É interessante a forma como, algumas vezes, Machado da Graça se pronuncia e se posiciona no debate público nacional. Muitas vezes é chocante. Irritante até, quase a chocar ao mais desqualificável desrespeito e despeito por todos nós.
É chocante quando, por exemplo (mesmo que fosse sarcasticamente), nós moçambicanos somos reduzidos a pessoas que “pouco mais conhecem do que a sua enxada de cabo curto,”isto é, ignorantes com quem é impossível qualquer diálogo. É isto que Machado da Graça nos diz na sua crónica de última sexta-feira a propósito das escaramuças havidas a 1 e 2 de Setembro de 2010, uma crónica também reproduzida aqui.
Portanto, se nas presidências abertas o Presidente da República fala com quem não devia falar porque ignorantes, burros já que “pouco mais conhecem do que a sua enxada de cabo curto,” e se na confusão de 1 e 2 de Setembro, diferentemente das de 5 de Fevereiro, não havia interlocutor conhecido, deve haver uma casta especial de moçambicanos iluminados, que devem liderar esse diálogo já que, igualmente, para Machado nem os sindicatos servem já que, “os sindicatos não representam nada nem ninguém.”
Indicou nos o bom do Machado, os burros, os ignorantes as pessoas deste Moçambique “pouco mais conhecem do que a sua enxada de cabo curto”) os que não servem para nada (os sindicatos). Creio que só a modéstia compeliu o nosso conhecido colunista de indicar os que deviam capitanear os ignorantes no diálogo sugerido com o Governo.
Tal como Viriato Tembe com quem concordo, acho “estranho que este inteligente analista venha a chamar os camponeses moçambicanos, a maioria do nosso povo de burro. E exactamente por "pouco mais conhecerem do que a sua enxada de cabo curto" as conversas que estes nossos concidadãos mantêm com as autoridades não são qualificadas, segundo este eminente analista.”
E há quem, apesar de tudo, pensa que as nossas mães, avôs, primas e primos que não falam português nada percebem da vida e dos homens e suas vicissitudes. Pergunta Abdul Karim lá no Reflectindo “Percebem tudo? Está bem, então diga-me lá um camponês que não fala português, como o presidente explica PIB para ele em changana ou outro língua materna”então minha gente, mais de metade da população moçambicana é burra. Que enormidade…
Mas de verdade, apesar de não mais me surpreenderem os posicionamentos deste senhor e outros a ele acolitados, é preciso dizer que estamos sempre atentos. É preciso dizermos-lhes que apesar dos truques retóricos, estamos sempre atentos aos insultos a nossa inteligência e que temos inteligência o suficiente para os dispensarmos para o merecido descanso.
Desengane-se quem pense que estas coisas são novas. Já as denunciei quando em 2003 nos chamaram as mesmas coisas quando, pela imprensa tentaram nos vender a ideia de que os que lutaram pela independência do país o tinham feito pelos mais vis objectivos, substituir-se aos colonos.
Estas manias do Machado da Graça de olhar para os moçambicanos como faz na última crónica, aqueles que “pouco mais conhecem do que a sua enxada de cabo curto,” foi também denunciada por G. Muthisse num texto fantástico intitulado “os amuralhados raciais.”
Mais do que isso, a pregação de um apocalipse anunciado de algo “mais grave”que pode acontecer para além de prenunciar um regozijo sempre que estas coisas acontece, serve também para reforçar o posicionamento destes ilustres senhores, como que a dizer, temos dito, não nos ouvem, estamos aqui, prontos para ajudar.
Mas podemos tomar decisões sem eles. Disso deu exemplo o nosso Governo esta terça-feira.
Bem haja Moçambique cujo povo, apesar de “pouco mais conhecer do que a sua enxada de cabo curto,” ganhou o direito de decidir por si sobre o seu futuro, já lá vão 35 anos ao longo dos quais foi produzindo gente capaz de levar Moçambique para frente, gente da terra que ganhou seu espaço a despeito dos que, durante muito tempo pensaram que o país pararia sem eles. Um deles é Machado da Graça que agora se especializou em dizer mal do Governo e em insultar os moçambicanos, os tais que “pouco mais conhecem do que a sua enxada de cabo curto.”
62 comentários:
Júlio,
A semana passada foi marcada por disparates e insultos de toda espécie. E o que me intriga, nisto tudo, é ver os canos virados para o povo. Se Machado de Graça nos chama de "burros" o ministro Pacheco nos chama de vandalos e arruaceiros, hehehehe.
Ser povo amarga....
Jorge, eu fico chocado quando dizem que as nossas comunidades (e sei que sabes do que estou a falar, suas raízes estão lá e bebes muito conhecimento e saber) “pouco mais conhecem do que a sua enxada de cabo curto.” Isto só pode ser uma aberracão de quem pouco mais conhece do que o prédio da esquina.
Insisto que é possível falar às nossas gentes em Manjacaze e Morrumbene sobre PIB, inflaccão etc, evidentemente sem esses jargões tipicamente economicistas porque o conteúdo encerrado pelos conceitos dessas realidades é conhecido e vivido por eles. Não me venha o Machado chamar essa gente de BURRA. please.
Quanto ao Ministro Pacheco já muito foi dito e muitos ses foram tocados. Melhor
eu duvido que o Machado da Graça esteja a insultar os Moçambicanos, porque pela leitura das suas cronicas ele tem uma forma de escrever que traduz tudo o que se passa no nosso pais desde aos insultos dos membros do governo para o povo até a reacção dos Moçambicanos,repito ,pela minha maneira de pensar e do acompanhamento dos seus artigos tenho as minhas duvidas que tenha insultado os Moçambicanos, e como o direito a resposta é raro ai fica a duvida.
Caros Júlio, Saiete e Chauque
É estranho que alguns de vocês venham tentar dizer que aquilo que Machado da Graça escreveu é defesa do povo. Como é que se pode defender o povo quando se diz que o Presidente do país não pode contactar com as gentes das aldeias porque são ignorantes e a única coisa que sabem fazer é curvar-se e cultivar com a sua enxada "de cabo curto"?
É estar com o povo quando se insinua que as nossas linguas não possuem conceitos para discutir a sociedade?
Já se vê a ideia que alguns de vocês têem dos moçambicanos. Se em Machado da Graça não me surpreende, já não consigo perceber que pessoas como Saiete e Chauque partilhem dessas ideias bizarras!
Juscelino M
São os racistas de sempre. São aqueles que, segundo Luis Loforte, sempre se assumiram como a lixivia do poder durante a Primeira Republica. O que estão a dizer a Guebuza é que ele deve deixar de falar com o povo para DIALOGAR só com eles. Porque eles é que sempre dialogaram com o poder
Caro Mutisse
Deixa-me ser advogado do diabo se assim me achares.
A não ser que eu não esteja a entender-vos bem( a si ou ao Machado), não acho justo que da sua crónica de pelos menos 68 parágrafos, apenas um parágrafo tenha sido usado por si para resumir oque Machado quis dizer a saber chamar os Moçambicanos de burrros.
Talvez seja por me habituar aos teus escritos menos “inflamados” caro Mutisse que tive dificuldades com este. Não consegui encontrar onde Machado chama os Moçambicanos de burros. Na minha maneira de entender, lendo o texto de Machado sem nenhum preconceito, no parágrafo em questão, o coitado quis apenas denunciar, e concordo plenamente com ele, a excessiva relevância que damos aos diálogos das presidências abertas. Dizer que Machado chamou os Moçambicanos de burros por aquilo que escreveu num dos parágrafos, seria para mim, quase semelhante a dizer que Mutisse chamou os Moçambicanos de burros na sua postagem anterior, ao questionar se eles(os Moçambicanos) sabiam oque é a corrupção. Injusto e exagerado!
Entender “pouco mais do que a enxada de cabo curto” não significa para mim não entender nada(ser burro). Na minha forma simples de entender, significa entender bem “a enxada de cabo curto” e entender um pouco mais. Esse “um pouco mais”, infelizmente não se pode quantificar.
Quanto aos sindicatos, eu entendi que Machado quis, fazendo uma comparação “evidenciar” o desempenho dos sindicatos da africa do Sul que em situação como a nossa, lutam tenazmente para salvaguardar os interesses da classe trabalhadora.
Bem, ainda desconfio não ter entendido bem a si ou ao Machado por isso espero ter mais luz em torno do que os dois escreveram.
Chaúque, na sua óptica o que se passa é que os mocambicanos “pouco mais conhecem do que a sua enxada de cabo curto.”? Ok.
Nelson, no meio de palavras bonitas sempre se escondem dribles como o que me chocou na última crónica do Machado.
