segunda-feira, 6 de julho de 2009

Ponte Armando E. Guebuza

Não tenho dúvidas que o país assumiu uma nova dinâmica desde 2004. Não ponho em causa muitas coisas positivas ocorridas nestes 5 anos e das boas sementes lançadas na governação do Presidente Armando Emílio Guebuza, para o futuro. Mas tenho dúvidas quanto a questão relativa a atribuição do nome do actual Presidente à ponte sobre o Zambeze.

Repito, não ponho em causa os méritos da liderança governativa de Armando Emílio Guebuza. Aliás, enalteço-os. Quando olhamos o processo de descentralização, o protagonismo dado aos distritos, as projecções do crescimento macro-económico, o crescimento do valor dos investimentos mesmo em época de crise etc., não podemos ficar indiferentes; é sinal de que há trabalho bem feito pela actual equipa que tem como líder Armando Emílio Guebuza.

Os moçambicanos sabem, como sempre souberam, enaltecer aqueles que fazem bem. Saberão, olhando para o passado, o presente e as perspectivas de futuro, enaltecer os méritos da governação de Guebuza e criticar construtivamente os erros cometidos nestes cinco anos, a bem do nosso crescimento e aprendizagens.

Mas a ponte... a ponte... aquela ponte representa o sonho de gerações de moçambicanos, o materializar desse sonho que cruzou teimosamente a governação de Samora, Chissano até Guebuza. Para mim, e acredito para muitos, simboliza o encontro, o dar de mãos dos moçambicanos de todas as regiões do país.

Guebuza é o actual Presidente da República e, espero, renovará o mandato este ano. Segundo reza a Constituição da República, o Presidente da República é o Chefe do Estado, simboliza a unidade nacional, representa a Nação no plano interno e internacional e zela pelo funcionamento correcto dos órgãos do Estado.

Para mim a dimensão e o simbolisto daquela ponte, deveria ultrapassar a figura do actual chefe de estado, símbolo da unidade nacional. A dimensão daquele empreendimento devia, quanto a mim, ultrapassar a necessidade de homenagear Mondlane, samora, Chissano e/ou Guebuza.

Aquele empreendimento deveria, quanto a mim, receber o nome que reflicta a sua importância para os moçambicanos no geral, que ultrapassa de todas as formas, a importância que, neste momento, atribuimos ao PR Guebuza com todos os méritos reconhecidos da sua governação.

Na fase dos sonhos, falamos da ponte como a ponte da unidade nacional cujo símbolo actual é, de facto, Armando Guebuza. Daqui há 15 anos confiaremos noutro moçambicano que simbolizará a unidade nacional, bem maior a preservar.

Tenho fé que veremos aquela ponte como simbolismo da unificação do sul, centro e norte do país e não deixaríamos de reconhecer o mérito a Guebuza e sua equipe que, durante estes cinco anos, conseguiu garantir a boa execução da obra e a sua conclusão atempada. Isso ninguém retirará a Guebuza mesmo que a ponte não ostentasse o seu nome.

Guebuza é um patriota e será sempre visto dessa forma. Será imortalizado pela sua obra e entrega à causa que é Moçambique não desde 2004 mas, de bem antes, quando abdicou da de "curtir" a juventude e se entregou à libertação da pátria com outros jovens da sua geração.



30 comentários:

Nkutumula disse...

“Mas a ponte... a ponte... Para mim, e acredito para muitos, simboliza o encontro, o dar de mãos dos moçambicanos de todas as regiões do país.” (Julio disse)
Para mim, simboliza o dar de mãos dos moçambicanos das regiões centro e norte. Isto porque os das zonas sul e centro já estão de mãos dadas através da ponte sobre o rio Save.

“Aquele empreendimento deveria, quanto a mim, receber o nome que reflicta a sua importância para os moçambicanos no geral” (Júlio disse).
Qual a tua sugestão mano? Para mim, aquela ponte é tão importante quanto a ponte sobre o rio Save, acredite mano.

