, democracia e construcao de um estado de direito, assumido com este governo, para que este sobreviva, estao a relegados para niveis admissiveis!!

Mas, se a unica logica que o erudito autor destas linhas e' "o poder, pelo poder", "frelimo oiee' para todos os cantos", entao pode continuar a escrever textos "certeiros" como este. Mas, nao pense que esta' num pais de acefalos!!

E, falando em "certezas", este mesmo autor, gritou de viva voz, que "nenhum candidato independente pode ganhar eleicoes em Mocambique, fora de uma plataforma partidaria"!!

"Certezas"..........

P.S- No more comments on this subject!! Avoid bother yourselves to reply me!!

Anônimo disse...

Li este artigo e nao consegui dilacerar os seus aspectos cientificos senao constatacoes tendenciosas e com especulacoes vo me baseiar nalguns factos avancados pela imprensa
Primeiro a carta exibida pelo presidente da cne esteve relacionada a falta de organizacao nas candidaturas as assembleias provinciais porque e que o PHD leopoldo nao especificou fando-nos crer que era referente a organizacao dos processos a todos niveis
segundo concordo que os doadores nao tem que se meter nos nossos assuntos mas eu coloco uma provocacao e possivel ser-se independente se sempre andamos de bracos esticados por isso enquanto continuarmos a depender netsa condicao de pedinte teremos que suporta-los ou entao e so dicidirmos que nao queremos mais ajuda externa e trabalharmos ate connseguirmos vencer com as nossas proprias maos meus senhores os que nos dao dinheiro mesmo na altura de samora sempre foram assim o que sao convencoes? acham mesmo que isso se respeita quando eu te dou dinheiro para sobreviveres? por isso nao venha com esta de os estrangeiros estao a se meter eles ja se metaram a muito tempo e nos ja os aceitamos por isso infelizmente eles tem razao em se intrometer
terceiro meus senhores este artigo so mostra que existem pessoas que acham que estao a lidar com analfabetos sera que nos nao lemos sera que nao temos percepcao e analise critica das coisas esta a defender erros meus senhores ainda a dias estava a ler um desses jornais em online acerca de erros sobre as passembleias provinciais a frelimo e arenamo se a memoria nao me atracoa estao a concorrer numa das provincias com menos suplentes do que previsto na lei.
outro ponto porque a cne realizou em pleno feriado a totobola para organizacao dos partidos nos boletins de voto sabendo se que primeiro tinham que esperar pelos recursos ao cc em caso de existirem. eu direi que quanto a vitimizacao cada um joga com o triunfo que tem a ferelimo com ameacas de despedimento, a renamo com ameacas de guerra e o mdm com a aparencia de vitima. todos os partidos tem um fim para atingir um fim o poder,m aliaz quero vos lembrar que o mdm nao prcisou fazer campanha a nivel das zonas urbanas foi esta caracteristica de vitima que lhe fez ser considerada de terceira forca politica, antes de lhe cortarem as pernas deim-lhe espaco para provar . se falar de organizacao a frelimo tem para dar e vender e o mdm nao, com tao curta vida a frelimo e a renamo fizeram dele a terceira forca politica. sao artigos como estes que nao dignificam a ninguem a alguma coisa que nao esta bem e provavel que estejamos a ser manipulados mas as coisas ja nao vao bem a muito tempo por isso nao vamos perder tempo com esta novela que vai cohecer os deradeiros capitulos na proxima semana

aminhavozz disse...

Só por curiosidade, Muthisse, porque é que decidiste publicar esta carta aqui no teu blog?

Reflectindo disse...

Caro Obed L. Khan

Apenas para dizer-te que li o teu artigo, mas não te reconheco como aquele com quem debati há um ano, mesmo com ideias divergentes. Lamento que não tenhas deixado alguma dúvida que estás a externizar o mau/péssimo trabalho de Leopoldo da Costa com intencão de MANIPULAR a opinião pública. Mais uma oferta envenenada?

Meu amigo, depois não digas que não ajudaste a promover o MDM.

Um abraco

Anônimo disse...

Vejo aqui uma antipatia ideológica ao que se escreveu. Ninguém está a fazer um esforço para rebater ponto por ponto o que Obed Khan escreveu. Por exemplo: Ninguém coloca a hipótese de o MDM não ter conseguido organizar os processos? Leram realmente a carta que o Doutor Leopoldo exibiu? Fala só das eleições provinciais? Por acaso eu li. Fala das provinciais e das gerais.

Julio Mutisse disse...

Zenaida, o Obed me pediu porque pretende interagir com todos nós a volta deste assunto. Até onde sei este texto foi publicado num dos jornais e, muitas vezes, as páginas dos jornais não permitem este debate quase que em tempo real.

Outra razão é que acho que o tema, apesar de largamente debatido, é ainda actual e há muito que se diga dele. Houve erros, em minha opinião, tanto da própria CNE como dos próprios partidos e o que estamos a fazer é atirar pedras para um lado e esquecer outros lados.

Anónimo 2(é sempre difícil lidar com anónimos), de facto é preciso ir debater as teses do Obed, disso não hajam dúvidas. Mas há aqui statements importantes que podem ser, igualmente debatidos. Por exemplo o bom do Jonathan (ainda o vou encontrar nas minhas viagens por este país) levanta a questão de que "As reivindicacoes e zonas de penumbra devidamente identificadas ao processo eleitoral (ate' aqui, perversamente, sem resposta, pelos vassalos da CNE) sao da autoria e preocupacao primeira, dos Moçambicanos". Me parece real embora não concorde com ele quanto a entrada e os fundamentos dos estrangeiros.

Reflectindo, percebo a sua preocupação e há pontos e fundamentos que requerem ainda alguma clarificação mas, não deixa de ser sintomático que um partido, por acaso o mais barulhento, tente escamotear que o seu mandatário tenha esquecido (no último dia da entrega das candidaturas) caixas e caixas de processos de candidatura e que os tenha tentado submeter já fora do prazo. Me parece problemático.