Eu dou valor aos contactos que o PR faz nas presidências abertas. Creio que a mensagem passa sim. As pessoas não são ignorantes de todo e tu, meu amigo, que passas muito tempo em contacto com o povo nas suas andancas deves saber que isso é verdade. Se nos despimos de todo o doutorismo e falarmos na língua do povo as coisas passam e muito bem.
No fundo concordo com o Viriato Tembe nos comentários que faz no blog do Reflectindo. Concordo com o Anónimo após o Juscelino (se não for ele) quando diz que a tirada machado graciana de que os mozies “pouco mais conhecem do que a sua enxada de cabo curto" equivale a dizer a Guebuza que ele deve deixar de falar com o povo para DIALOGAR só com eles.
Penso que forcas a analogia quando puxas o meu post anterior que, julgo, o entendeste muito bem. Questionar se sabemos o que é a corrupcão que todos somos chamados a acontecer e tentar demonstrar que há entendimentos díspares sobre o fenómeno é, de longe, diferente de dizer que o nosso povo pouco mais entende do que de enxada de cabo curto. Mais do que isso Nelson, pegue o debate sobre a enxada de cabo curto e veja o que se tem dito dela no contexto da produtividade que falamos para veres até que ponto Machado nos reduz.
Isso me tocou pessoalmente já que sou um urbanizado e não urbano. O meu meio é aquele onde está a maioria que ainda usa enxada de cabo curto, onde estão pessoas que, apesar do baixo nível de escolaridade, percebe muito bem as coisas
Juscelino, não acho que Machado defenda o povo, antes pelo contrário. A última crónica dele à qual reajo aqui demonstra, em algumas passagens, exactamente o contrário.
Anónimo que comenta após Juscelino, a sua tirada é forte como forte foi a tirada do Luis Loforte. Aliás, os debates fortes a que me referia que acontecem desde 2003 vêm sempre na esteira de que, Mocambique, ao longo destes 35 anos de Independencia, já e continua a produzr quadros suficientes para fazer face aos desafios do país, colmatando a exiguidade reinante no tempo em que estes senhores eram as vozes mais autorizadas a opinar, num contexto em que,se calhar, das suas opiniões se produziram os erros mais gritantes que porventura são hoje criticados.
É fundamental conhecer estes senhores. No desespero já nos dizem que “pouco mais conhecemos do que a sua enxada de cabo curto."
O homem é um esquerdista que não consegue perdoar ao povo o facto de este não estar lá muito inclinado para as ideias de esquerda europeia. Gostei do teor da sua crónica, apenas acho que ela perde um pouco por transbordar da “enxada de cabo curto”…
Os sindicatos moçambicanos que hoje se criticam foram concebidos e montados por estes esquerdistas de meia tijela. Aposto que se eu procurar, posso encontrar nas crónicas antigas de MG encómios à postura que a OTM adoptava (de defesa da revolução, de compromisso com a produção, de intransigência contra os sabatadores e outras balelas do mesmo estilo que, do alto dos seus pódios, arengavam). Não é justo que as pessoas que conceberam estes sindicatos venham com críticas virulentas.
Por outro lado, o sindicalismo sul-africano tem várias décadas de existência vibrante. É um sindicalismo que expressa o estagio de desenvolvimento da sociedade capitalista na Africa do Sul. Há, naquele país, mais operários do que trabalhadores informais.
Gostaria que reflectíssimos que hipóteses é que o sindicalismo moçambicano tem, numa sociedade em que os assalariados formais são um minoria. A esmagadora maioria de informais seriam, também, membros desses sindicatos? Os informais (desempregados) têm os mesmos interesses que os sindicalizados?
Eu também tenho notado muito azedume nestes antigos(?) esquerdistas. Tenho, sobretudo, notado muita alegria de cada vez que tropeçamos como país. É como se estivesses a dizer (sem o afirmar expressamente) onde pensavam que iam chegar sem nós?
Essa leitura de que eles estão a intimar o Presidente de Moçambique a deixar de dialogar com o povo das aldeias para passar a dialogar só com eles está certa.
Eu insisto que Machado esteja sendo lido não necessariamente por aquilo que ele disse ou quis dizer na crónica em questão, mas por aquilo que em outras paragens, algumas vezes achamos que ele disse ou por aquilo que achamos que ele é ou pior ainda oque gostariamos que ele dissesse.
Compatriotas, eu vivo praticamente no campo. Bebo das conversas dos camponeses e sei que ninguém em perfeito juízo diria que os camponeses não entendem nada.
Das presidências abertas não acompanho apenas pelos medias. O povo entende sim por exemplo esses conceitos económicos complicadíssimos, mas ao fim do dia duvido que seja de relevância alguma para o seu cotidiano. Os tais diálogos de que nos orgulhamos, versam sobre assuntos(a maioria deles) que nem sequer deviam chegar ao PR se a máquina governativa do distrito, posto administrativo, localidade estevissem saudavelmente funcionais. Tratam-se assuntos as vezes tão mesquinhos que nos perguntamos porque é que se devia esperar pelo PR para apresentá-los e ou resolvê-los.
Lendo alguns comentários não só aqui, mas em outras paragens onde o assunto está em rubro a ser tratado, me parece que há gente traumatizada com a expressão “enxada de cabo curto” que para mim significa apenas o paradoxo entre as potencialidades agrícolas de Moçambique e a sua real produção. Não podemos negar que Moçambique tem as potencialidades que tem, para ser autosuficiente. Não podemos negar que em 35 anos tenham sido formados muito e bons quadros na àrea agrária. Mas também não podemos negar que os PROAGRIS, as JATROFAS, as REVOLUÇÕES VERDES infelizmente ainda não fizeram a diferença que os seus mentores acreditaram e nos fizeram acreditar que fariam.
Epa, Mutisse!
Parece que estas com o orgulho ferido, amigo!
Nao, pelo que Machado da Graca escreveu, mas pelas manifestacoes dos ultimos dias, em que o povo (vandalos, bandidos, arruaceiros, no dizer de um alto ministro) deu um "cartao vermelho de incompetencia" ao governo do teu partido!!
Como um "cidadao militante", devias falar disso e deixar Machado da Graca em paz!! Aquele homem e' um verdadeiro patriota e nacionalista!! As suas cronicas "A talhe de foice" e "Marco de Correio" devem ser das coisas mais lidas nos jornais publicados no pais, pela sua clareza, frontalidade e verticalidade que as caracterizam!!
Agora, o vosso problema (tu e teus comparsas) e' atacarem-no, mormente, porque ele e' branco! E' branco, por isso, deve ficar calado!! Talvez voces cresceram num ambiente pouco exposto a gentes de outras racas, por isso, o branco, nao passa de outra coisa, senao "colonialista".
E' preciso perceber que muita desta gente, nao tem e nao conhece outra patria. Gente que nutre um carinho especial por esta terra e quer ve-la progredir em todos os aspectos. Por isso, esta gente nao algema os seus pensamentos!! Se, o que eles dizem, vos doi, porque falam da incompetencia do governo do vosso partido, isso e' outra coisa!! Mas deixem de expurgar a mocambicanidade destes concidadaos!
Pelo trabalho de cidadania que este homem tem feito, a mim, pelo menos, nao admiraria que, daqui ha alguns anos, tivessemos uma "Avenida Machado da Graca"!! Agora "Avenida Julio Mutisse", tenho muitas duvidas........
P.S- Insulto, por insulto, podias tirar a prova dos nove, escrevendo num papel as frases abaixo mencionadas e perguntar as tuas adoraveis filhas, qual delas e' mais insultuosa:
1) “Pouco mais conhecem do que a sua enxada de cabo curto”
2)"Bandidos, arruaceiros, marginais e vândalos"
Um abraco meu irmao e relaxa!! Todos aqui estamos a lutar pelo bem de Mocambique!!
Jest,
Obrigado por passares por este cantinho. O Machado pode ser o que quiser mas, convenhamos, que não nos facca de burros e nem tome as gentes deste país como tal.
Obrigado pela apreciacão que faz deste post. Pecco te que vejas mais do que a palavra cabo curto na apreciacão machado graciana do nosso povo.
O problema é que estes senhores hoje, para muitos incautos, querem se distanciar deste seu passado. Para estes senhores, com a rodada que temos, querem que nos comparemos com outras realidades que, em muitos aspectos, são diversas da nossa.