“Na fase dos sonhos, falamos da ponte como a ponte da unidade nacional” (Júlio disse).
É exactamente aqui onde reside o “pomo da discórdia”. Aquela ponte não pode ser equiparada à queda do muro de Berlim. Isto porque se deitar-mos abaixo a ponte sobre o rio Save não haverá unidade nacional. E se a reconstruirmos, será designada “Ponte da Unidade Nacional”. Aonde quero chegar? Quero tão somente dizer que a ponte Caia-Chimuara é apenas uma peça de um grande puzzle de pontes que permitem que andemos de carro do Rovuma ao Maputo.

“Tenho fé que veremos aquela ponte como simbolismo da unificação do sul, centro e norte do país” (Júlio disse).
A questão que coloco é: Será que aquela ponte une o sul ao centro do país? Estamos a querer retirar o carácter de unificação nacional que a ponte sobre o rio Save tem?

Termino dizendo o seguinte: Para se saber quantos bois tem uma manda não se conta o número de patas. Conta-se o número de cabeças. Isto porque podem haver bois sem uma pata. E aí é que vai instalar-se a confusão porque poderão haver 8,9 bois. Por outras palavras, dizer que aquela ponte é da unidade nacional é anular a importância que todas as outras pontes têm enquanto propulsoras do desenvolvimento e da unidade nacional.

Viva o debate franco e aberto, este país ainda será nosso…

Júlio Mutisse disse...

É evidente que não podemos retirar a importância das demais pontes no contexto da transitabilidade e da comunicação rodoviária no país; é evidente que a derrocada de uma criaria uma situação similar a que se vivia na travessia do Zambeze.

Mas, durante décadas, a travessia do Zambeze naquele ponto foi sempre o calcanhar de aquiles na circulação rodoviária. Hoje vencemos esse obstáculo que durava há anos. Vamos reinventar sonhos, colocar novas metas e correr noutra direcção.

Voltando ao carácter unificador das demais pontes, e sem hierarquizá-las, a minha sugestão aqui era que olhássemos para aquela ponte dentro do circunstancialismo e simbolismo que a caracterizam e, acima de tudo, que o nome e o uso que se faça dela ecoe dentro desse circunstancialismo e simbolismo.

Um abraço.

Júlio Mutisse disse...

NEro, sugestão de nome é complicado. Mas sugestão de critério está ai: um nome que vá ao encontro da dimensão sonhada e hoje concretizada do empreendimento, do simbolismo que demos a ponte ao longo dos anos de espera (cruzam governação de Samora a Guebuza) e do valor acrescentado que é a ponte em todo o processo de desnvolvimento económico de Moçambique.

Repito, não é que Mr. Guebuza não "seja importante, nem se trata de reduzir o seu contributo na materialização daquele nosso sonho; seria, neste caso também, negar os degraus que fomos subindo nestes anos. Mas a ponte... aquela ponte, tem muito de especial e o seu nome devia reflectir o conjunto das coisas especiais que ela representa...

Lázaro M.J.D.M Bamo disse...

Saudacoes

Meus caros, acho que o culto de personalidade nunca foi mérito, antes pelo contrário, concordo plenamente com Mutisse quando diz que Guebas será sempre reconhecido como patriota, nao é por tanto necessário que a ponte famosa ostente o nome dele.


acho que alguns membros do governo sao tao graxinhas que ate aconselham ao chefe do estado, o que eles no lugar dele nao fariam. e agora, será que vao rever a posicao? Juro que com estes debates todos, Armando emilio Guebuza, sente que houve exagero e se houvesse humildade da sua parte, nao aceitaria esta aberracao. Guebuza seria louvado se rejeitasse este facto porque a ponte nao é dele nem é ele, a ponte é fruto de trabalho de muitos, porque nao ponte Eduardo mondlane? este de facto é tido e reconhecido por todos nós como arquitecto da unidade nacional, ninguem o contesta, nao quero por em jogo a pessoa de Guebuza, mas acho que o marketing politico nao pode ser feito de forma maquiavelica. Guebuza é heroi por outros motivos e outras baladas, sua honra e glória estao conosco como povo mas nao é para tanto.

Nkutumula disse...