É claro que isso não exime a CNE dos erros que cometeu e dos quais trarei em post concreto no legal e subversivo e que, em parte, foram arolados no debate entre o Nero e o Jonathan num post mais abaixo.

Anónimo 1(é, mesmo, sempre difícil lidar com anónimos) a posição, a dependência económica é mesmo perversa. Engraçado é que, consoante os momentos e os intervenientes, como diz o Obed, esqueceram a legalidade que nos pregam constantemente. "Ele fala dos princípios gerais de democracia que, segundo ele, são a liberdade, a justiça e a transparência. Não há nenhuma alusão ao respeito pela legalidade."

Jonathan, concordo consigo o problema não deve e não pode ser externalizado... é nosso problema e quem vier para nos ajudar a perceber o problema não deve vir com auras de mandão, de general e de eu quero eu faço eu aconteço como, me parece, ser a atitude dos nossos amigos. De facto eles falam dos princípios gerais de democracia que, segundo eles, são a liberdade, a justiça e a transparência. Não há nenhuma alusão ao respeito pela legalidade... e esta não foi attropelada de todo.

Shir, o Obed terá tempo para responder... mas como ensina o professor Elísio Macamo é necessário identificar correctamente o problema para avançarmos como possíveis caminhos para a solução. Eu, infelizmente, já escrevi páginas sobre este assunto e, invariavelmente, rasguei-as por ter percebido que estava a leste do problema. Será que todos que opinamos sabemos onde está o problema?

Bayano, espero por ti.

Martin de Sousa disse...

ISto é mesmo palhaçada das grandes e, tudo por causa do MDM que tem um mandatário distraído e desorganizado. O MDM pode até ser um partido organizado que conseguiu ter tudo o que era necessário para validamente se qualificar, mas teve um mandatário desastroso. A carta do MDM a pedir a submissão extemporânea de processos na CNE consubstancia esta ideia de que o mandatário era desastroso. Ele só descobriu as caixas de material quando o seu empregado ia LAVAR O CARRO dias depois. Sem aquele material os processos estariam completos? Seriam validamente qualificáveis? Não brinquemos a política.
O Obed exagera com a santificação da CNE com base excessivamente legal mas esta cometeu erros processuais também que, espero, o CC vai pôr abaixo.

Anônimo disse...

meus senhores pode ser que tenha havido alguma desorganizacao por parte do mdm porque acho que e neste partido que as reflexoes se concentram como o centro de todo este embroglio mas se houve foi de ambas partes tanto do mdm assim como da cne, e caso pa se dizer onde ha fumo ha fogo. eu gostaria de saber o seguinte se o cc decidir na inclusao ja pensaram que a vitimizacao podera ter vencido? e sera que tera valido apena esta carta? mesmo que o cc mantenha o que o a cne decidiu sera que a vitima tambem nao podera ter vencido? estou a falar do espaco nao das eleicoes. reflitam porque ao desenhar estas umildes letras fiz consciente de que estou ate certo ponto a ajudar a vitima como todos aqueles que ousarem a escrever sobre este assunto incluindo o autor da carta porque parece que o fim era os embaixadores mas o autor acabou por fazer campanha de uma forma incosciente para o mdm alias como eu e todos ourtos estamos a fazer. ao ler a carta percebi que de uma forma indirecta que os doadores querem esclher quem deve governar porque a quando da primeira exclusao como nao incluia o candidato simango nao se importaram. pode ser mais e uma especulacao aliaz a frelimo tem os seus aliados a renamo ide porque e que o os aliados do mdm nao podem se meter? quando ganhamos premios la fora sao os mesmos doadores que nos dao e nao reclamamos mas quando os mesmos que nos dao premios e todo o lucho que temos ns criticam comecamos a dizer que estao a se meter nas nossas vidas e como alguem ja disse eles ja fazem parte da nossa vida a muito tempo.

Anônimo disse...

Caros amigos bloguistas, não vou responder individualmente um a um por motivos óbvios. Queria apenas reiterar alguns pontos, sobre os quais espero debate:

(i) o MDM não tem ainda estrutura para organizar processos eleitorais em todas as províncias, da maneira como é estipulado pela nova lei eleitoral. Tenho a certeza de que, independentemente dos erros processuais, das correcções que o CC possa fazer, incluindo repetição do processo, não há-de desafiar esta realidade de que o MDM entregou processos desorganizados, incompletos e insusceptíveis de dar forma a uma candidatura digna:

(ii) Não santifiquei a CNE. Tenho a impressão de que cometeu alguns erros processuais. Mas os erros de substância foram cometidos pelos Partidos políticos. Deixe-me dar-vos um exemplo: há muita gente que diz que uma candidatura pode proceder mesmo com listas incompleta, digamos, com 50% do requerido. A pergunta que faço é: COMO SE PROCEDERIA SE ESSE PARTIDO GANHASSE 60% NESSE CÍRCULO ELEITORAL? ONDE ENCONTRARIA OS CANDIDATOS PARA COMPLETAR O MANDATO?

(iii) É verdade que um membro sénior do MDM esqueceu caixas de processos no seu carro e que foram descobertas pelo seu empregado quando lavava o carro. Não vou revelar o nome desse membro por motivos de elegância, para não ser estigmatizado pelos seus correligionários. E esses processos se referiam às eleições gerais.

(iv) A carta exibida pelo Presidente da CNE não se circunscreve às eleições provinciais. Nessa carta o MDM faz referência, também, às eleições gerais. Um jornalista mostrou-me cópia dessa carta.

(v) Do ponto de vista estrictamente legal, a CNE tomou a decisão certa. Esta é a razão que leva os embaixadores a inventarem o vago, confuso e subjectivo princípio da "inclusão". Que os leva a não insistirem no cumprimento da lei.