Ainda bem que mete neste barrulho os informais. Assumindo que o barrulho de 1 e 2 foi protagonizado, essencialmente, por esta maioria sem emprego (não acredito que gente com emprego parta instituicões que, potencialmente, podem lhes facultar melhores condicões de vida)e que sobrevive de pequenos negócios, será que colhe achacar aos sindicatos a inércia ou a falta de diálogo com o Governo? Não os ilibo de deverem falar em nome dos que representam mas será que tem legitimidade para falarem em nome dos vendedores do Xiquelene?
o azedume não é de hoje caro anónimo e eu insisto: surge por termos já pessoas com capacidade de pensar que, paulatinamente, vão ocupando os lugares que estes estavam habituados a ocupar.
Nelson,
Estás a fazer um juízo de valor sobre o que estamos a discutir aqui. O que Machado disse noutros lados e que mereceu resposta minha ou de outros foi rebatido lá.
Hoje refuto a ideia de que os Mozie nada mais sabem do que da enxada de cabo curto. Para além da enxada de cabo curto que deves estar a ver, veja o que encerra o conceito de enxada de cabo curto.
O que Machado disse noutro lado não me interessa muito neste momento.
Introduzes um assunto que é o funcionamento cabal da máquina governativa. É mesmo outro assunto e concordo consigo que alguns assuntos reportados ao PR poderiam ser reportados aos Governadores etc. Mas não retira relevância ao que se diz lá, nem retira a capacidade de entendimento em relacão as explicacões que o PR pode dar ao povo que entende mais do que de enxada de cabo curto.
Continuo a dizer que mais do que a enxada, estou traumatizado com a frequência com que Machado nos brinda com estas tiradas, com estas manias de desqualificar TUDO e todos e a ideia de ele e os seus acólitos são os únicos sabichões.
Caro Nelson, o que se discute aqui é na base duma citação daquilo que exactamente Machado da Graça disse. Ninguém lhe forçou a dizer que o diálogo que o Presidente estabelece nos distritos não tem valor porque aquelas coisas não sabem mais nada do que curvar-se na sua enxada de cabo curto.
Quando diz que os camponeses não podem discutir a socxiedade em que vivem porque são incapazes está a defender o povo? Está a elogiar o povo?
Eu também concordo que nos está a insultar. Só que parece que alguns sentem mais do que outros.
Jonathan,
Você anda por aqui meu irmão? Hehehe estou com saudades de rolar por este chão de debates e, literalmente, me bater contigo. Well come back ao meu espaco irmão.
As minhas raízes são campezinas. Meus pais e quase todos da sua geracão são machambeiros e sei que entendem mais do que o pouco que Machado lhes dá.
O direito a manifestacão é de todos e, se queres saber, acho que deve ser realizado sem constrangimentos. Houve gente que se manifestou lealmente no dia 1 e 2 e houve quem, aproveitando dessa onda, fez vandalismo. Não acho justo que incluamos TODOS no mesmo saco.
O Governo do meu partido trabalha, e trabalha muito desde 1975. É por trabalhar que, de vez em quando, de certeza pode comete erros, que só são cometidos por quem trabalha. Tomar decisões encerra isso mesmo. Risco.
(continua)
Jonathan (continuacão)
Deu cartão vermelho? Hehehehe interessante, isso seria sinal de que o país estaria ingovernado; sem gobvernantes que deviam ter saído de lá. Mas eles continuam lá a trabalhar e a tentar mitigar os efeitos do que tu consideras erros do governo do meu partido. Ok, pode ser... pode ser que o trigo que não produzimos e anda caro no mercado internacional seja culpa do meu partido e do governo que sustenta. Pode ser que o esforco de electrificacão rural e os custos inerentes que devem ser suportados por alguém sejam também culpa do Governo do meu partido. Ok. Assumo.
Machado da graca deve deixar de desqualificar os outros quando opina sobre o país. Quem são os falsos nacionalistas e patriotas?
Jonathan, como eu disse num comentário acima, ele pode ser o que quiser, a única coisa que pessoas como eu (e é assim desde 2003, não só com ele mas com todos os que tentam nos reduzir a nada) nunca lhe permitirão é desqualificar-nos. Pouco me interessa que as suas crónicas sejam mais lidas e que alguns que se vejam a eles próprios ou seus pais insultados batam palmas revelando a falta da tal auto estima, também as leiam. Não é isso que me move.
Neste debate ainda não tinhamos faldo de partidos, introduziste-o. Não tinhamos falado de raccas e já as trouxeste cá. E Já que é assim, vamos a elas.
Se olhares para tras verás que nos primeiros anos de independência, a maioria dos que tinham alguma escolarizacão eram brancos, Machado incluido. Foi vê-los nos lugares de topo quase a todos os níveis administrativos do Estado e das empresas ou servicos criados. Estes compatriotas contribuiram com seu zelo e dedicacão para o funcionamento e o alinhamento de muito do que hoje nos orgulha. Estou lhes reconhecido.
O resto já sabes. A única forma de não ser posto no saco dos que só sabem de enxada de cabo curto (isso só revela que ele nunca conviveu com quem usa tal instrumento e que a realidade que ele conhece é a do prédio ou moradia onde vive) é bajular-lhes. Coisa que não preciso fazer e não facco a ninguém. Isso é por serem brancos? Não sei. A única coisa que sei é que estão habituados a pensar que são os únicos que podem opinar já que, a sua volta, como nos primeiros anos de independência, literalmente, todos pouco mais sabem que de enxada de cabo curto.
Cresci num ambiente que tinha descendentes de portugueses, indianos etc. Convivíamos bem com aqueles cantineiros. Maputo cosmopolista me abriu ainda mais a visão, no meu ciclo de amizades contam-se muitos brancos. Boas pessoas, que opinam, inclusive aqui no meu blog, sem esse preconceito de serem brancos que (lendo o que dizes) deve viver na sua cabeca e, quem sabe, do Machado. Não é por serem brancos que devem se calar. Deve se calar quem passa a vida a menosprezar os demais.
Todos somos mocambicanos. Ninguém nega isso. Ninguém é mais do que ninguém, e não é porque escrevemos nos jornais, em português, que devemos nos arvorar ao direito de saber mais do que os outros. Quando vos faltam argumentos recorrem a estes expediente rácicos.
Reconheco o trabalho do Machado da Gracca como grande jornalista e percursor de muitas coisas (algumas das quais hoje critica) e não me admiraria que lhe dessem nome de uma avenida na Beira actual ou em qualquer outro bairro informal algures por ai. Não te preocupes com Avenida Júlio Mutisse, essa, na ideia que tenho de mim, já existe no meu íntimo e isso é mais do que suficiente para me agradar.
PS:Insulto é insulto meu ilustre amigo. Não importa qual é mais ou menos. Duvidas que tenham havido "Bandidos, arruaceiros, marginais e vândalos"? Já agora, eu não duvido, tenho a certeza de que os mocambicanos sabem mais do que de enxada de cabo curto.
Estamos quites, volte sempre.
Machado da Graça e João Mosca pensam que são os donos da verdade, grandes pensadores e unicos intelectuais iluminados. Insultam o povo, esquecendo que foram esses camponeses de enxada de cabo curto que derrubou e escurraçou o regime colonial Portugues.
Coitados, é a velhice.
Reflectindo e Karim são vassalos do ocidente, montados para aplaudir tudo que seja contra o povo moçambicano. Soldados rasos do sociologo-mor, o tal que não consiguindo devidir o povo, abraçou a batalha de virar o povo contra estrangeiros negros.
Neves
Amigo Mutisse,
Eu nunca estive em pe' de guerra contigo! Temos abordagens diferentes sobre o pais, mas somos cidadaos interessados no bem comum e progresso desta Nacao! A parte ideologias partidarias, pelo menos e' nisso em que acredito!
Talvez nao tenhas observado a expressao que usei no comentario anterior: "....deixem de expurgar a mocambicanidade destes concidadaos!". Qualquer um que olha para o teu texto e comentarios, percebe facilmente que tratas Machado da Graca como um estrangeiro, um "alien being", "que se da' ao desplante de insultar ao nosso povo e, por consequencia, a todos os mocambicanos como o Mutisse"!!
Ora, que eu saiba, Machado da Graca e' mocambicano e a cor da sua pele nao lhe retira a sua mocambicanidade! A constituicao da republica parece ser clara neste aspecto!
Entao, porque o Mutisse o aborda, como se estivesse a lidar com um forasteiro?? Nao e' por causa da cor da sua pele, como aventas, porque sera'???
Se algum mocambicano negro usa-se a expressao "enxada de cabo curto", o Mutisse ficaria tao enervado como nos quer fazer crer??
Que eu saiba, e' comum usarem-se expressoes como: "deixa-la de te comportar como um gajo do campo"!! "Vestido desse jeito, parece que vens da aldeia", "estas a ser um campestre"!!, etc, etc.
