quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

2010: Findando Com Mostras de Vitalidade e Seriedade.

2010 está prestes a findar. Entre bypasses polémicos, denúncias de corrupção no nosso futebol que ensombram a família do futebol no geral e uma família específica em particular (presente no dirigismo federativo, no dirigismo de um clube e no agenciamento de jogadores que tem tido menção honrosa nos jornais – e não só – por diversos motivos), julgamentos de casos de descaminho de fundos públicos, prisão de nacionais no estrangeiro transportando elevadas somas, anúncio da chegada dos 7 milhões aos (alguns) municípios, lá temos que olhar para trás e fazer a retrospectiva dos 12 meses que findam.

Há coisas boas que aconteceram e/ou estão em curso neste ano.

A primeira: RESPONSABILIZAÇÃO. Este blog tem muitas referências a necessidade de responsabilização perante actos ilícitos. O fortalecimento das instituições estatais e o cometimento do próprio Estado com o rigor na gestão da coisa pública, começa a mostrar-se com os julgamentos que se sucedem: depois do caso AdM vieram outros: Financas de Maputo, CPD e agora o caso MINT em julgamento e cujos implicados me merecem respeito porque inocentes até transito em julgado de sentença condenatória se houver.

Entre discursos redutores deste “movimento” responsabilizador (incluindo daqueles segmentos que vêm politiquices em tudo) não posso, neste 2010 a virar a esquina, deixar de congratular os profissionais da área da Administração da Justiça que de tudo fazem, para do lado que lhes cabe, manterem o Estado de pé. Bem hajam. Aos procuradores, juízes e outros profissionais (muitos dos quais compartilhamos os bancos da faculdade) o meu BAYETE.

Pobreza Urbana – é verdade que mais de metade da população moçambicana vive nas zonas rurais. Não discordo de quem tomou aqueles pontos como prioritários e, em mais de cinco anos, drenou lá milhões de meticais que tem ajudado a mudar a vida de muitos moçambicanos.

Porque a minoria urbana ou urbanizada que também sofre da pobreza havia que dar a estes condições de a combater. Os 7 milhões chegam as cidades. Cabe aos Municípios pioneiros nesta iniciativa, capitalizar esta iniciativa definindo estratégias próprias adequadas a situação concreta de cada município e que enfrentem o problema “de frente” rumo ao sucesso. Sei que o meu já está a fazer. Não haverão, em minha opinião, soluções pré concebidas válidas para todos, em todo o lado, de igual modo. Há situações próprias de cada local que tem que ser potenciadas. Avante. Aos presidentes dos municípios escolhidos o meu voto de confiança de que quem acredita que sairão soluções que reduzam a pobreza de mais moçambicanos.

As instituições funcionam. Há liberdade de expressão. Embora timidamente, começamos a abandonar a prática de discutir pessoas. Discutimos ideias. Cresce o movimento dos que procuram conhecer BEM os problemas para propor boas soluções num país cheio de soluções (rsss – como diz Elísio Macamo).

O meu Maxaquene superou-se este ano. É vice campeão em futebol, venceu a taça é campeão em Básquete. O Desportivo em femininos honrou o país no africano de clubes.

Coisas más… corrupção no futebol. Fala-se de corrupção em outros sectores. Um mal a combater.

Continuamos arregimentados. Parece que há os eternos “do contra” e os eternos “prós”. Muitas vezes emerge um debate de surdos em que não se busca a validade do argumento do outro. Busca-se o facto de ser do contra. Ultrapassemos. Que as minhas ideias sejam válidas por si e não em função do meu alinhamento seja de que natureza for.

Um abraço a todos e, antecipadamente, votos de feliz 2011.

Mutisse.



PS1: Que “O país” edição fim de semana cresça em 2011 e que seu editor e outros superiores hierárquicos no grupo não durma na sombra da qualidade que se reconhece ao produto.


PS2: Que Egídio Vaz e Noa Inácio voltem ao debate activo de ideias nos seus blogs e outros quadrantes.


PS3: Que o país progrida em 2011 e se afirme cada vez mais como incomodado com a ajuda externa e dê passos para se livrar dela.


PS4: Que eu ganhe o meu PRIMEIRO milhão de dólares.

2 comentários:

Egidio Vaz disse...

no que me toca....júlio, irei regressar ao debate. um dia. abraços.

V. Dias disse...

Visto,

Passa

Zicomo