(vi) Este princípio é vago porque permitiria que qualquer lista, mesmo aquelas submetidas por auténticos aventureiros e oportunistas, fosse aprovada. Refiro-me a listas submetidas por Partidos constituídos por dois ou três vigaristas, sem convicção, sem condição e sem motivação de ganharem eleições. Muitos destes aventureiros que seria admitidos na base do estranho princípio de Todd Chapmam a única coisa que desejam é o dinheiro do "triste fundo".

(vii) Quem não se sentiu incomodado pelas grosserias de Todd Chapman, pelo tom que usou na CNE, por aquelas palavras de que "QUEREMOS QUE, NO MAIS BREVE ESPAÇO DE TEMPO A CNE REVEJA TUDO ISTO", tem valores completamente diferentes dos meus. Vocês todos são meus amigos. São bem vindos na minha casa. Aprecio os vossos conselhos, mesmo para matérias delicadas da minha vida. Mas na minha casa a última palavra é minha. MESMO O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, NUNCA NENHUM DE NÓS O VIU OU OUVIU A DAR ORDENS GROSSEIRAS A ÓRGÀOS INDEPENDENTES. Quem é Todd Chapman para fazer isso?

(viii) Esta é para Reflectindo: tu eras uma das pessoas com quem mais gostava de debater. Nos últimos tempos tu próprio sabes que é impossível debater contigo. As tuas convicções políticas tornaram-te intolerante e cego à realidade. Todos os que lançam qualquer crítica ao MDC são por ti intolerantemente COMBATIDOS. releia com atenção o teu próprio blog. Te reconheces nele?

(ix) Obed Khan não é o Dr. Matabele, pessoa que eu prezo bastante. Obed Khan é Obed L. Khan.

Obed L. Khan

Nelson disse...

Li no Magazine que A frelimo e a Renamo tinham em alguns circulos eleitorais, os mesmos problemas dos partidos que foram parcial ou totalmente excluidos mas que por razoes ainda por serem explicadas a CNE nao as "chumbou". Alguem tem mais informacoes em torno disso? Sao veridicos esses factos? Ja tem explicacao por parte da CNE?
Outra questao, quero entender porque 'e que quando se fala em exclusao de partidos, a atencao parece estar virada ao MDM(o Obed tem uma grande porcao do seu texto dedicado ao MDM) que foi excluida parcialmente e nao se fala de partidos que foram excluidos na totalidade?

Anônimo disse...

Caro Nelson, os Partidos fizeram as listas com base em mandatos provisórios, previstos na lei, que o CNE estabeleceu. Assim, por exemplo, de acordo com os mandatos provisórios da CNE Matola podia ter 40 mandatos. Quando se concluiu o apuramento do censo eleitoral o mesmo círculo eleitoral (da Matola) pode ter passado para 45. Mas os Partidos concorreram com base no mandato provisório de 40 e não alcançam os 45 mas os suplentes requeridos. Que fazer (parafraseando Lenine)? Prejudicar os Partidos que prepararam suas listas com base nos mandatos provisórios previstos na lei?

Em relação ao segundo aspecto. Li no blog de Carlos Serra uma notícia que dizia que o CNE havia aprovado apenas 3 Partidos para concorrerem às eleições gerais. Tanto o dono do blog como os concorrentes que entraram a comentar, mostravam apoio a essa decisão. Como sabe, muitos dos comentadores do blog de Carlos Serra identificam-se com o MDM. De acordo com dados que tenho, os que não afinam pelo MDM são censurados. Diziam, inclusivamente, que a decisão facilitaria e escolha do eleitorado.

Aliás, quando uma mancheia de candidatos presidenciais foram liminarmente chumbados pelo CC não houve tanto ruido. Nem dentro do país nem nas chancelarias.

É evidente que as reclamações só começaram a fazer-se ouvir quando o chumbado passou a ser o MDM. É por isso que muitos comentadores e eu próprio concentramos a nossa análise neste Partido.

Obed L. Khan

Anônimo disse...

Escrevi o último comentário com pressa. um MAIS saiu MAS.

Obed L. Khan

Egidio Vaz disse...