O Mutisse tambem usa essas expressoes!! Mesmo os tipos provenientes dessas zonas, quando salvaguardados limites aceitaveis, nao se ofendem, porque estao cientes das suas limitacoes!
E, isso nao se restringe apenas aos mocambicanos! Os americanos teem a expressao "hillbilly", os russos teem "mambet", para descrever a mesma coisa!!
Parece-me um exagero, esta crucificacao de Machado da Graca, por este pressuposto "insulto ao nosso povo"!! Porque mocambicano, esse povo e' tambem do Machado da Graca! Nao e' so' constituinte do Mutisse!!
E' esse aspecto que expurgas na tua analise!!
Neste momento, para o pais, ha' assuntos candentes em que o zelo e "judgement" de homens como tu, Mutisse, sao necessarios !!
Este assunto parece uma distraccao desnecessaria!!
Um abraco e bom fim de semana, junto a familia!!
Mutisse, impossibilitado de o fazer pessoalmente, pede me para colocar aqui o seu comentário:
"O meu amigo parece estar a fazer alguma confusão. Digo esses senhores para significar todos aqueles mocambicanos que tem uma postura que, para mim é condenável no contexto do que discutimos aqui, sem querer retirar a mocambicanidade de ninguém.
Queira please encontrar algo que lhe induza a visão que tens do que escrevi aqui e se o fizer me penitenciarei.
Pouco me importa que ele seja branco, ou de qualquer outra racca. O que me importa está claro aqui. Recuso me a conceber quem quer que seja a desqualificar-nos e pôr se em bicos dos pés para que seja visto como o representante dos que tem legitimidade para discutir o país como se fossem os únicos com direito de opinar.
Machado da Graca faz parte do povo mocambicano sim. Mas ele é especial, é daqueles com quem se pode dialogar, é daqueles que não só entende de enxada e serve mais do que os sindicatos. Machado é um ser especial. Tem as certezas quanto ao que vem de fora, duvida das solucões internas, critica tudo, nada vai bem nenm nunca foi bem com este governo etc.
Bom fim de semana para si ao lado da família."
Caro Jonathan
Para mim não importa se é branco ou negro. Mas se se põe a dizer que os camponeses são uns ignorantes e que não merecem que o Presidente de uma República fale com eles, esse indivíduo, independentemente da sua raça, deve ser admonestado.
Ou Jonathan pensa que, por ser branco, Machado da Graça deve ser deixado insultar e inspirar desprezo à maioria esmagadora dos nossos compatriotas?
Também ouvi aqui alguns iluminados a ensinarem que as nossas linguas não têm capacidade para discutir fenómenos económicos e sociais. Que conceitos como inflacção, Crise mundial, PIB (Produção Nacional) e outros não podem ser articulados em Shangana, Ndau, Sena ou Macua. Isto é uma completa sandice. Só pode ser dito por gente que não conhece a riqueza das nossas línguas.
Também gostaria de saber quais são os grupos com quem o PR pode e deve dialogar, se não o pode fazer também com os camponeses.
Gustavo Senda
Há gente que quando não tem argumentos avança para a vitimização. "Estamos a ser criticados porque somos brancos/negros!". Só que essa é velha.
O Velhote pisou na bola uma vez mais. E desta vez denunciou a sua verdadeira natureza.
Talvez seja esta a primeira e a última vez que passo por aqui, por recomendação do meu amigo Reflectindo, mas não escrevo em sua defesa.
1. Também (eu) não vejo nas palavras de Machado da Graça um insulto ao povo. Usou uma ironia que é aqui observado - com olhos clínicos do autor deste blogue - completamente distorcida da realidade. Como é que um ser 'extraterrestre' que é o presidente da república a quem eu chamo de 'Ngungunhane 2' pode querer dialogar com gente que, nas palavras de Da Graça, “pouco mais conhecem do que a sua enxada de cabo curto.” Pergunta legítima. Mais do que isto, o que é preciso é que o 'Gungunhane 2' seja ele próprio próprio parte deste povo sofrido!
2. Não ponho as mãos às emoções de Machado da Graça, mas acredito que aquele pobre homem que usa tão bem o LATIM para denunciar os corruptos da Frelimo, jamais disse mal do povo moçambicano. Não é por ele ser branco que aliás deixa de ser filho de boa gente. É moçambicano como qualquer um nascido em Moçambique e que defende as cores nacionais.
Zicomo
Caro Senhor Zicomo, para você o critério da verdade e da honestidade é a constância em denunciar o Frelimo e o seu governo? Já que Machado da Graça costuma denunciar os corruptos da Frelimo ele é incapaz de insultar o povo, mesmo quando diz que esse povo é incapaz de entender o seu Presidente?
Parace que eu e o senhor Zicomo temos entendimento diferente do que é ironia. Das várias figuras estilísticas que eu estudei, posso reconhecer algum sarcasmo, comparações e hipérboles no texto de Machado da Graça. Espero que o senhor Zicomo me ajude a identificar a ironia no trecho citado por Mutisse e por Viriato Tembe num outro espaço. Será que quando Machado da Graça disse que os camponeses só entendiam da sua enxada de cabo curto ele quiz, na verdade, dizer que eles são muito inteligentes. Em minha opinião isso é que seria ironia. O senhor Zicomo está a sugerir essa interpretação? Creia no entanto que se é isso, sua interpretação estaria muito forçada.
Em minha opinião, apesar de Machado da Graça denunciar sempre nos seus textos os corruptos da Frelimo isso não faz dele um indivíduo acima de toda a crítica. Exactamente por ele gostar de denunciar os outros, ele também deve ser interpelado naquilo que diz. E ningué nos venha sugerir que, por ele ser de raça diferente, não deve ser questionado. A raça de Machado da Graça não é uma espécie em extinção. Não há que ter cuidados especiais quando lidamos com ele.
Zicomo, o meu blog não tem qualquer espécie de censura, é aberto a todos, podes livremente cá vir ou não vir.
Me parece covardia vir aqui lancar ideias para debate e anunciar "Talvez seja esta a primeira e a última vez que passo por aqui" mais valia não ter vindo. O que veio cá fazer? Dizer mais uma verdade que não deve ser questionada?
Quais são os seus critérios para se ser do povo? V. Excia é? Como poderemos identificá-lo como sendo do povo? Por aquilo que exclui Guebuza de ser do Povo? O que é a tal coisa que exclui Guebas do povo?
Qual é o seu conceito de ironia? Parece que não é o meu...
E eu? Por ser preto sou filho de má gente? Questionável? Suspeito para criticar o Machado que, também, é mocambicano?
Já disse e repito, Machado não é mais mocambicano que ninguém, as suas ideias, insultos etc serão expostos como o são as ideias dos demais sempre que isso se afigurar conveniente.
Concordo na letra com o Anónimo anterior... "A raça de Machado da Graça não é uma espécie em extinção. Não há que ter cuidados especiais quando lidamos com ele."Se for para expô-lo (até nu) pelas ideias vis que veicula, não hesitarei.
Já agora, o meu blog dispensa bebés chorões que, quando sem ideias apelam ao racismo e ainda têm a petulância de nos anunciar "posso não vir mais" como se o espaco e o debate podesse morrer se cá não vierem.
Caro Mutisse,
Já percebi que o 'amigo' interpreta muito mal o latim. Isto não é grave. Numa e em qualquer frase é preciso ler mais do que o essencial, não basta apenas saber ler! Mas como disse outrora, isto até não é grave.
O mais grave, na minha opinião, talvez seja instigado pelo seu ofício de jurista, é este seu mau hábito de querer ter razão em tudo, atrelando-se em trechos ou em factos que vê às cegas.
o "talvez" foi por si engolido para, diga-se em bom da verdade, lançar uma série de ofensas contra os seus hóspedes! É assim que se comporta também nos seus aposentos? A senhorita ao lado que lhe acompanha na foto saberá que o 'amigo' trata mal os seus hóspedes?
O mesmo erro comete ao autopsiar os débitos de Machado da Graça. Tão irónico foi ele, o Da Graça, que o 'amigo' Mutisse não foi capaz de decifrar a sua mensagem. Mais uma vez pegou num trecho desta pobre alma e manipulou à sua maneira.
Analise as coisas assim: um extraterrestre todo-poderoso (Guebuza) contra uma gente de conhecimentos diminuto(povo). Que diálogo pode haver??? Cabe ao PR descer a nível das massas (povo), porquanto como 'extraterrestre' não é!!! Só assim é que pode haver diálogo. Custa entender esta ironia? 'Chamuale', "não faça lá isso, pá"!!!