Adoro o Mutisse quando é contrariado. Aí é que saem os seus espíritos e a sua verdadeira ciência. Gostei da construção que fizeste agora. E viva a ciência. Não quero tocar no nome de Armando Guebuza, muito menos quero sugerir que a ponte Caia – Chimuara tenha o seu nome. Não encontro razões para tal. Não encontro também razões para que não seja. O nível deste debate ultrapassa a questão dos nomes e atinge a essência do problema principal, a partir do qual surge este celeuma todo: a qualificação desta ponte como sendo da unidade nacional. Aceito todos os argumentos tendentes a qualificar a ponte como sendo de unidade nacional, mas que fique claro que não concordo. Para mim, aquela ponte é apenas a última etapa de um longo processo de construção da ligação norte-sul ou sul-norte.
Concordo também com o Lázaro Bamo quando diz que o culto de personalidade nunca foi mérito. Agora voltamos à vaca fria porque me parece que estamos a voltar a discutir o problema pelas conclusões. Isto porque, parece-me, que já há uma conclusão: neste caso há culto de personalidade. Podemos definir este conceito para depois o problematizarmos?

Unknown disse...

Eu acho que alguma coisa nao está boa!!

Julio Mutisse disse...

Bamo, bons olhos te vejam. Segundo a Wikipédia, a enciclopédia livre, "O Culto da Personalidade ou Culto à personalidade é uma estratégia de propaganda política baseada na exaltação das virtudes - reais e/ou supostas - do governante, bem como da divulgação positivista de sua figura." Será que as razões apontadas para a designação da ponte enquadram este conceito? Me parece que não. Guebuza tem mérito no trabalho feito que culminou com aquela ponte. Isto não está em causa. Pelo menos para mim.

O que defendo é um critério possível para a escolha daquele nome, que passe por cima de qualquer homenagem que queiramos fazer a Samora, Chissano e Guebuza que, de uma ou de outra forma, alimentaram o sonho de ver Moçambique com aquela infra-estrutura e se empenharam para tê-la. Thats my point.

Armando Guebuza é um grande patriota. Disso não tenho dúvidas. Acho até que mais tarde ou mais cedo ele decidirá sobre esta questão. O mais importante é que nos orgulharemos daquela infraestrutura que existe.

Nero, o debate de ideias serve mesmo para isto. Aquilatarmos os nossos pontos de vista, mesmo aqueles que julgamos bem claros. Espero que esteja claro o que defendo: temos que buscar a essencia e o simbolismo daquele empreendimento que, para mim, ultrapassa qualquer homenagem que queiramos fazer a qualquer dos timoneiros desta nação.

Custódio, eu gosto de pensar sempre bem das pessoas. Quero mesmo acreditar que as pessoas têm boas intenções sempre. O que acho é que, neste caso, qualquer boa intenção de dar à ponte o nome do actual presidente extravasa todo o simbolismo, expectativa, NOÇÃO, e... que temos daquela ponte.

Shirangano disse...

“Guebuza é o actual Presidente da República e, espero, renovará o mandato este ano” - concordo absolutamente contigo. Isso é um facto indiscutível, não porque haverá roubos de voto ou fraude como estupidamente a RENAMO tem dito, mas a julgar pela a institucionalização do partido FRELIMO e o nível de bajulação que se assiste no país é estupidez crasso pensar que ele não irá ganhar as eleições.

Agora sobre a ponte. Adoro ser sempre advogado do diabo.

Deixa-me dizer que o deus de Moçambique, Armando Guebuza, não se contenta com menos. No início, viu uma escola a ser atribuído o seu nome. Depois viu o recinto do Maputo Shopping centre chamar-se Guebuza square e ouviu seu nome em refrão de músicas. E gora, para surpresa dele, a infra-estrutura de grande dimensão irá receber o nome dele.
Guebuza não se deixa rogado, aceita tudo e, naturalmente, tudo agradece. Não importa se cheira a bajulação ou lambebotismo, contanto que seja o seu nome ou seja hipoteticamente venerado. O Presidente de Moçambique é incapaz de qualquer protesto, apenas sorri e derrama ininterruptamente lágrimas de emoção pela honrosa distinção.
Alguns moçambicanos descobriram que deus de Moçambique adora ser bajulado, porém, usam tudo quanto é meio, talento ou dom para agradar o deus.
Bem-aventurados os que descobriram que o PR de Moçambique adora ser bajulado, porque deles serão os cargos no governo no próximo mandato.
Maldito os que ainda não descobriram, porque serão lançados para longe do governo e das pomposas regalias.

