sexta-feira, 15 de abril de 2011

Oposição Política em Moçambique: MDM, Crises etc., Um Caso de Estudo e de Espanto.

O Savana tem como manchete desta semana a “Crise no MDM”. Entre pedidos de demissões, acusações de negociatas de isenções, pontapés nos estatutos do Partido até a gestão familiar do partido com implicações na marginalização do Secretário Geral que deveria gerir o dia a dia do partido, está tudo claramente descrito no Savana de hoje 15 de Abril de 2011.

O que significa todo este surruru? Será o fim do MDM? Será o fim das esperanças dos que viam no MDM o trampolim para o poder?

Seja como for, como diz um amigo meu, o problema dos partidos emergentes é de potenciarem o líder no lugar do partido fazendo com que não criem estrutura, não criem os necessários elementos de coesão, de pertença. Dessa forma, ainda segundo esse amigo não se cria memória colectiva e, quando inexiste um grupo que se identifica com o projecto não se pode esperar nada mais do que esteja acontecer.

Com sinceridade nunca esperei muito do MDM; a forma apressada como surgiu e algumas clivagens iniciais prenunciavam, a meu ver, os conflitos de hoje.

Tal como o amigo que tenho vindo a citar acredito que quem pode vir a surpreender é a RENAMO que mesmo com a mesma tendência de fazer do líder o ente supremo, um semi Deus, tem bases e pode se reerguer sob uma direcção e estratégias coerentes. Se calhar reagrupando os muitos membros excluídos ou que abandonaram devido a falta de visão do seu líder e sequazes.

E há ainda quem fale do retorno ao monopartidarismo como culpa do Partido Frelimo que, em termos de gestão e de posicionamento, se mantém equidistante da autoflagelação que os ditos partidos da oposição de submetem de tempos em tempos. Ao invés de se fortificarem e se constituírem como alternativa andam nesta autentica roda viva de lutas que não terminam. Estranho.

Esperemos reacções. Pode ser que o MDM fosse a esperança de muitos. Pode ser que continue a ser… nunca ninguém disse que a esperança não morre, dizem apenas que é a última a morrer depois da crença, da confiança e muitas outras coisas importantes.

18 comentários:

Anônimo disse...

Nos blogs dos simpatizantes dó MDM este assunto está a ser ignorado. Excepção é o meu xará Viriato Dias que colocou um comentário indignado no blog de carlos serra.

Viriato Tembe

V. Dias disse...

Com certeza, eu não fujo à responsabilidades. Nunca. O MDM nas próximas eleições não terá sequer um deputado. Não sou vidente, é um facto. Se nada fizer para mudar as coisas, está lixado.

Zicomo

Anônimo disse...

olá júlio, li esta notícia com muito alarme. não é bom para o país. na discussão referida pelo viriato tembe aparece alguém a propôr que a sociedade civil se faça representar directamente. os problemas do mdm podem conduzir à morte da fé no sistema partidário, e isso não é bom, sobretudo agora que andam estas ondas de protesto um pouco por todo o lado. aqui o partido no poder vai ter também que reflectir sobre como salvar a democracia no país. não há razões para festejos de qualquer natureza.
a preocupação de muitos de ver uma oposição credível a nascer levou muita gente a exagerar a importância (e as credenciais democráticas) do mdm. um líder de partido que se diz democrático não pode vir a público defender actos de vandalismo (como o líder do mdm fez aquando dos últimos distúrbios) sem pôr em questão as suas credenciais democráticas. um partido que se constitui a partir de zanga em torno de estatutos que não estão claros para ninguém dificilmente pode ter bases sólidas para funcionar. um "movimento" democrático constituído por pessoas que primeiro se juntaram à renamo, mas nunca explicaram muito bem porque o fizeram e porque desta vez a coisa iria funcionar, não é nem movimento, nem democrático. sempre disse, e repito-o: de todos os dissidentes "intelectuais" da renamo quem realmente agiu com coerência foi manuel de araújo que tirou as devidas ilações pessoais de todo o imbróglio.
acho esta notícia muito deprimente. mais uma prova dos perigos de juízos apressados em alguns sectores das ciências sociais. só que vão ter sempre explicação para tudo. como sempre.
elísio macamo

Anônimo disse...