Este debate está difícil. Parece luta-livre. Receio ficar aqui a assitir, com medo de ser atingido com um dos vários tipos de arremessos aqui envolvidos.
Essa de Obed L. Khan ser Dr Matabele, esposo da Dra Virgília, Ministra da Mulher e Acção Social...é verdade? O Obed (se calhar estou a chamar O Obed a uma pessoa que, sendo real nunca me atreveria a fazê-lo. Mas que fazer, é o risco que os pseudonimos incorrem).
1. Quero através deste pódio convidar o Obed L. Khan a uma sessão de debates de bloggers nos nossos lugares habituais ainda antes de campanha. Se é muçulmano, saiba que nós bebemos vinho, cerveja e outras bebidas espirituosa enquanto conversamos. Mas não se preocupe que nesse sítio tem havido fanta e sumo Santal. Se é cristão e bebe, então saiba que os sítios que temos visitado são modestos.
2.A minmha posição em relação aos partidos políticos extraparlamentares é sobejamente conhecida. A mioria é constituída por gente sem imaginação política. O MDM é diferente dessa maioria brincalhona.
3. As falcatruas da CNE é flagrantemente criminosa e mete nojo. Não quero aqui debater se os partidos políticos têm razão ou não. Esse é outro assunto. Quero simplesmente questionar se a CNE cumpriu o não com o estipulado na lei. Observou ou não as fases e etapas do processo eleitoral. As evidências (que não precisam de ser cavadas) mostram-nos que SIM, a CNE não observou o preceituado na lei. O que então fê-la correr?
4. Em relação aos diplomatas, sim Obed em certa medida tem razão. Procederam muito mal. O papel dos diplomatas é fazer diplomacia, se possível diplomacia não de canhoeira ou de canhão mas uma diplomacia que seja benéfica para ambos lados. E não me parece que tenha sido esse o comportamento. Não me parece lógico que por estar a apoiar o processo eleitoral, o grupo de doadores se sintam na obrigação de falar directamente com o Presidente da CNE, com direito a COnferências de Imprensa e tudo. Sendo assim, então não nos admire que amanhã o mesmo grupo vá ter com o Presidente do Conselho Constitucional para pedir a inclusão ou com o PGR para prender os até agora suspeitos pela prática de vários crimes, ou nom mínimo se reuna com o Presidente da Assembleia da República para forçar a aprovação de uma lei qualquer. Os diplomatas sim fazem lobbies e mesmo pressão. Mas não na imprensa e sim nos corredores de poder. Foi assim que se conseguiu a paz. Foi assim que se conseguiu que Afonso Dhlakama aceitasse os resultados das eleições de 1994 e 1999. Foi assim que muitas reformas têm sido possíveis. E tem sido assim que esse loucos (agora estou zangado) conseguem viabilizar os seus interesses estratégicos nesse belo país. E é por isso que os europeus podem obter o visto de entrada no Aeroporto INternacional de Maputo, logo a sua chegada enquanto que nós moçambicanos passamos por um escrutínio humilhante quando chegamos a suas capitais.
O melhor que deviam fazer, fizeram-no tarde. Foram ter com o Presidente da República, depois de termos ouvido a voz de Todd Chapman e outros embaixadores! A ser assim, um dia irão ter c o General Macaringue CEMG FADM para pedir a inclusão de ex-guerrilheiros da Renamo nos ranks das FADM, etc.
5. Pessoalmente sinto-me humilhado no meu orgulho de moçambicano, mesmo sabendo que essas eleições estão a partida beliscadas, acho que o coro diplomático agiu um pouco a leste do que orienta as relações entre este grupo e o Estado e Governo Moçambicano. Eles estão bem-vindos sim mas não nestes moldes. Esse comportamento, noutras latitudes só contribuiu para o endurecimento de posições casmurras, por exemplo de Mugabe!
Reflectindo e Jonathan, estamos Juntos.
Te quero nos debates de bloggers oh Obed, para duma vez por todas extirparmos as dúvidas que tempos sobre a sua deintidade.

Nelson disse...

Obrigado caro Obed pelos esclarecimentos apesar de não terem sanado completamente as minhas “pulgas”.
Estou querendo encontrar uma forma de verificar a veracidade do que vem escrito no Magazine Independente. Verificar se é verdade que em alguns círculos eleitorais ambos a Frelimo e Renamo apresentaram as mesmas irregulariedades que ditaram e exclusão parcial ou total de alguns partidos. Nesse minha busca alguém me passou um link que me daria acesso à deliberação n.º 66 referente à aprovação das listas definitivas das Assembleias Provinciais. Segundo esse mesmo alguém foi de lá que o Magazine e outra imprensa extraiu nos primeiros dias, as listas todas e com base nas fundamendações da CNE confrontou as listas dos partidos aprovados e “descobriu” que todos partidos Renamo e Frelimo inclusos apresentavam num e noutro círculo eleitoral, as mesmas irregulariedades. Infelizmente tal como já me tinham alertado, as listas já não estão disponíveis no referido link. Fiquei “grilado” e parti logo para especulação. Será que a CNE foi “vista nua” e decidiu bloquear o link ou retirar as listas? Mas é só especulção que infelizmente vai permanecer até que alguém(especialmente os defensores da legalidade da CNE e da “inatacabilidade legal de suas decisões) venha colocar mais luz ao assunto
Quanto ao enfoque ao MDM, eu me preocupo porque no meu entender o MDM é o único partido que tinha o “direito” de cometer erros. Que eu saiba é das mais novas formações partidárias e sem nenhuma experiência de processos eleitorais mas que mesmo assim conseguiu organizar-se, e por isso sempre achei que se formos falar da exclusão nos centrassemos em partidos ou que foram excluídos na totalida ou nos experirientes que mesmo assim foram excluídos.

“É evidente que as reclamações só começaram a fazer-se ouvir quando o chumbado passou a ser o MDM. É por isso que muitos comentadores e eu próprio concentramos a nossa análise neste Partido”

Caro Obed, quando olho para a questão da exclusão de forma isenta(oque é dolorosamente difícil) não encontro essa evidência de que falas, segundo a qual “as reclamações só começaram a fazer-se ouvir quando o chumbado passou a ser o MDM”, pois junto ao MDM foram excluídos muitos outros partidos alguns até totalmente, a não ser que hajam provas(por favor sejam apresentadas) que os dilpomatas que foram à CNE e à Presidência da República foram “suplicar”especificamente à favor do MDM

Anônimo disse...

Sou adepto do debate de ideias e nao de pessoas. As ideias que expus devem ser debatidas segundo o seu proprio merito e nao em funcao da personalidade do seu autor.

No dia em que alguem me convidar para um convivio ponderarei no gesto em funcao da minha disponibilidade. Sou muculmano sim. Mas tenho amigos e parentes que nao o sao. Este facto nunca me impediria de ir onde se bebe vinho, cerveja e outras bebidas espirituosos que parece serem muito apreciadas em alguns sectores bloguisticos.

Considero todavia um ultraje convidar-me para provar a minha identidade. Julgo que nao se podem fazer isso entre voces os bloguistas. Muito menos aos comentadores de boa fe como eu proprio.

Reitero que Obed L. Khan nao eh o Doutor Matabele. Li recentemente dois ou tres textos dele. Ja tinha lido no passado um outro texto em que defendia a memoria e a honra de um zambeziano de grata memoria, o Engenheiro Carlos Klint que estava a ser denigrida num dos semanarios da pracsa. Passei a respeita-lo pelo seu caracter e verticalidade. Mas ele nao sou eu.

Caro Egidio, nao aceito o seu convite por virtude da maneira como foi feito. Mau grado o facto de que Antonio Matabele continuara a ser confundido com este mau escrivinhador de textos.