Júlio Mutisse disse...

Shir, é o enraizamento do partido a nível nacional que fará a Frelimo ganhar as eleições. Acredito que a maioria dos eleitores votará por aquelas razões que muitos estudos apontam, outros por convicção de que a Frelimo e Guebas são o melhor para o momento e outros porque, simplesmente, temos repetido muitas vezes que, de momento, ainda faltam alternativas.

A classe dos bajuladores, por si só, é pouco representativa e, muitas vezes, só mete água, pelo que não tem peso para ganhar eleições.

Não me pronunciei quando foi da comunitária Armando Guebuza, nem da Guebuza Square (aqui o MBS não tem que nos consultar quanto aos nomes que quer dar aos seus espaços)... mas, desta vez, entendo que a ponte tem que reflectir até as angústias vividas na travessia do Zambeze nos últimos 34 anos, tamanha é a sua grandiosidade.

Isto não é reduzir Guebuza. Nem um pouco... é até querer que a sua grandeza (de Guebuza) brilhe e brilhe muito mas com a nação e os sentimentos desta em primeiro lugar. (não sou porta voz da nação).

Nkutumula disse...

Oba!! Mais uma conclusão no início de um debate. Shirangano tirou uma conclusão (aparentemente) falaciosa a partir de premissas (aparentemente certas): “O presidente adora ser bajulado, logo, os que o bajulam ocuparão cargos governamentais no próximo mandato”.
Isto vai aquecer… Ah se vai… Imaginemos que mil pessoas bajulem o Presidente, quantos ministérios serão criados para acomodar os bajuladores?
O Júlio é exímio e firme nos seus argumentos. Grande jurista! Vejo que terei muita dificuldade se um dia me cruzar com ele nas barras do Tribunal. Faz-me lembrar a FRELIMO que decidiu combater os colonos até às últimas consequências e expulsá-los de Moçambique, mesmo sabendo que eles estavam melhor equipados do ponto de vista bélico. E vejam só: A FRELIMO expulsou-os mesmo! Como? Perguntem ao Júlio. (Não estou a bajular, nem é culto de/à personalidade).

Matsinhe disse...

Voltemos ao princípio: o que são bajuladores? Será que todos os que bajulam chegam a cargos governativos? Por outra, todos os que ocupam cargos governativos chegaram lá via bajulação? Será que o Presidente da República (o Guebas hoje, o Chissas ontem) só valora bajuladores e detesta quem diga algo que, eventualmente, ele possa não estar de acordo?

No último caso, Nero, Mutisse, Duma, Shir, Bamo se alimentavam o sonho de serem ministeriáveis estão fo..... o Guebas que vai renovar mandato já vos pôs na lista negra hehehhee.

Mais a sério, acredito que hajam bajuladores, lambe botas e puxa sacos do Presidente, do SG etc. Mas o Presidente não conseguiu fazer as boas coisas que se lhe reconhecem nem cometer os erros que cometeu às custas dos puxa sacos que, eventualmente, andem à sua roda. Esses nunca o contrariam. Guebas precisa de ouvir opiniões e muitas vezes hão de ser contrárias as dele e depois decide.

Por isso não nos sintamos amarrados. Vamos lá dizer o que pensamos, o Presidente valora estas opiniões, de certeza. Ele é um homem sensato. Não um Deus infalível para quem a sua opinião (repetida pelos bajuladores, puxa sacos e afins) chega.

Os que decidiram por dar o nome do Presidente à ponte estão próximos do PR (na analogia do colono vencido pela FRELIMO feita pelo Nero, mais preparados para convencê-lo a aceitar) mas, nós, se não concordarmos com a ideia, podemos e devemos preservar nessa ideia.

Eu vejo aquela ponte como ponte da UNIDADE; é assim que a verei. E estando no ano Eduardo Mondlane, Arqutecto da Unidade Nacional, não me repugnaria ver esse nome lá.

Nkutumula disse...