A Professora Alda Saúte (docente na UP) dizia aos académicos o seguinte "queremos que vocês falem para a gente medir o tamanho da vossa ignorância". Para um bom entendendor, meia palavra basta.
Não se pode dar 'banho maria' a um texto seja ele de quem for, para justificar um fim. A isso chama-se MANIGÄNCIA.
Este seu blogue está a revelar-se um inquisitório. Veja a "cruzada" barata que faz contra o sr. Machado da Graça que, depois de o maltratar ideologicamente, avisa: "este blogue não é de censaura".
Ao contrário do que o Mutisse disse, querendo, e sempre que se justificar, a menos que V. Excia o impessa, cá estarei para dar o meu contributo aos assuntos mais cadentes que forem aqui publicados.
Nota:
1. Não respondo a anónimos. Salvo esporádicas excepções.
2. O meu nome é Viriato Dias ou V. Dias para simplificar. 'Zicomo' (se o Mutisse conhecesse minimamente bem o Bantu) saberia dizer que, dizia, 'Zicomo' em xi-nhungue é "Obrigado".
Zicomo então!!!
Caro Mutisse,
Já percebi que o 'amigo' interpreta muito mal o latim. Isto não é grave. Numa e em qualquer frase é preciso ler mais do que o essencial, não basta apenas saber ler! Mas como disse outrora, isto até não é grave.
O mais grave, na minha opinião, talvez seja instigado pelo seu ofício de jurista, é este seu mau hábito de querer ter razão em tudo, atrelando-se em trechos ou em factos que vê às cegas.
o "talvez" foi por si engolido para, diga-se em bom da verdade, lançar uma série de ofensas contra os seus hóspedes! É assim que se comporta também nos seus aposentos? A senhorita ao lado que lhe acompanha na foto saberá que o 'amigo' trata mal os seus hóspedes?
O mesmo erro comete ao autopsiar os débitos de Machado da Graça. Tão irónico foi ele, o Da Graça, que o 'amigo' Mutisse não foi capaz de decifrar a sua mensagem. Mais uma vez pegou num trecho desta pobre alma e manipulou à sua maneira.
Analise as coisas assim: um extraterrestre todo-poderoso (Guebuza) contra uma gente de conhecimentos diminuto(povo). Que diálogo pode haver??? Cabe ao PR descer a nível das massas (povo), porquanto como 'extraterrestre' não é!!! Só assim é que pode haver diálogo. Custa entender esta ironia? 'Chamuale', "não faça lá isso, pá"!!!
A Professora Alda Saúte (docente na UP) dizia aos académicos o seguinte "queremos que vocês falem para a gente medir o tamanho da vossa ignorância". Para um bom entendendor, meia palavra basta.
Não se pode dar 'banho maria' a um texto seja ele de quem for, para justificar um fim. A isso chama-se MANIGÄNCIA.
Este seu blogue está a revelar-se um inquisitório. Veja a "cruzada" barata que faz contra o sr. Machado da Graça que, depois de o maltratar ideologicamente, avisa: "este blogue não é de censaura".
Ao contrário do que o Mutisse disse, querendo, e sempre que se justificar, a menos que V. Excia o impessa, cá estarei para dar o meu contributo aos assuntos mais cadentes que forem aqui publicados.
Nota:
1. Não respondo a anónimos. Salvo esporádicas excepções.
2. O meu nome é Viriato Dias ou V. Dias para simplificar. 'Zicomo' (se o Mutisse conhecesse minimamente bem o Bantu) saberia dizer que, dizia, 'Zicomo' em xi-nhungue é "Obrigado".
Zicomo então!!!
Concordo com o Sr. V. Dias no que se refere à interpretação do texto de M. da Graça - mas esta é a minha opinião pessoal e não sou dona da verdade.
Claro que existem oportunistas, de todas as raças, que quando não têm argumentos válidos, utilizam a cartada racial, mas dessa forma perdem o respeito e matam qualquer tipo de diálogo que possa vir a existir.
Sr. J. Mutisse, dou-lhe os parabéns por não censurar os comentários de todos os que por aqui passam. Acredite que isso me sensibiliza bastante e me faz acreditar que, apesar das diferenças que possa ter para com os outros, tenta ser e talvez seja democrata (não posso falar com a certeza absoluta, pois não o conheço). Sabe, é que eu já fui censurada em vários blogues, apesar de não ter faltado ao respeito a ninguém, mas pelo facto das minhas ideias ou de o meu ponto de vista ter sido totalmente oposto ao artigo em questão. Isso chocou-me e abalou-me bastante e fez-me crer que a democracia quase que não existe em Africa, por isso deixei de comentar com a mesma frequência. Todos os que me conhecem sabem que respeito toda a gente, desde os doutores aos que não tiveram a sorte de crescer como eu, por isso não tiveram acesso à educação, embora respeite muito o facto desses, a quem alguns apelidam de 'analfabetos', saberem muitas vezes mais da sabedoria da vida e do senso comum do que muitos com Phds; sou democrata nata, querendo com isto dizer que tenho amigos de todas as raças/nacionalidades e com ideologias políticas muito diferentes da minha. Ser democrata é isso mesmo, aceitar que encontraremos pessoas que pensam de outra forma, mas que temos que respeitá-las e ouvi-las, e que ninguém sabe tudo e que é dono da verdade. Podemos não concordar com elas, mas devemos de dialogar e tentar encontrar soluções para problemas comuns e lutar pelo bem da nação e do povo. Todos temos um objectivo em comum: prosperidade da nação e bem estar do nosso povo!
Também acredito que algumas pessoas, devido às suas vivências ou formação genética, sejam mais sensíveis do que outras, sentem as coisas com maior intensidade e sentem-se feridas mais fácilmente, por isso devemos de tratar os outros da mesma forma que gostariamos de ser tratados.
Um abraço da
Maria Helena
Concordo com o Sr. V. Dias no que se refere à interpretação do texto de M. da Graça - mas esta é a minha opinião pessoal e não sou dona da verdade.
Claro que existem oportunistas, de todas as raças, que quando não têm argumentos válidos, utilizam a cartada racial, mas dessa forma perdem o respeito e matam qualquer tipo de diálogo que possa vir a existir.
Sr. J. Mutisse, dou-lhe os parabéns por não censurar os comentários de todos os que por aqui passam. Acredite que isso me sensibiliza bastante e me faz acreditar que, apesar das diferenças que possa ter para com os outros, tenta ser e talvez seja democrata (não posso falar com a certeza absoluta, pois não o conheço). Sabe, é que eu já fui censurada em vários blogues, apesar de não ter faltado ao respeito a ninguém, mas pelo facto das minhas ideias ou de o meu ponto de vista ter sido totalmente oposto ao artigo em questão. Isso chocou-me e abalou-me bastante e fez-me crer que a democracia quase que não existe em Africa, por isso deixei de comentar com a mesma frequência. Todos os que me conhecem sabem que respeito toda a gente, desde os doutores aos que não tiveram a sorte de crescer como eu, por isso não tiveram acesso à educação, embora respeite muito o facto desses, a quem alguns apelidam de 'analfabetos', saberem muitas vezes mais da sabedoria da vida e do senso comum do que muitos com Phds; sou democrata nata, querendo com isto dizer que tenho amigos de todas as raças/nacionalidades e com ideologias políticas muito diferentes da minha. Ser democrata é isso mesmo, aceitar que encontraremos pessoas que pensam de outra forma, mas que temos que respeitá-las e ouvi-las, e que ninguém sabe tudo e que é dono da verdade. Podemos não concordar com elas, mas devemos de dialogar e tentar encontrar soluções para problemas comuns e lutar pelo bem da nação e do povo. Todos temos um objectivo em comum: prosperidade da nação e bem estar do nosso povo!
Também acredito que algumas pessoas, devido às suas vivências ou formação genética, sejam mais sensíveis do que outras, sentem as coisas com maior intensidade e sentem-se feridas mais fácilmente, por isso devemos de tratar os outros da mesma forma que gostariamos de ser tratados.
Um abraço da
Maria Helena
Concordo com o Sr. V. Dias no que se refere à interpretação do texto de M. da Graça - mas esta é a minha opinião pessoal e não sou dona da verdade.
Claro que existem oportunistas, de todas as raças, que quando não têm argumentos válidos, utilizam a cartada racial, mas dessa forma perdem o respeito e matam qualquer tipo de diálogo que possa vir a existir.