Oi Elísio. Concordo perfeita contigo, quando dizes que o enfraquecimento do MDM não é uma boa notícia para o país. Pessoalmente tinha a esperança de que este "Movimento" ia ser capaz de articular melhor as opções políticas e económicas alternativas que existem em relação à FRELIMO. E que ia fazer isso de maneira menos emocional, aproveitando os tais "intelectuais" que se diz existirem lá.
Noto, no entanto, que a implosão interna parece ter começado. E as pessoas que se mostram muito apressadas em julgar aquilo que consideram erros da FRELIMO ou do Governo não mostram apetência para analisar este fenómeno que afecta o Partido deles e, dessa análise, retirarem as devidas lições.

Viriato Tembe

Anônimo disse...

caro viriato tembe,
estamos de acordo. eu nunca acreditei que o mdm fosse a tal alternativa, ainda que a nossa sociedade tivesse um potencial para um partido dessa natureza. os escalões médios e inferiores da função pública bem como jovens graduados são uma mina de outro para qualquer partido sério, mas isso pressupõe bom trabalho de campo, atitude crítica e menos ressentimentos. lembro-me de alertar contra tendências tribalistas no meu defunto blogue e não fico surpreendido quando leio sobre recriminações desta natureza nas desavenças que o partido está a ter.
enfim, é uma pena.
abraços
elísio macamo

Abdul Karim disse...

Concordo com o Elisio, nao 'e Bom pra o pais,
Alias nem sequer sei qual a razão da crise ou "whatever",

Era importante o "nascimento" do MDM, era importante como uma alternativa, e era importante para tentar equilibrar as falhas do nosso sistema,

As falhas do "nosso sistema" nao sao "consertáveis", as consequências podem ser talvez "diminuídas" em função a "aberturas" que o governo ou o partido no poder introduzirem, mas que o sistema nao 'e "consertavel", isso nao 'e mesmo.

Acredito mesmo que o MDM 'e apenas consequência, a nível nacional, dum sistema social, político e económico global que esta a falhar, que na realidade já falhou,

Numa analise um pouquinho mais abrangente e indo em direcção da hipótese do Elisio relativa a "falta de fe":

As abstenções nas eleições em muitos países já demonstram a "descredibelidade" nos respectivos sistemas, e as mudanças já estão a acontecer em outros tantos países,

As "revoluções" estão acontecer,

Nos temos que ser capazes de entender que o nosso sistema também já caiu, refiro-me concretamente ao sistema social, político e económico, e nos estamos um tanto quanto atrasados a gerar soluções alternativas,

E numa opinião muito pessoal, fica agora a Sociedade Civil com maior responsabilidade, e muito "felizmente" ainda que "um pouco tardiamente e muito lentamente ainda" o governo esta "abrir espaço" pra uma maior pro-actividade com a Sociedade Civil,

Temos de ser capazes de gerir a mudança de forma mais Harmoniosa possível,

Juntos, Unidos, Inclusos,

Venceremos com certeza.

Chacate Joaquim disse...

Abdul Karim,
Concordo com a sua posição de associedade civil de facto assumir o papel que lhes cabe para que as coisas caminhem para um futuro risonho.

Quanto, à crise no MDM, eu não considero como tal, a história mostra que partidos hoje considerados mais maduros, já foram abalados por crises muito mais fortes que o que está a acontecer com o mdm...Portanto, ela não deve constituir preocupação. Talvez a sua gestão para não chegar onde a Renamo chegou.