Caro Matsinhe, gostei da sua construção. Ninguém tenha dúvidas que qualquer Presidente tem que ouvir opiniões diferentes para saber qual o melhor caminho a seguir.

Mas já não concordo que se diga que aqueles que concordam com as ideias do Presidente sejam bajuladores. Dizer isso é o mesmo que dizer que o Presidente sempre tem ideias erradas e com as quais nunca devemos concordar.

Ele é Presidente porque tem boas ideias. Aceitem isso. Se fosse alguém com más ideias nunca chegaria ao topo da hierarquia do poder. O Presidente não é omnipotente e omninteligente. Pode ter ideias erradas. Quando as tem, devemos procurar corrigi-lo.

Como? Da forma mais educada e silenciosa possível. Na catequese aprendi que quando se reza não se pode gritar para que todo o mundo saiba que estamos a rezar.

Quando se jejua não podemos amuar as caras para que todos saibam que estamos a jejuar em nome do Senhor.

E agora digo eu: quando se lava a loiça, não é preciso atirar os talheres e a loiça para fazer barulho e todo o mundo saber que estamos a limpar algo que está sujo.

Understand? If not, check this: muitas vezes queremos protagonismo criticando em voz alta e bom som o que há de errado na actuação estatal. O nosso reconhecimento pode ser muito maior se enviarmos uma carta a um dirigente, iluminando-o sobre os cómodas e incómodas da sua actuação. Parece cobardia mas não é. É maturidade, modéstia e humildade.

Anônimo disse...

Porque essa ponte nao chama-se Zambeze? Unidade Nacional? Porque temos que estar a procurar querelas sem necessidade?!
Nao quero ser repetitiva, creio que os comentarios anteriores sao elucidativos o bastante.

Matsinhe disse...

Acho que há um missunderstanding meu caro Nero. Não acho que todos "aqueles que concordam com as ideias do Presidente sejam bajuladores." Aliás, os bajuladores, puxa sacos e afins, se calhar nem concordam com o Presidente mas omitem essa falta de acordo simplesmente para não contrariá-lo como se ele não quisesse ou não gostasse de ser contrariado.

É por isso que disse que Esses nunca o contrariam.

Não posso deixar de concordar consigo que Ele é Presidente porque tem boas ideias. É por isso que o meu voto o colocou lá e, se houver saúde, o manterá lá. Isso não está em causa, como não estão em causa as boas coisas feitas durante este mandato incluindo o nosso levantar de peito para nos afirmarmos sem medos como moçambicanos, donos desta pátria amada.

Não acho que escrever "uma carta para carta a um dirigente, iluminando-o sobre os cómodas e incómodas da sua actuação" em privado seja cobardia mas, também, não é o único método de demonstrar maturidade, modéstia e humildade.

Podemos demonstrar maturidade, modéstia e humildade na nossa intervenção na esfera pública, dizendo educadamente sem insultos nem adjectivações o que pensamos em cada momento sobre cada assunto.

a participação no desiderato nacional pode acontecer de várias formas. Em cada uma, há que demonstrar maturidade, modéstia e humildade como bem dizes e, acredito, seremos igualmente valorados por isso. Ou não?

Nkutumula disse...

Caro Matsinhe. Concordo plenamente consigo. Afinal estamos juntos!Só que há muitos que não entendem isso que estamos a dizer, sobre o modo de dar a nossa opinião. A disciplina partidária é muito mais exigente: “Nunca criticar em público quando podes alertar os camaradas telefonando para eles”. É difícil perceber, mas é a realidade.

Julio Mutisse disse...

Oh AK47, já tenho gente a ligar me a querer saber se, no novo governo, vou assumir a pasta das subversividades e se estás a querer ser meu assessor hehehe. Sabes porquê? Adivinha.

O professor Elísio Macamo, muitas vezes imcompreendido, bateu-se em demasia pela necessidade de evitar certos erros que cometemos quando entramos num debate. Principalmente a ideia de começarmos por uma conclusão pois, o que fazemos a seguir é tentar justificar essa conclusão e muitas vezes sem termos as premissas em que assenta devidamente aprofundadas. Outras missões tiraram o Elísio do nosso seio mas os ensinamentos estão lá já que o Blog não foi desactivado. Vamos aprendendo.