Obed L. Khan

Anônimo disse...

Caros Nelson e Egidio, julguei que, para provar que a CNE agiu de ma fe se socorreriam da lei. Por exemplo, eu expliquei que as alegacoes do Magazine Independente, de que a CNE aprovou listas incompletas para as eleicoes provinciais, sao justificadas pela prerrogativa que a CNE tem de fixar mandatos provisorios. Mandatos provisorios esses que sao a base de preparacao das listas pelos Partidos.

Eh evidente que se vier uma correccao dos mandatos por forcsa do apuramento do censo eleitoral, os Partidos nao podem ser penalizados por isso.

Esperei que desafiassem, com base na lei estas afirmacoes. Nada!!!!

Afirmar, sem produzir evidencia, como Egidio o faz, que a CNE agiu de ma fe eh reiterar nossas proprias crencsas. Nao eh debater.

Por exemplo, se um Partido novo, isto eh, recente, denota dificuldades para cumprir as disposicoes da lei eleitoral o que deve fazer a CNE? Fechar os olhos porque o Partido eh novo? E abri-los (e bem) quando se trata de "Partidos" de vigaristas?

Como eh que a CNE diferenciaria, com objectividade, uns dos outros?

A resposta a estas perguntas conduz-nos aa conclusao de que o unico criterio objectivo eh a Lei.

Obed L. Khan

Júlio Mutisse disse...

Este debate é interessante e está, de certa forma a enriquecer-nos a todos nós. Conheço o Obed pessoalmente e, posso vos garantir, nada tem a ver com o Dr. Matabele (que não conheço nem a ele nem seus escritos). O Obed pediu me a publicação deste texto para merecer o crivo das mentes com que convivo por esta via e, creio, apesar da provocação SAUDÁVEL do Egídio, continuará disponível a beber, ou no mínimo a pagar um copo de cerveja enquanto, como diz o Bamo, masturbamos ideias para ejacularmos algo que possa ser útil a nação.

Concentremo-nos no essencial. Isto está a animar. Ainda bem que o Obed se adonou do debate em defesa dos seus escritos. A mim só me resta este papelzinho de moderador.

Anônimo disse...

O erro que a cne cometeu nao pode ser vista como um simples erro processual. erro e erro. e a isto que eu quero chamar atencao. o importante e que se aprende errando. parece-me que o que falhou foi a interpretacao da lei. nao so muito de decorar os nrs e artigos mas a que eu me refiro e a aquela que fala da substituicao do candidato.Outro erro que nao e apenas processual e esta de antes do recurso dos partidos ser interposta ao cc colarem as listas definitivas,outro erro e que a deliberacao que levou a exclusao dos partidos incluindo o mdm nao ter sido clara. nao diz claramente porque e que os partidos em geral e em particular o mdm foi excluido em cada circulo se alguem tiver as razoes por circulo eleitoral que nos fornecam por favor acabem com as nossas duvidas, digo mdm porque parece que e ai que se encontra o centro questao. outro aspecto nao acham que demorou muito para que a deliberacao viesse ao publico para mim ficou-se a impressao de que primeiro excluiu-se e depois deliberou-se. e apenas um erro processual. meus senhores a cne errou errou feio. a erros que os arbritos nao devem nem podem cometer. quanto ao mdm a lei preve que se achar que foi injusticada tem direito a reclamar agora se o fez da melhor maneira ou nao nao sei dizer. e como num teste a vezes sem conta que o aluno pensa que esta certo enquanto nao. cabia a cne em tempo oportuno fazer a correcao do teste do mdm isto e repito porque os excluiram de cabo delgado, zambezia, manica, tete..., isto e as razos por cada circulo. assim nao se teria perdido tempo com o mdm. quanto ao tal favorecimento dos embaixadores ao sr simango duvido apesar dele ja ter feito um periclo pela europa. provavelmente as minhas escritas se parecam tendenciosas a fvor do mdm, me desculpem e que ja esta claro sob meu ponto de vista que este partido errou mas sera que errou ao ponto de a cne julgar por presuncao que sao erros insupriveis? bom mas para mim errer e amelhor forma de aprender penso que a cupola da cne amadureceu e vamos deixa-los trabalhar porque daqui para frente tenho a certeza que pelo menos os erros processuais nao vao se repetir.ja disse muito mais quero saber do obed qual e a solucao mais viavel.porem antes que fexe as minhas entre linhas nao vejo nada de errado no que os embaixadores fiozeram nos e que estamos a fazer tempestade no copo de agua nao insultaram a ninguem nao nos obrigaram a nada aliaz os 80 porcento do aproveitamento pedagogico obrigatorios ao nivel das escolas tambem e interferencia dos doadores mas ninguem questiona e sente insultado de ver a escola a ser o centro de formacao de analfabeto e nao conta o analfabeto ja estamos abituados nao e aprimeira e nem sera a ultima vez

Martin de Sousa disse...

Eu não quero me habituar a erros, nem da CNE nem de quem quer que seja.
Também não quero me habituar a desorganização, seja da CNE, do MDM, do PAMOMO ou da minha empregada doméstica. Tento ser organizado.
CAro anónimo, não decorre a Lei, conheça-a. Só se substitui o que se tem. Não se substitui o que não existe. No caso do MDM, já tinha dito que o mandatário ou a pessoa que transportou o expediente para a CNE ESQUECEU MONTES DE CAIXAS NO CARRO QUE SÓ FORAM DESCOBERTAS quando o empregado ia lavar o carro, consubstanciando a carta que o próprio MDM escreveu a pedir submissão extemporânea dos processos. O que é que querias que, nessas condições, fosse substituido? Não houve processos submetidos. Sejamos coerentes e não brinquemos a política. O MDM não está se quer a ser honesto omitindo esta verdade.

Egidio Vaz disse...