Outra coisa é que,os partidos não podem ser constituidos basicamente por académicos e intelectuais, porque a disciplina partidária exige submissão em algum momento e a independência conque estes observão as coisas não permite uma estabilidade como tal.

Eu também admiro Manuel Araújo. Elísio Macamo tem razão ele sabe aproveitar as oportunidades que a vida lhe dá.

Pensa comigo

Anônimo disse...

disculpem disculpel. por favor quantas crises ja ouvimos do partido no poder neste caso a Frelimo, mas nunca vi, nunca li nunca ouvi alguem a dize é desta que a Frelimo perde as eleições. por favor nao postem openiões que poderam pendurar a nossa democarcia. as crises ultrapassam- se, esta crise provocada por este senhor mandatado por quem não sei so servem para demostrar o o partido é democratico. ja ouviram alguem por exemplo do partido no poder a criticar algo? o senhor MUSSA por mim é um mandatado para destruir os partidos da oposição. criou confusão na Renamo agora no MDM, alguma coisa não estabem com este senhor

Abdul Karim disse...

Concordo Chacate,

So me referi a "crise" no MDM, porque na realidade vi o texto aqui,

Nem sei se 'e propriamente "crise", e SIM as "crises" sao "percurso" de crescimento, mas isso so e so se, aproveitar-se as oportunidades,

Nao sei qual o estagio do MDM em relação ao aproveitamento de oportunidades, tanto que nem sei se existem oportunidades para Oposição no "nosso sistema político"

Ainda em relação ao "aproveitamento" de "crises", o nosso pais também nao tem estado aproveitar a "crise" para projectar um futuro risonho, e também por isso que digo que o sistema global falhou, o nosso também falhou, e estamos a demorar a agir ou reagir, como quiseres entender,

Eu acredito que começa existir alguma abertura por parte do Nosso Governo, mas esta muito lento, enquanto que a nível global as Mudanças estão mais rápidas,

Em relação a Sociedade Civil, nao se trata apenas de assumir o seu papel, mas passa também por ser um e o principal actor para a gestão harmoniosa da Mudança, e isso tem que ser com concordância do Governo e comunidade internacional, de modo ate a credibelizar uma renovada "relação" que deve ter com objectivo trazer alguma estabilidade ao pais,

Doutro modo, nao vejo donde vamos buscar recursos necessários para uma Mudança harmoniosa, considerando a quase total descredibelidade do nosso sistema social, económico e político.

Sao so algumas ideias, pensamentos e considerações, e posso estar quase como sempre errado, e os actores actuais do cenário ao nível nacional, acharem que existem outras alternativas,

Temos que acelerar um pouco o passo, e temos que acelerar todos,

Acredito

Juntos, Unidos, Inclusos,

Venceremos com certeza

Julio Mutisse disse...

Chamo a vossa atencao a este link: http://kabamwine.blogspot.com/2009/03/revolucao-partir-de-chiveve-uma-utopia.html eh referente a um debate proposto por Lazaro Bamo no seu blog por altura do nascimento do MDM.

Nesse debate disse eu "Tenho igulamnet apelado a calma na abordagem ao MDM. Será a postura do MDM, após esta fase orgásmica que se seguiu à Assembleia Constituinte que nos dirá o que esperar efectivamente deste Movimento."

Se olharmos as peripecias mdmisticas desde a sua constituicao (a tal fase orgásmica de que falava) facilmente nos aperceberemos de um percurso sinuoso apenas disfarcado pelos assentos parlamentares conseguidos.

Apesar do meu torcer do nariz inicial, sempre guardei a esperanca de que poderia vir do MDM uma alternativa util ao sistema democratico nacional; a esperanca de que poderia nascer dali um interlocutor valido para a nossa democracia que, inclusive, poderia validamente discutir a nacao com a nacao maior que eh a Frelimo... infelizmente da fase orgasmica nasceu um saco de gatos onde, parece, todos se batem em busca de protagonismo atropelando tudo e alguma coisa, fazendo o que me parecia que criticavam etc. Epa...