Matsinhe meu puto, heheheh você deve conhecer muitos bajuladores. Acho que a ter que chegar a algum cargo, não tem que ser a custa da minha consciência, de deixar de dizer o que penso em cada momento, ou de deixar de procurar melhores entendimentos sobre os assuntos levantando os assuntos aqui ou noutro lado. Já diz o Duma lá no quintal da AK47 que os que rotulam outros de bajuladores ou apóstolos da desgraça por vezes não nos deixam chances de ser outra coisa. Que chances dás aos bajuladres de não sê-lo? Em que condições não o seriam?

Nero again, o que faz barrulho, normalmente está vazio (veja as lata como exemplo)... quando há conteúdo não precisa de megafones... a subtileza, a educação e polidez fazem o resto. É este exercício que ensaiamos aqui. Ainda bem que se entenderam com o Matsinhe.

Nyikiwa, heheheh, já foste repetitiva. Juntaste a sua voz à, pelo menos a minha, que acho que a ponte deve ter o nome que congregue todo o simbolismo que ela carrega, incluindo o martírio vivido na travessia ao longo dos últimos 34 anos.

Ishii Nero, a disciplina partidária precisa ser desmestificada. Não no sentido de afastá-la mas de aclarar o que ela significa. Há muitos que devem entendê-la como, simplismente, bater palmas aos camaradas, repetir chavões e... há que dizer que disciplina partidária implica apontar erros, sugerir coisas diferentes e/ou muitas outras coisas.

Disciplina não deve significar ausência de opinião, principalmente, opinião diferente.

Shirangano disse...

“Pensar criticamente é uma tarefa que consome bastante energia, e não é próprio das massas e muito menos das mentes fundamentalistas que dobram a consciência e não se deixam humanizar. Não eh próprio de indivíduos que herdaram a ignorância dos seus progenitores fabricados por uma historia alienante.” – Shirangano in 12012, geração de anti-heróis. (obra não editada).

Éh próprio de poucos, de indivíduos que desde a tenra idade foram incentivados a questionar.

“é o enraizamento do partido a nível nacional que fará a Frelimo ganhar as eleições.” O partido esta tão enraizado que ate se confunde com o Estado.

“...por aquelas razões que muitos estudos apontam, ...” estudos que eles mesmos encomendaram. Que resultados mais surpreendentes,
 não eh?

“
A classe dos bajuladores...só mete água”, metem votos também.


“
Não me pronunciei quando foi da comunitária...” talvez por ser uma simples comunitária.

“...nem da Guebuza Square (aqui o MBS não tem que nos consultar quanto aos nomes que quer dar aos seus espaços)” claro! Desde que isso se traduza em isenção de impostos.

Quanto ao nome da ponte pouco importa, poderia ter nome de qualquer outro abutre, o mais importante eh a ponte.

“
Isto não é reduzir Guebuza” longe de mim.

Caro NERO,
“O presidente adora ser bajulado...”, desculpa dizer que a frase, por si so, reflecte pouco esforço em perceber as coisas.

“Imaginemos mil pessoas... quantos ministérios..?” so não te digo o que penso porque não quero suscitar onda de ódios. Será que o conselho de ministro eh formado por mil pessoas?

Julio Mutisse disse...

Shir, há muito que abracei uma atitude crítica até nas coisas que tomo por acabadas. Muitas vezes escrevo num ou noutro local alguma coisa e não publico esperando aprofundar um pouquinho mais o meu conhecimento sobre essa coisa antes de torná-la pública.

Isso tem me valido muito. A interpelação que me é feita ganhou outros contornos. Já não sou interpelado.

Sabe, aprendi muito do Elísio Macamo e seus escritos. Também já me tinha sido ensinado a desconfiar do senso comum superficial e tentar aprofundar as coisas que penso saber, o que são ditas com aura de verdade absoluta; inquestionável.

Meu amigo, tu dizes muitas destas coisas. Inquestionáveis, porque, da forma que as apresentas são verdadeiras, toda a gente sabe e quem questiona é porque...

Mas vamos por partes:

1. O que dizes no seu primeiro parágrafo é real. Já se diz por aí pensar DOI. Pensar criticamente então... Ai estamos juntos.