1. Obed, queira por favor não fazer-se presente nas nosas reuniões. Porque não quer e pronto. Não venha agora dizer que a sua nao comparência se deverá a forma como lavrei. Era para lhe endereçar um convite formal? Mais, eu já lhe alertei que aqui debatem-se ideias e não lambebotismos. E os nossos debates constituem o momento mais alto da exaltação da liberdade de expressão. E o senhor vem-me com vinhos, cervejas e outras bebidas espirituosas. Coitado de mim. O Obed não entendeu o humor nele implícito? EU não lhe chamei de bêbado muito menos coisas parecidas. Não lhe chamei de muçulmano ou cristão. SIMPLESMENTE SUPUS. E SIM, a modéstia é nossa forma de estar. A cordialidade entre amigos bloggers, nosso lema. A informalidade, nosso modus operandi. Tudo feito em paz. Sem meias palavras, mas a verdade.
2. O Obed quer-me obrigar a ver a meia-tigela da verdade. Eu quero-a toda. O senhor insiste nos erros dos Partidos. Eles até podem ter sido cometidos. Mas o Sr não quer também ver as "culpas da CNE" querendo com isso fazer a todos nós de ignorantes quanto a esse aspecto. A sua intelectualidade está ao serviço de quê?
Abraços e não estamos juntos nesse imbróglio.
Haja Paz por favor. E em nome dela, me bato.

Anônimo disse...

Ainda sobre as substituicoes: A Lei eleitoral diz que todos os processos de candidatura devem dar entrada na CNE 90 dias antes das eleicoes. A CNE tem um certo tempo para verifica-los.

A mesma Lei eleitoral estipula com clareza o unico caso em que novos processos podem dar entrada na CNE depois dos 90 dias: O FALECIMENTO DE UM OU MAIS CANDIDATOS. Este eh o unico caso que possibilita uma substituicao de fora.

Nos casos em que um ou mais candidatos nao reunam os requisitos fixados por lei (que deveriam ser do conhecimento dos Partidos), como cadastro nao limpo, falta de documentos ou indisponibilidade, a substituicao deve ser feita com base nos candidatos e suplente apresentados.

Repito: A LEI ESTIPULA QUE OS DOCUMENTOS DE CANDIDATURA DAO ENTRADA NA CNE 90 DIAS ANTES DAS ELEICOES. A MESMA LEI FIXA O UNICO CASO EM QUE NOVOS CANDIDATOS PODEM SER SUBMETIDOS (A MORTE DOS ANTERIORES).

Para o anonimo, tambem nao tenho os artigos da lei na ponta de lingua. Mas se for necessario posso cita-los.

Nunoamorim disse...

Caros,
noto um esforço tremendo por parte dos apoiantes do MDM de tantarem descredibilizar tudo que seja contra o seu partido.
Parece-me que querem obrigar-nos a escrever so aquilo que lhes interessa.
Não é atoa que no blog do Dr. Serra so passam os post que sejam favoraveis ao MDM.

São recorrentes os argumentos do tipo esse artigo não tem rigor cientifico, é uma encomenda, não tem nada de útil, estão ajudar a promover o MDM, os autores são escovas...bla bla bla.

Até aqui nenhum deles fez referência aos erros crassos cometidos pelo MDM.
Não querem comentar sobre dirigentes que esquecem processos importantissimos na bagageira do carro.

Caro Obed,
a carta apresentada pelo Presidente do CNE é publica e pode ser lida no meu blog.

PS. Para finalizar, eu defendo que o conselho constitucional decida em função da lei. Se a lei estiver do lado dos partidos excluidos, que seja reposta a legalidade...se estiver do lado da CNE, que se mantenha a decisão.

Nuno Amorim

Anônimo disse...

O ultimo comentario nao assinado eh meu (Obed L. Khan).

Caro Egidio, embora nao me tenha feito entender, tambem estava a tentar gracejar na questao da cerveja, vinho e outras bebidas espirituosas. Nao precisamos de zangar nem neste nem noutro assunto em que discordamos.

Egidio, o que me incomoda neste assunto eh, com base nas declaracoes de Partidos e dirigentes desonestos, se desqualificar completamente os orgaos eleitorais do paiis. A tese que estava a vingar era de que os Partidos tinham feito tudo muito bem, mas que a CNE, seguindo designios obscuros, os estava a sacanear. Neste momento, eu e o Egidio sabemos que a verdade que circulou nos primeiros dias nao estah completa.

Alias, a AWEPA e Carlos Serra publicam, ainda hoje, um artigo a dizer que o MDM faltou aa verdade na questao das cartas aa CNE. O Egidio viu esses artigos?

Quem falta aa verdade numa coisa tao obvia, que todos podemos ler e tirar as nossas conclusoes, pode faltar noutras e omitir outros factos que nao lhe beneficiem.

Caro Egidio, estamos juntos no amor a Mocambique, apesar das nossas diferencas.

Obed L.Khan

Anônimo disse...

Parabens ao Julio Muthisse. Este parece ser dos poucos blogs onde nao se coarcta a liberdade de expressao de ninguem. Na maioria dos blogues campeia a censura das ideias contrarias, privilegiando aquelas que nos sao favoraveis. Com essa tactica produzem a ideia de que o Partido que apoiam e maioritario.

Joao Martins

aminhavozz disse...

Caro Obed!

Parabéns por conhecer tão bem a lei. Nós não a conhecemos mas, mesmo assim queremos saber a verdade. E POR FAVOR, não nos imponha a sua verdade alegando estar a ‘socorrer-se da lei’...

Apresente-nos uma verdade que satisfaça e convença à todos nós, eleitores (do MDM ou não). E essa verdade, desculpe-me que o diga, parece revelar que houve falhas de ambos lados. E permita-me que o diga que se a CNE em algum momento neste processo transgrediu a lei(independentemente de os partidos terem feito o mesmo), então é muito grave... Um órgão de tamanha responsabilidade não se pode dar o luxo de colocar em causa um processo que se quer tão digno, por mera arrogância em não reconhecer falhas...