Sr. J. Mutisse, dou-lhe os parabéns por não censurar os comentários de todos os que por aqui passam. Acredite que isso me sensibiliza bastante e me faz acreditar que, apesar das diferenças que possa ter para com os outros, tenta ser e talvez seja democrata (não posso falar com a certeza absoluta, pois não o conheço). Sabe, é que eu já fui censurada em vários blogues, apesar de não ter faltado ao respeito a ninguém, mas pelo facto das minhas ideias ou de o meu ponto de vista ter sido totalmente oposto ao artigo em questão. Isso chocou-me e abalou-me bastante e fez-me crer que a democracia quase que não existe em Africa, por isso deixei de comentar com a mesma frequência. Todos os que me conhecem sabem que respeito toda a gente, desde os doutores aos que não tiveram a sorte de crescer como eu, por isso não tiveram acesso à educação, embora respeite muito o facto desses, a quem alguns apelidam de 'analfabetos', saberem muitas vezes mais da sabedoria da vida e do senso comum do que muitos com Phds; sou democrata nata, querendo com isto dizer que tenho amigos de todas as raças/nacionalidades e com ideologias políticas muito diferentes da minha. Ser democrata é isso mesmo, aceitar que encontraremos pessoas que pensam de outra forma, mas que temos que respeitá-las e ouvi-las, e que ninguém sabe tudo e que é dono da verdade. Podemos não concordar com elas, mas devemos de dialogar e tentar encontrar soluções para problemas comuns e lutar pelo bem da nação e do povo. Todos temos um objectivo em comum: prosperidade da nação e bem estar do nosso povo!
Também acredito que algumas pessoas, devido às suas vivências ou formação genética, sejam mais sensíveis do que outras, sentem as coisas com maior intensidade e sentem-se feridas mais fácilmente, por isso devemos de tratar os outros da mesma forma que gostariamos de ser tratados.
Um abraço da
Maria Helena
Ao Presidente, por ser negro, é-lhe permitido insultar o povo.
Ao Machado da Graça, por ser branco, não lhe é permitido falar da mesma forma - embora ele tenha escrito em tom ou forma de ironia.
Afinal, em que ficamos?
Ambas são formas de racismo, que todos deveriamos de condenar veemente.
Daniel
Epá,
Quando não se gosta até o mel é azedo.
Termino
Zicomo
Caro Muthisse,
Deixe-me, primeiro, felicitar-te pelo espírito de abertura com que entras para os debates. Em muitos blogues as opiniões contrárias simplesmente não são postadas. Parabéns!
Em segundo lugar, concordar com a tua análise sobre o texto do senhor Machado da Graça. Eu também alinho com um dos comentaristas anterior para frisar que todos nós, independentemente dos nossos níveis académicos (incluo aqui aqueles que não tiveram a sorte de frequentar ou concluir um ensino formal) sabemos alguma coisa. Não é pelo facto de o camponês “usar enxada de cabo curto” que se pode insinuar que não entende nada de política e não pode dialogar com o PR. E o diálogo será sempre assimétrico, por duas razões: (1) se a discussão centrar-se num tópico que os camponeses dominam, evidentemente que mesmo o PR terá que ouvir mais do que falar; (2) se a discussão centrar-se em aspectos da esfera de governação, o PR, até pelo simples facto de ocupar essa alta função e, por conseguinte, ter acesso a uma gama de informações, dados e ideias, ficará claramente em vantagem, tanto nessa conversa com camponeses, como mesmo em eventuais conversas com licenciados, mestrados ou doutores.
Por isso mesmo, o senhor PR tem feito um esforço para dialogar com essas pessoas, nas visitas que tem feito aos distritos e, recentemente, aos postos administrativos. É claro que pessoas sem educação formal tendem a ter dificuldades em certos domínios, em especial quando se discute coisas fora do seu meio, mas isso não lhes retira o mérito de darem opiniões construtivas. Julgo mesmo que se o PR apresentasse uma lista contendo “ideias, conselhos ou propostas” feitas por esses [que usam] “enxada de cabo curto” para a melhoria de certos aspectos de governação, ficaríamos admirados com a profundidade e sabedoria desses compatriotas.
Em terceiro lugar, dizer que muitos se aproveitaram destas manifestações para desacreditarem, por completo, o que o governo está a fazer. Isto também é injusto e mostra má-fé. Governar não é fácil. Depende do contexto interno e também do contexto internacional e global, aliás, o que o governo tem estado a explicar. Agora, que há erros, isso é verdade. Há determinados sectores em que ainda muito falta fazer, como por exemplo na produção agrícola e no abastecimento ou comercialização interna.
Para terminar, reiterar o meu elogio ao caro Muthisse pelo civismo e abertura ao diálogo.
Teo Mambo (teomambo@ymail.com)
Parabéns Viriato Dias que conhece o manancial de línguas Bantu a tal ponto que dá aulas sobre o que significa Zicomo, como se tal expressão fosse comum a todas as línguas Bantu.
Naquela que domino, o Changana, dizemos yinkomo, Khanimambo etc.
Voltando ao que discutimos aqui, se é as cegas que vejo a desqualificacão do outro nos textos de Machado da Graca e neste em particular, não sei o que será de si e dos seus pudores à crítica a Machado da Gracca quando eu comecar a "ver"e a "entender". Ufff
Já lhe deram aulas sobre ironia mais de uma vez que lhe sugiro, se é que não está claro, a buscar aconselhamento no J. Maria Relvas para pararmos este desfil de barbaridades irónicas por aqui. Não houve ironia nenhuma naquele trecho Viriato. Nenhuma.
Não há aqui inquisitório nenhum. Mas é claro que sempre que for necessário questionar os ditos de quem quer que seja cá estarei, seja qual for o juízo de facca disso.
Não fui eu que anunciei que "Talvez seja a última vez que cá venho", como lhe disse antes, venha quando quiser, venha falar sobre IRONIA para vermos a sua ignorância sobre o assunto.
Já agora, Yincomo Viriato Dias. Da próxima escreverei em changana a minha resposta, não só para veres que é possível debater ideias nas nossas línguas, como para testar os seus conhecimentos nessa minha querida e amada língua primária.
Retomando o que temos dito acima, definitivamente, tal como Juscelino M, também acho que Viriato Dias, definitivamente mesmo não sabe o que é ironia e insiste com este streap tease patético de nos querer ver ironia onde ela, mais uma vez, definitivamente, não existe.
Meu caro Viriato dias, ironia é um instrumento de literatura ou de retórica que consiste em dizer o contrário daquilo que se pensa, deixando entender uma distância intencional entre aquilo que dizemos e aquilo que realmente pensamos.
Juscelino não tem conseguido colocar este texto aqui no blog e me enviou uma série de perguntas para colocálas ao Viriato Dias: “No trecho que está aqui a ser analisado, como é que sabe que Machado da Graça disse o contrário daquilo que pensava. Ele lhe terá confidenciado que quando disse que as pessoas que o Presidente da República contacta ao longo do país só sabe curvar-se na sua enxada de cabo curto queria na verdade dizer que os moçambicanos são inteligentes?”
Diz também o bom do Juscelino M:
Para descobrir ironia não é preciso advinhar. Ou proceder a contorcionismos interpretativos como o senhor Viriato Dias faz. A ironia percebe-se porque o locutor deixa entender uma distancia intencional entre aquilo que diz e aquilo que realmente pensa.
O que o senhor Viriato aqui expõe é a sua interpretação do que Machado da Graça disse. Quem lhe deu a certeza de que Machado da Graça pretendia dizer as coisas que o senhor Viriato esforçadamente nos pretende impingir? Ele lhe mandou um e-mail? Ele lhe telefonou? Ele lhe escreveu uma carta? Pelo contrário, Júlio Mutisse e Viriato Tembe citam Machado da Graça. Deixam as suas próprias palavras falarem. A quem quer o senhor Viriato que acreditemos? Em si ou nas palavras citadas de Machado da Graça ( que como se referiu acima não contêm nada de ironia, por aquilo que todos nós aprendemos na escola)?
Por outro lado, o vosso quixotesco esforço de interpretar Machado da Graça é suspeito. Ele vos mandou defender-lhe? Ele não sabe explicar-nos pessoalmente o que pretendia dizer? De toda a forma, o meu conselho é que Viriato Dias deixe de expor sua ignorância quanto ao significado de ironia, tentando grotescamente vender gato por lebre. Pode ter a certeza que Machado da Graça sabe o que é ironia. Querendo, ele pode vir aqui, ou nos jornais onde publica, explicar o que realmente quis dizer. E não vai tentar inventar uma ironia onde ela não existe.
Portanto, senhor Viriato, os seus comentários só deixaram a nu que não sabe o que é uma ironia.
Juscelino M
Maria Helena, obrigado por vir cá. Volte sempre. De facto ninguém é dono da verdade, nem é possível atribuir a alguém o estatuto ou o monopólio do saber e da capacidade de opinar.