Nao estou contente com esta crise do MDM mas ela eh indicativa de como a criacao/construcao de alternativas politicas em Mozie esta a iniciar pelo tecto e nao da base como eh o normal. Comecamos da morte como diz um amigo meu... nao pensamos no projecto pensamos nas pessoas para fazerem parte de um colectivo e, no caso do MDM e ate do PDD, nunca houve colectivo em minha opiniao. O Partido foi feito a volta de cada lider a cada altura e as fraquezas desse "lider" facilmente geram conflitos

Abdul Karim disse...

Eu nao acompanhei o "nascimento" do PDD, por isso nao posso sequer tecer qualquer comentário,

Sempre acreditei que uma AR equilibrada, 'e mais valia pra todos, inclusive para o partido no poder,

Mas pronto, sao na realidade essas diferenças de pensamento que determinam a individualidade de cada um,

Felizmente, ja começa a haver alguma consciência que se pode "pensar diferente", embora continuemos muito resistentes a possibilidade de se "fazer diferente",

Sao processos de crescimento e evolução, e ainda que muito atrasados, chagara o dia, em que estaremos mais dispostos e unidos por forma a criar sinergias para o bem de todos nos,

Acredito

Juntos, Unidos, Inclusos,

Venceremos com certeza,

Julio Mutisse disse...

Uma voz com capacidade de discutir os assuntos do pais com propriedade, uma voz que tenha ultrapassado problemas "domesticos" para se dedicar aos problemas da nacao e as alternativas de desenvolvimento eh sempre uma mais valia Karim.

O anuncio da "chegada do messias" foi feito quando Raul Domingos foi expulso da Renamo e todos viam nele a pessoa ideal para liderar a "terceira forca" de que se falava na altura.

Nasceu uma organizacao "da sociedade civil" antes do PDD, potenciada pelos mesmos que pulam de partido em partido quais prostitutos politicos. Da mesma forma que se fez no caso MDM nao se criaram ideiais; era necessaria uma terceira forca e se juntou a Raul Domingos pessoas a sua volta que nao sei se tinham algo para alem da crenca de que Raul Domingos poderia liderar a tal necessaria terceira forca. O PDD eh o que eh hoje e todos ate prenunciam o regresso de Domingos a Renamo para a liderar num cenario de Dlhakas fora de la.

O MDM nasceu de peripecias diferentes claro, mas sempre a volta da pessoa do Daviz e nao de um ideal unificador; num contexto de ambicoes nao compactadas e "trabalhadas" para servir a organizacao e nao as pessoas e hoje eh o que se ve.

Gostaria de ter um partido que desafiasse o meu partido (sendo membro esse partido me deafiaria tambem) em todos os sentidos. Infelizmente temos a Renamo preocupada com seu lider e o MDM que se concentrara na discussao do significado da saida de Mussa nos proximos tempos, desacreditada etc.

Anônimo disse...

As rolas voam voam voam...

Anônimo disse...

Se tudo o que Ismael, Colaço e Quelhas relatam na famosa carta for verdade, então temos que assumir que ha uma crise instalada. Uma coisa é diferença de opiniões e outra é violação flagrante dos estatutos. Não possivel que o presidente forme brigadas de trabalho e não comunique ao SG. Não é possivel que brigadas trabalhem sem que a direcção executiva do partido tenha conhecimento.

Anônimo disse...

Bom, tendo em conta o que li a pouco num outro blog a crise é bem aguda e acho que só uma mao europeia poderá esfriar os animos.