Quanto aos encontros dos blogistas, eu pessoalmente nunca lá estive (bem que gostaria). Entretanto, pelo que já ouvi dizer desses encontros harmoniosos e tendo em conta a forma como se dirige aos participantes deste e outros debates(acusando-os de serem do MDM só por não concordarem consigo), aconselho-o a não se fazer presente...

Nelson disse...

Essa de esquecer documentos na bagageira do caro vem na tal carta do MDM a CNE? Ha provas?

Egidio Vaz disse...

Obed,o debate em torno das candidaturas é complexo. Só alguns é que têm informação completa. Por isso mesmo que eu escuso-me a falar das irregularidades dos partidos políticos. A minha opinião sobre o se desempenho é sobejamente conhecida através dos meus escritos no meu blog. EM relação ao MDM, também está claro. O que até agora isnisto em perceber é o porquê de a CNE correu tanto, ao ponto de não observar os prazos na publicação de listas definitivas, sorteio, dentre outros actos, como bem manda a lei eleitoral. Esse é meu problema. Não é a primeira vez que os partidos são excluídos de processos eleitorais. Porém a diferença é que se das últimas vezes o processo ocorria com a anuência dos visados, desta vez, parece-me terem sido surpreendidos.
Por isso a minha expectativa em relação ao CC é bastante grande.

Martin de Sousa disse...

Nelson, isso é verdade. Provas, são difíceis de trazer para este espaço. Recebi informações de que os que ficaram na bagageira não eram os únicos; há outros que foram deixados noutro local, mas a fonte desta última não me é totalmente digna de crédito. Vou averiguar-
Mas meus caros, foquemo-nos no essencial não lancemos pedras nem excluamos ninguém de nada. Por exemplo, acho que a Zenaida não leu o último comentário do Obed e lançou-se com tudo quanto a sua participação no fórum dos bloggers. O que é errado; as pessoas mais casmurras têm que ser trazidas para os vossos fóruns que são meus mas dos quais nao participo por causa da distância.

Júlio Mutisse disse...

Viva o debate, sem exclusão.

O Obed que venha se poder e quiser aos fóruns de debate dos blogers, no espaço virtual ou real que devem e estarão sempre abertos até para aqueles que não blogam.
João Martins, não podia ser de outra forma, se eu quero aprender, devo deixar a porta sempre aberta ao conhecimento. E porque não sou egoísta, esse conhecimento deve chegar a todos, algo que nunca aconteceria se censurasse como, por exemplo, o Prof. Carlos Serra e outros fazem aos meus comentários nos seus blogs, seja qual for o assunto, seja qual for o modo com que o faço.

Uma postura sã de debate exige abertura a ideias contrárias desde que vindas com o mínimo de educação. Este blog estará sempre aberto.

Viva o debate.

Voltando à vaca fria, penso que não podemos potenciar os erros de um lado para escamotear os erros de outro. Há muita desorganização nos nossos partidos e, ainda mais grave, ambiguidade na forma como, em muitos assuntos, legislamos. MAs este é outro assunto.

Anônimo disse...

Amiga Zenaida, considero-me uma pessoa minimamente tolerante. Haverah algum lugar no meu artigo, nos meus comentarios ou em qualquer outro lugar onde deixei a imagem de que todos os que nao concordam comigo sao do MDM?

Desculpe-me, quem estaa a mostrar uma veia intolerante que desconhecia em si eh a amiga Zenaida.

Por mim podemos continuar a descordar.

Obed L. Khan

Anônimo disse...

Obed abalou algumas certezas. Congratulations.

aminhavozz disse...

Por acaso até li o último comentário do Obed...e em nada mudou a minha opinião. Não é elegante conotar as pessoas com determinados partidos políticos só por não concordarem com as nossas ideias...

Entretanto, o melhor é realmente focarmos o debate nos factos que o Obed apresenta na sua carta...

Pessoalmente, acho que é um erro gravíssimo concentrar-mos nos erros o MDM para encobrir as falhas da CNE. A CNE não é um partido político para entrar em debates sobre quem falhou ou não falhou...

A CNE é um órgão que pelo seu caracter, deve promover harmonia durante o processo eleitoral e para tal, deve abster-se de entrar em conflitos com os envolvidos no mesmo... partidos, eleitores e até doadores,que queiramos ou não, investem muito dinheiro neste processo (mas esse é outro debate...sobre Soberania e Hegemonia talvez...)

A CNE não deve, em momento algum, cometer falhas que prejudiquem à democracia moçambicana. E quando as cometer deve, humildemente reconhece-las e corrigi-las a tempo...É isso que eu espero que aconteça caso o CC conclua que realmente houve ‘atrapalhadas’ na CNE.

Se os partidos(todos eles, incluindo RENAMO E FRELIMO) cometeram erros ou não, isso é menos grave...num processo de selecção haverá sempre excluídos (por diversos motivos). O grave é quando o responsável por essa selecção não segue todas as normas em vigor...


P.S Obed: "Como sabe, muitos dos comentadores do blog de Carlos Serra identificam-se com o MDM. De acordo com dados que tenho, os que não afinam pelo MDM são censurados."

Eu não sou do MDM e nunca lá fui censurada. Entretanto, vou aceitar o seu pedido 'indirecto' de desculpas (lol)...

Anônimo disse...

Cara Zenaida, conheco muitas pessoas que estao a ser censuradas no blog de Carlos Serra exactamente por nao comungarem do entusiasmo que laa prevalece em relacao ao MDM.

Nao vou citar nomes porque, apesar de ter conversado com elas, nao lhes consultei se o poderia fazer.

No entanto, o proprio Julio Muthisse, pessoa cuja correccao na linguagem todos conhecemos, testemunha nesta discussao que tem sido objecto de censura.