Se nos abrirmos todos, não nos etiquetarmos, debatermos sem preconceitos os problemas do país, este só sai a ganhar. Confesso que me arrepiam estas coisas que se quer chamar de ironia quando, na verdade, é tudo menos isso.
Daniel, aqui não se discutem Negros, Brancos, Azuis ou amarelos. Aqui discutem-se atitudes de pessoas que se querem mocambicanas. Considero um insulto dizer que os camponeses deste país nada mais percebem do que a anxada de cabo curto como diz Machado da Gracca.
Diga-me, se faz favor, para eu entrar e fazer coro de repúdio consigo, em que aspecto o Presidente da República, ele mesmo, insultou o povo seja em que termos for.
O Racismo deve ser veementemente combatido e aradicado dos nossos espacos de debate. A mim não importa a cor do Machado, importa o que ele diz e o que ele disse condeno porque me repugna.
Julio,
não perca tempo com o Viriato. São individuos que caminham no sentido único. Na falta de argumentos vão para ataques pessoais. Como ves, nada mais disse se não falar sobre o Zicomo e a Dra. Alda Saute.
O Viriato,Reflectindo e karim, desdobrando-se em pseudonimos, são os únicos autorizados a comentarem no blog do Carlos Serras e têm em comum o facto de serem simpatizantes do MDM, o tal partido que teve genesis na Europa. Escrevem todos a mesma coisa.
Agora, no blog do Reflectindo, estao a fazer a selecção nacional. kakakaka, coisa patética, parecem miudos.
Esperimenta, no blog do Reflectindo, escrever algo que não os agrade. Aparecem em grupo e ficam emocionados, parecendo miudos que ganharam a primeira bicicleta.
Estão a enhganarem-se e a cegarem-se.
Sobre o Machado da Graça está tudo dito. É um racista que pensara que os brancos são os unicos pensadores. Recordas-te quando fez referencia a nata do jornalismo moçambicano, na lista so constavam jornalistas branco. O Tadeu Phiri desnudou-lhe.
Neves
O debate já vai longo e Viriato está a começar a se perder. O cansaço dá nisto, é normal.
Começou a dar aulas de linguas bantu, heheheh.
A UEM transpirou a procura de docentes de linguas bantus e o companheiro não se pronunciou.
Não faz sentido acusar este ou aquele de ignorante só porque não conhece o significado de uma dada palavra, Nyungue, chope ou macua. Acha que seria possivel dominarmos todas linguas bantu?
Não nos desviem do essential, please.
Ops: mano V. Dias, tenho lido com gosto teus comentários em outras paragens mas aqui, o mano despistou.
Zicomo ou Nzi bongile (em Xitswa)
Amigo Jorge, deixa estar. Creio mesmo que o essencial está dito sobre este assunto e desnorteou por completo o bom do Viriato.
Zicomo por passares por aqui Jorge (estes debates tem o bom de irmos aprendendo, já aprendi uma palavra mais para meu vocabulário). Ndzi Bonguile Makwero.
Relevância dos tais diálogos.
Sem insultar os Moçambicanos eu insisto e insistirei que dizer que há diálogo nas presidências abertas é no mínimo não ter assistido de perto a algum comício das tais presidências ou ter um entendimento sofisticado demais para o conceito pois para mim, segundo me informei,Diálogo [do grego diálogos, pelo latim dialogus] – 1. Entendimento através da palavra, conversação, colóquio, comunicação. 2. Discussão ou troca de idéias, conceitos, opiniões, objetivando a solução de problemas e a harmonia. 3. Uma conversação estabelecida entre duas ou mais pessoas.
Apenas uma meia duzia de pessoas tem sido permitida dizer algo nos comícios. Dessa meia dúzia de questões apresentadas mais de metade são reencaminhadas aos respectivos pelouros ou níveis de governação.
Falar por exemplo que há diálogo no blog de sua excelência AEG é no mínimo nunca ter passado por lá atento. Rebate o senhor presidente às interpelações que lhe são feitas? E não me venham dizer que o presidente não tem tempo pois isso devia ele ter pensado antes de se "apaixonar" pela ideia.
Caro Nelson, ha dialogo no blog de Reflectindo? Ha dialogo no blog de Carlos Serra? Ja agora, o que acha do dialogo neste blog? Compara-se ao dialogo nos outros blogs que citei?
Devo reconhecer que, em minha opiniao, ha dialogo no teu blog porque, tu como Julio Mutisse, deixam passar qualquer comentario por mais contrario que vos seja.
Eu ja ouvi desmobilizados a reclamarem nos comicios do Presidente. E a fazerem-no em tom mais zangado do que o Herminio. Ja ouvi ciddaos a denunciarem roubalheira dos administradores. Algumas destas denuncias levaram a demiss~ao dos dito-cujos. Ja ouvi gente a dizer que dos 7 milhoes se aproveitam os amigos do administrador. Tambem ja ouvi gente a elogiar coisas bem feitas.
Ja ouvi o Presidente a se pronunciar sobre cada uma das intervencoes dos cidadaos, citando os nomes dos intervenientes.
Ja vi problemas a serem resolvidos por esta via. Nelson nunca viu nada do que aqui descrevo? Isso e dialogo ou nao?
Para alguns desses diaalogo ee soo quando se fala bom portugues. Quando o povo apresenta os seus problemas com a simplicidade que lhe ee caracteriistica, isso nao ee visto como diaalogo. Mesmo quando os problemas apresentados sao resolvidos, directamente pelo PR ou atraves das instituicoes apropriadas. Aliaas, os problemas devem ser resolvidos pelas diferentes instituicoes. Faz bem o PR quando faz uso dos ministeerios para resolver problemas apresentados nos comiicios
Caro anónimo, é claro que alguns problemas relevantes são apresentados e resolvidos. Eu disse e bem claro ou pelo menos quis dizer em todos os meus comentários que o meu problema é o excesso de relevância que damos a essa "interação" entre o PR e o povo durante as presidências abertas. Receio que seja por esse excesso, que o governador, administrador, chefe do posto administrativo, presidente da localidade deixam de fazer a sua parte. Acreditamos e fazemos acreditar que os assuntos ficam esgotados nos comícios do presidente e até que o povo guarda todos os seus assuntos para aresentá-los ao presidente. Se olhassemos de forma mais realista à esses "diálogos" perceberiamos sem grande esforço, que não são suficientes e que outras linhas de diálogo, como Mutisse parece quer dizer no seu mais recente post, precisam ser abertas.Se há diálogo ou não nos blogs que convenientemente mencionaste depende da definição de diálogo que estiveres a usar. Na definição que eu uso estou muito feliz com o fluxo de ideias que acontece aqui no Ideias Subversivas do Muitisse e se assim fosse por exemplo no blog do PR eu acreditaria piamente que pelo menos com um segmento da sociedade(os internautas), o PR esta interagindo de forma constante, profunda e quiçá saudável.
Para terminar insisto que o facto de alguns desses problemas(quanto a mim mesquinhos)chegarem ao presidente é prova irrefutável do deficiente funcionamento das tais "instituicoes apropriadas".
Nelson,
Percebeste bem o meu mais novo post. A minha sugestão é essa mesmo: ABRIR MAIS linhas de diálogo para além das que existem com o PR nas presidências abertas. Linhas mais próximas, a nível dos postos administrativos, administracões, governos provinciais incluindo municípios.
São essas linhas que sugiro.
Meu caro visitante Anónimo, tenho o privilégio de acompanhar muitas PAbertas de S. Excia PR. Não tenho dúvidas que muitos assuntos são apresentados numa comunicacão fluida. É um exemplo que deve ser seguido por todas as estruturas a todos os níveis.
Muitos dos problemas que são apresentados ao chefe poderiam ser apresentados aos chefes locais, digo Chefes dos Postos, Administradores e Governadores e, onde existem Municípios, aos Presidentes dos Concelhos Municipais.
Nelson,
o blog do PR tem funcionado dentro das possibilidades.
Recordas-te que aquando da tomada de posse, o PR postou algo sobre a pobreza urbana e, no seu discurso de tomada de posse, sintetizou as várias contribuições que foram postada no seu blog.
Se assistes a TVM ou STV, entao sabes que os governadores e administradores distritais tem diálogado com o povo. Não viste os regulos de Nicoadala a denunciar ao governado Itai Meque, sobre o desvio dos seus subsidios? Não viste a população de Gurue a dizer que o ex-edil tinha desviado a pescina publica? Não viste a população de Macomia a queixarem-se dos elefantes e a exigirem o seu abate. Que governador não vai ao terreno? Até a da Cidade do Maputo tem visitado a população, tendo recentemente oferecido uma viatura a policia de Inhaca.