Anônimo disse...

caro júlio,
acabo de ler o jornal "o autarca" da beira. faz uma cobertura interessante desta crise. inclui a carta dos demissionários, que considero algo estranha e curiosa. para já revela um grande fosso entre as partes em conflito. numa das suas passagens chama o presidente do partido de arrogante, intransigente e sem visão estratégica. isto não me parece diálogo de gente do mesmo partido e levanta mesmo a questão de saber se estes indivíduos sabiam o que estavam a fazer quando se juntaram há alguns anos.
gostaria de sugerir três pontos para reflexão. o primeio diz respeito à extrema personalização da análise política entre nós. o pessoal do mdm abusou disto e está hoje a ser vítima. os problemas de moçambique são essencialmente estruturais. reduzir tudo às pessoas pode fazer sentido no contexto do debate político, mas não ajuda a perceber os constrangimentos que agem sobre os indivíduos. quando se celebrava o bom trabalho que se dizia que o edil da beira fazia a tendência era de reduzir isso à sua pessoa, o que é legítimo, mas pouco, pois o interessante era saber que condições agiam sobre ele para se manter firme no propósito de servir os que o elegeram. infelizmente, neste aspecto muitos colegas das ciências sociais e pseudo-analistas políticas têm falhado redondamente.
segundo (e este é um assunto que tu vais perceber melhor do que ninguém por seres jurista), falta um maior controlo jurídico dos partidos por parte de instituições de direito. a observação de estatutos de partidos não pode ser assunto dos próprios partidos apenas. o tribunal administrativo tem que controlar (assim como faz com a conta geral do estado). esta crise não seria nenhuma crise se isso acontecesse. o mdm nem teria surgido nas condições em que surgiu se tivéssimos esta cultura jurídica de controle dos partidos. sei que é difícil, pois num contexto em que muitos pensam que tudo é controlado pela frelimo seria difícil não supor que houvesse mão dela em tudo.
o último aspecto é essencialmente político. um partido que se constitui para derrotar um outro partido (neste caso a frelimo) não me parece bem apetrechado para a vida como partido político. os partidos deviam nascer para trabalharem na criação de condições para que a sua visão de sociedade se realize. eu até diria que não devias orar para que nascesse um partido que desafiasse o teu. devias orar pela emergência de partidos capazes de formular projectos claros de sociedade e por eles lutarem. isto faz falta ao país e faz com que muitos incautos estejam sempre à espera de messias por todo o lado.
isto é um desabafo. o único consolo para mim no meio de tudo isto é que finalmente vai parar esta celebração injustificada do mdm. se a consequência fosse mais rigor na análise estaríamos bem, mas pelo que vejo em alguns comentários já há gente a correr no sentido de chamar nomes a algumas pessoas (por exemplo, os chamados intelectuais). estamos mal.
elísio macamo

Anônimo disse...

Oi frelos tudo bem? entao como vai o jantar das quizumbas?Pobres tolos
Cidadao atento

amosse macamo disse...

A ideia que o anónimo traz de que só uma intervenção estrangeira pode salvar o MDM, acaba me criando algumas confusões, isto porque a Lei, quando veda o financiamento dos partidos políticos por entidades ou governos estrangeiros, fá-lo no sentido de garantir a sua liberdade e autonomia; a não subordinação a qualquer agenda que não seja a do povo.
Os partidos políticos devem pois, possuir autonomia para definir a sua estrutura interna, organização e funcionamento eficazes, impondo-se que os seus estatutos estabeleçam normas de fidelidade e disciplina partidárias, isto porque quando faltam estes itens afunilam-se os canais de comunicação e com estas, a impossibilidade do diálogo. O resultado não será um pouco diferente do que estamos a assistir: a exposição desnecessária em praça pública de assuntos estritamente internos.
mas também estou com o Professor Macamo, pois pensar que só porque a Constituição permite a livre estruturação dos partidos políticos estes podem fazer e sob capa de autonomia partidária o que lhes apetecer em matéria de disciplina interna e respeito aos estatutos, normas e procedimentos quem acaba perdendo é o País.
Mas talvez seja e por todos motivos evocáveis irónica a ideia que o ilustre anónimo avança de que so uma mao europeia para esfriar os animos.