Se tem duvidas, vai ver se naquele blogue continuam os debates que lhe deram fama. Um debate como este que estamos a ter aqui eh impossivel, hoje, naquele blogue.

Nao sei se a Zenaida nao notou, mas a orientacao geral daquele blogue eh pro MDN. Desde os posts do dono do blogue atee aos comentadores.

O unico que milagrosamente se safa ali eh Xicoxa. Nao encontra laa outra nota dossonante.

Pode atee ser que a Zenaida nao seja do MDM. Mas 90% dos comentadores que laa restam sao CONFESSADAMENTE (nao encobertos) do MDM.

Obed L. Khan

Egidio Vaz disse...

Parece-me que debate está a chegar ao fim pela forma "sonolenta"que os comentários estão se mostrando. EM todo caso, vale a pena reluzir alguns aspectos desse debate:
1. SIM, ao avaliarmos a decisão da CNE, precisamos ver ambos os lados. O da CNE e dos partidos políticos. A CNE não cumpriu com os prazos, para além de ter tomado medidas dúbias em relação ao juízo feito aos partidos. Há provas que nos mostram que a CNE usou métodos discriminatórios para chegar a decisão que tomou. Todos os partidos cometeram os mesmos erros; so que uns eram mais Partidos que os outros. O PLD nesse caso é o Partido da CNE.
2. Sempre gritei para que os partidos da oposição extraparlamentar se organizasse melhor; avisei que a próxima onda do jogo democráticos será centrado no debate jurídio-legal; que os Partidos tratassem de ter no seu quadro ou pelo menos consultar um advogado em momentos como esses. O PDD não recorreu ao CC por não ter tido um advogado bem como por ter manifestamente vergado ante a decisão da CNE.
3.Se o CC não decidir a favor dos partidos que interpuseram o recurso, a vida continua. Não será pela morte de uma andorinha que morrerá a primavera. Porém, ficará a mancha e...os juristas que nos ajudem a aprimirar a lei. Talvés precisassemos que ela fosse traduzida em cada uma das línguas dos componentes da CNE para que não voltem a cometer tamanha dandalhada.
Abraços.

Nunoamorim disse...

Caros,
Para partilha, provavelmente ajude a desmistificar a santidade do MDM, transcrevo alguns excerto do Boletim Sobre o Processo Politico em Moçambique, edição 6 de 22 de Setembro.

“O MDM pediu à CNE flexibilidade nas regras para candidato à AR.
Ao contrário do que nos foi dito na semana passada (Boletim 4), o MDM pediu que a CNE fosse flexível nas regras para candidatos à Assembleia da República e candidatos às assembleias provinciais. (...) O MDM disse ao Boletim que a 17 de Agosto todos os documentos seriam apresentados à CNE, mas claramente este não foi o caso.” Fonte: Boletim Sobre o Processo Politico em Moçambique, edição 6 de 22 de Setembro.

Com excesso de vitimização, espero que não digam que estão sendo vitimas do BPPM.

Com a descoberta das mentiras do MDM, espero que não cheguemos a triste conclusão de que a CNE sempre esteve certa.

Nuno Amorim

Anônimo disse...

Amigo Bayano, nunca mais veio! A questao dos artigos cientificos ainda mexe comigo.
Apenas os artigos cientificos podem ser discutidos nos blogs? Algum de nos escreve verdadeiramente artigos cientificos? Porque entao o Obede deveria escreve-los como condicao de merito?

Rui Dantas

Egidio Vaz disse...

Dantas, pode ter razão. E perguntaria: quando é que alguém pode escrever um "artigo científico"e ser analisado como tal e "um artigo não científico"e ser poupado de baboseiras que eventualmente possa cometer. Ciência é também uma forma de ser. E boaventura de Sousa Santos está careca em dizer que ciência deve se tornar num senso-comum para dialogar lado-a-lado com outras formas de conhecimento.
E eu estou-me nas tintas se alguem escreveu cientificamente ou não. O que eu vou fazer é ver se faz sentido e se é falseável ou não. Do resto é caraça por cima de boi. Maus hábitos.
Abraços ao debate.
Nuno Amorim!!! Comandante da Floresta! Sem rep com o cano virado para a nascente, hehe. Olha, à sua trás vem um búfalo, veja se o atinja também!
Abraços.

Unknown disse...

Ishiii! tenho evitado comentar sobre este assunto mas a força conque nos arrasta nos deixa condoido ao ponto de gritar... é difícil vermos o bom senso da CNE nesta sua decisão.

1º Os mecanismos da sua constituição não forão muito limpas como era o desejável!

2º Os despachos que crião regalias para os membros da CNE são sintomáticos!

3º o Ply Back da assembleia da República no processo da "indicação" dos membros do CC que culminou com a exclusão da Isabel Rupia...

Ora, não estamos a excluir a hipótese de os Partidos políticos terem cometido erros nos seus processos de candidatura mas daí serem excluidos em nome da lei?

Quer dizer, por razões que evoco chega aparecer até que a CNE e o CC estejam a querer beneficiar os seus proponentes e porque a polémica seria gazeficada a RENAMO e a FRENTE não seriam mexidos como maiores beneficiários. Portanto, isto não nos dignifica em nada. veja, os vitoriosos serão tidos como fraudolentos e os perdedores natos como vítimas e assim a roda gira em torno de todos nós! abraços

Anônimo disse...

Caro Chacate, nao te entendi. Imaginemos que os Partidos Politicos nao tenham cumprido com o que estipula a lei para apresentar candidaturas. Qual nestas circunstancias deveria ser a atitude da CNE? Considerar que foi constituida segundo criterios discutiveis e, assim, deixar passar Partidos como de Neves Serrano, Kamati e outros similares? Ou deve aplicar a lei, considerando que estte seria o unico criterio objectivo ao seu dispor?

Anônimo disse...

Passei para dizer: Bela e acutilante análise. Confirmada inclusivamente pelo CC. Parabéns Obede.