2. Confusão, Partido/Estado: a construção de Moçambique como Estado foi/é um processo. Se recuar aos primeiros anos de independência, ao modelo governativo (do Partido de Vanguarda) vai descobrir a origem desta confusão que abominas. Da mesma forma que isso foi um processo, mudar isso é igualmente um processo.

Note mais ainda que, muitas vezes, falamos desta confusão mas não dizemos em que consiste ou a apresentamos com fundamentos bastante dúbios. Pode ser que isso convenha porque temos que arremessar essa arma no jogo político do momento. Mas, se pararmos e pensarmos, descobriremos que a implantação ela própria existe que as estruturas de separação são claras e que os meios de financiamento dos partidos são igualmente claros. Te daria mais pormenores mas isso não cabe aqui.

3. Olha venho de uma localidade em Manjacaze onde se "respira" Frelimo. Muita daquela gente não tem ambição por cargos políticos, sonha com uma escola, com uma estrada melhor etc. Aquela gente vota, é aquela gente que ganha eleições. A classe dos bajuladores é pequena e mesquinha. É um fenómeno urbano e elitista, mas a Frelimo é um partido de massas, enraizado da localidade mais longiqua até a capital do país sendo, a maioria dos seus membros, parte das estatísticas de gente sem escolarização. Quando fala de bajuladores que metem votos fala desses também? Então 2 milhões de membros todos (manjacazianos de Mazucane de onde venho incluidos) sã todos uns baita de bajuladores. Como escreveu um dia Fernando Lima, nos nossos países, são fundamentais e determinantes os votos da população do meio rural, com baixos índices de literacia e com fraca exposição aos debates nos media, logo digo eu, longe das bajulâncias.

4.Os estudos são independentes meu caro. O Dr. Carlos Serra já escreveu sobre o assunto e muitos outros no sentido de perceber não só a tend^ncia mas o que condiciona o voto de alguém em determinado partido/candidato. São estudos como esses que nos tem permitido determinar e afirmar com alguma certeza que as pessoas já não votam entre a paz e a guerra. Já não votam por medo; as pessoas estão a tomar cada vez mais consciência do sentido do acto votar. Não os desprezes meu caro. Leia esses estudos.

4. quanto a comunitária, talvz tenha sido mesmo por ser uma "simples" comunitária, mais ainda por não ter acompanhado o processo que culminou com aquilo tudo. A propósito, o que é uma escola comunitária? O que há de diferente entre uma "comunitária" e a 3 de Fevereiro por exemplo. Se me ajudares ai, perceberás a minha indiferença nesse caso.

Julio Mutisse disse...

5. Os benefícios fiscais, que incluem isenções como referes, não são conferidos por se dar o nome de uma praça a um local privado de alguém. Seguem uma certa dinâmica devidamente plasmada na lei. Repare que temos uma lei de bases do sistema tributário, uma lei de investimentos etc. Tudo o que seja benefício fiscal passa por esses instrumentos legais.

Investimentos daquela natureza, pela sua dimensão, importância e benefícios para a sociedade normalmente beneficiam de incentivos, dentro do quadro legal estabelecido. Para sua informação, não é após o empreendimento estar construído, acabado e inaugurado que os benefícios são dados; estes são determinados quando o projecto é aprovado e nos termos determinados pela entidade que aprova. Percebe Shir, aqui, nesta matéria, há clareza, vá a lei de investimentos, a lei de bases do sistma tributário etc e descobrirá como são dados determinados benefícios ficais.

6. Os abutres foram introduzidos por ti. Quanto ao nome, a minha posição é clara: sou contra a adopção, para esta do nome de Armando Guebuza. O defendo é um critério possível para a escolha daquele nome, que passe por cima de qualquer homenagem que queiramos fazer a Samora, Chissano e Guebuza que, de uma ou de outra forma, alimentaram o sonho de ver Moçambique com aquela infra-estrutura e se empenharam para tê-la. Thats my point. Defendo a ideia de um nome que capte o sentido, o simbolismo da ponte para a nação.