Estranho é que nunca criticaste o monologo que existem nos blogs do Serra e do Reflectindo, onde não é permitido pensar diferente.
Arranje outros argumentos
Mateus
Caro Mateus
Só pode ser de propósito que não me queiras entender. Em momento algum eu disse ou quis dizer que não há nada sendo feito. Se fores ler o mais recente post do Mutisse vais entender oque eu pretendo dizer pois embora dito de forma diferente, vai desagoar no mesmo, a saber: OQUE ESTÁ SENDO FEITO PODE SER MELHORADO.
A ideia extremista de que tudo está bem como está, tal como a sua “irmão gémea”, tudo esta mal, nos tira objectividade. Já vi sim régulos e denunciar isso e aquilo, a povo no geral a dizer isso e aquilo, muitos desses problemas apresentados são sim resolvido, não dúvida quanto à isso mas há muito mais por fazer. Esse muito mais não será feito se continuarmos a alimentar a “fantasia” de que tudo está bem.
“o blog do PR tem funcionado dentro das possibilidades” Esse é facto e tenho que acrescentar que o blog do PR não tem funcionado dentro das necessisdades, ou melhor como era de desejar. Não é realista nem justo, lhe atribuir o estatuto de “centro de diálogo”. É claro que o PR tem lá os seus motivos para não garantir um debate mais activo e fluente. Suas outras grandes responsabilidades como chefe do estado, sua agenda super apertada devem ser alguns desses motivos. Tenho plena consciência disso.
“Estranho é que nunca criticaste o monologo que existem nos blogs do Serra e do Reflectindo, onde não é permitido pensar diferente”. Aqui acho que chegaste a “entrar no mato”. É estranho tentares dar aos blogs que convenientemente mencionaste, a mesma importância que o do PR. Eu nunca os compararia nesse sentido. NUNCA. Critiquei o do PR se é critica oque fiz só como um exemplo da necessidade de olharmos as coisas de forma objectiva.
Em suma oque eu tenho tentado dizer é oque Mutisse disse onde ele diz e passo a citar
"Eu acho que o modelo precisa ser intensificado a todos os níveis, numa interaccão constante entre governantes de todos os níveis e os governados, estando claro um objectivo, um vector, uma estratégia que permita a assimilacão das diversas mensagens que se pretendem passar"
Eu estou feliz porque, pelo menos no que a alguns de noos, houve avanco de posicoes neste dialogo. Alguns, como o Nelson, avancaram da percepcao de que nas Presidencias Abertas nao havia dialogo, para a posicao de que esse dialogo pode ser melhorado. Eu pessoalmente concordo com Nelson quando sugere que o dialogo das Presidencias Abertas nao esgota todos os assuntos (tambem, haveraa algum dialogo que esgota todos os assuntos?). Tambem concordo com Nelson quando sugere que ha espacos para aperfeicoar este dialogo.
Alguns de nohs que pensavamos que os dialogos daa Presidencias Abertas eram tudo o que o PR precisava de fazer somos forcados a reavaliar as nossas posicoes. Isto eh dialogo. Estamos todos de parabens.
So uma minoria eh que continua a sugerir que o que os nossos pais, tios, primos e outros parentes dizem nas Presidencias Abertas nao vale nada. Nao ee dialogo.
Estaa de parabens o Muthisse por este espaco de dialogo. Um espaco onde os que pensam diferente nao sao estigmatizados (como acontece no blog de Reflectindo e de Carlos Serra)
Reflectindo, Viriato Dias (ou Zicomo), karim e Carlos Serra deveriam aprender como se trata um oponente. Este blog do Muthisse ensina isso.
Mais uma vez parabens Julio, parabens Nelson, parabens todos nohs que evoluimos neste debate.
Obrigado caro anónimo. Só quero discordar contigo no tocante ao blog do Reflectindo. Não constitui verdade que haja estigmatização por lá, a não ser que eu tenha um entendimento deficiente em relação ao significado da palavra estigmatização no contexto em que a usas. Já me cruzei com o Mutisse lá no Reflectindo e já vi os dois trocarem ideias apesar de diametralmente opostos.
Ee estigmatizar os oponentes que se diz que sao minhocas, teem bixo QI, sao xiconhocas, apenas porque pensam diferente. Isso mata o debate, caro Nelson.
Algumas pessoas, para nao serem chamadas Xiconhocas e outros nomes feios, evitam ir contribuir com as suas ideias naquele espaco. Nelson nunca reparou nessa tendencia?
De certo modo, ee por isso que, ultimamente, no blog de Reflectindo soo comentam (com frequencia) Karim e Viriato Dias. Elogiando-se mutuamente, claro.
Manguana
Caro Nelson, a seguir alguns trechos estigmatizadores, extraídos de postagens de Carlos Serra
“Continuo a estudar as análises das manifestações populares de 1/3. Nos círculos mais cortesãos a imagem é invariavelmente a seguinte: um Estado vítima das intempéries do mercado internacional...”
No entanto, ele próprio definiu estudo (análise) como segue “O que é analisar em ciências sociais? Analisar em ciências sociais é estudar clinicamente um fenómeno, decompô-lo, estudar cada parte, produzir no fim do processo uma visão de conjunto do seu funcionamento e, se necessário, mostrar a natureza do (s) problemas (s) e suas causas.”. Pode-se chamar análise social ao que ele publica regularmente no seu blog? Se ele também não atinge os critérios que estabeleceu, porque estigmatizar os que pensam diferente?
“É em meu entender fascinante analisar os discursos "analíticos" (com verniz dito científico) que continuam a ser produzidos para fazer da revolta popular de 1/3 de Setembro uma machamba exclusivamente moral, abundantemente plantada com epítetos, condenações veementes, externalismos causais sem fim e ideias de circunstância que nunca terão continuidade em pesquisa real”
“(na verdade, há muitos doutos habitantes de pesquisas que jamais serão feitas, mas que tudo fazem para passar a imagem de especialistas atarefados).”
Quem faz "analíticos" (com verniz dito científico)? Os que pensam diferente. Quem são os doutos habitantes de pesquisas que jamais serão feitas, mas que tudo fazem para passar a imagem de especialistas atarefados)? Em que revista científica ele próprio publicou as suas análises acabadas? É esta actitude que mata o debate.
Juliao Matsinhe
Caro Matsinhe, questões relacionadas à Carlos Serra e outros bloguistas, seria mas "decente", acho eu, tratar com eles e ou em seus blogs. Oque eles dizem ou acho que dizem deve ser rebatido lá. Não me soaria bem que alguém fosse ao blog do Reflectindo e se dedicasse a falar por exemplo do que não concorda ou acha que não concorda com Mutisse. Eu me dou por feliz por poder de forma moderada e comedida, comentar em todos os blogs. Extremismo de pensamento eu acho que existe um pouco por todo lado e na minha humilde forma de ver as coisas é fomentado mais pelos comentários ou os que comentam do que necessáriamente pelos autores dos blogs. Houve sim uma "viragem" no blog de Carlos Serra e se me lembro bem foi porque algumas pessoas se aproveitavam da liberdade e anonimato da blogosfera para atacá-lo pessoalmente.
Tenho mais, um pouco por todo lado, e no Ideias Subversivas não é excepção, surge uma vez a outra, uma forma ligeiramente "inflamada" de rebater a um comentário que roça à insulto, e eu estou quaase habituado à isso. Termos convenientemente selecionados e usados que não precisavam ser usados
Este debate está a animar. Que continue.
No que tange a este blog, se em algum momento no calor de algum debate algum posicionamento meu ou de cá vem (tenho que me desculpar por eles pois sou eu que tenho de os chamar a razão e/ou criar mecanismos de evitar) se exprime em uma ""forma ligeiramente "inflamada" de rebater a um comentário que roça à insulto, e eu estou quaase habituado à isso"peco te que nunca te habitues caro Nelson. Isso não é para habitura é para matar.
Por isso me penitencio aqui.
Aqui não há guardiões do templo, não há Xiconhocas nem Bandidos armados. Há gente que debate o país.
Ele, tambem, o Carlos Serra, deveria ir discutir com os "círculos mais cortesãos" nos sitios onde publicam. E nao estigmatiza-los no seu blog sem lhes nomear e com poucas possibilidades de se defenderem.
nao se defenderiam porque ele nao posta comentarios que lhe contrariam.
Anónimo, isso que diz é mesmo verdade.
Sabem, eu não vejo nada errado no texto do M. da Graça.
Mas vocês frequentaram que escola? Parece que lemos diferente e interpretamos ainda muito mais diferente.
O que se passa?
Outro Anónimo!
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