De facto isso não é reduzir Guebuza. Tenho por ele grande admiração enquanto líder e tenho orgulho de ser moçambicano e de estar aqui num país dirigido por ele. Por isso o apoio em muitas coisas. Só não apoio aqueles que pretendem dar à ponte o seu nome, mas não retira a admiração que lhe tenho.

Sobre as questões que diriges ao Nero:

Estás a dizer que todos os governantes chegaram onde estão como fruto de bajulação? Em que sentido? De que forma se processa a sua bajulação? Como pode ter a certeza? É a bajulação que sustenta a confiança do presidnte neles ou é a bajulação que lhes deu a confiança já que "o presidente adora ser bajulado"?

Nkutumula disse...

Caro Shirangano,
“O presidente adora ser bajulado...”, “desculpa dizer que a frase, por si so, reflecte pouco esforço em perceber as coisas.” Desculpa eu Shirangano! Esta frase que citaste não é minha! Nunca estive com o Presidente ao ponto de saber se ele adora ou não ser bajulado. Não me enterres tão cedo meu irmão, estou a nascer.
“Imaginemos mil pessoas... quantos ministérios..?” so não te digo o que penso porque não quero suscitar onda de ódios. Será que o conselho de ministro eh formado por mil pessoas?” É exactamente essa a minha pergunta! Se os que bajulam conseguem cargos no Governo, como é que o Presidente vai se arranjar se for bajulado por mil pessoas? Vai criar mil mi(ni)stérios?
Já reparei que estamos na mesma trincheira mas de costas voltadas. Não é possível nos atingirmos. Vira para trás…

Ehpa, Júlio, assim vais nos matar. Como vou contrarir um raciocínio com tanta lógica como este? Assim não vale. Uma bala de cada vez porque a minha Kalashnikov já está com o carregador quase vazio. Ou então vou procurar um clote à prova de bala (Amosse Macamo), este desaparecido. Estou quase a declarar a morte presumida dele nos termos do numero 1 do artigo 114 do Código Civil.

Nelson disse...

Eu prefiro nao entrar na conversa do nome. Pa mim e para tantos dos utentes daquela ponte basta-nos o fim da chatice dos bateloes dos barkinhos e ou canoas. Que a ponte se chame como se chamar.
P.s. O Manuel Araujo vai pedir ao PR para negar o presente envenenado.

Martin de Sousa disse...

O nome mesmo para mim pouco importa e concordo com o Nelson quanto a questão do presente envenenado.
Para mim também releva o fim chatice dos bateloes dos barkinhos e ou canoas, o fim do sofrimento.

Nkutumula disse...

Nelson
Boa táctica essa tua : “não entrar na conversa do nome”. Mas me parece que acabastes entrando e já tens uma conclusão que é: “o nome é um presente envenenado”! Podemos contextualizar este presente envenenado para depois vermos se a conclusão é correcta? O mesmo vale para o Martin Sousa.

Shirangano disse...

"O meu avo dizia que burro nunca tem duvida. Entao, se Mutisse e Nero tem duvida do que eu disse, logo, ( atencao: segundo meu avo) nao sao burros."

Caro Mutisse,
Nos temos olhos e ouvidos, assistemos todos dias essas leis a serem estupradas a torto e direito. O que mais me impressiona em ti eh a maneira como te agarras as coisas que dizes porque leste em algum sitio e dahs como verdade absoluta! Mas deixa-me dizer que na minha opiniao (nao tou a ser arrogante e teimoso) tudo que tomas como referencia sao imaginacoes escritos nos papeis para justificar que estao a trabalhar e que somos um pais serios.
deixa me dizer que gosto dos seus comentarios pela coerencia na abordagem, reflectem muito conhecimento.

“O presidente adora ser bajulado, logo, os que o bajulam ocuparão cargos governamentais no próximo mandato”.essa foi a conclusao que o Nero chegou atraves das seguintes afirmacoes "Alguns moçambicanos descobriram que deus de Moçambique adora ser bajulado, porém, usam tudo quanto é meio, talento ou dom para agradar o deus.
Bem-aventurados os que descobriram que o PR de Moçambique adora ser bajulado, porque deles serão os cargos no governo no próximo mandato."
Caro NERO,raciocina comigo, achas que dizer que os cabelos brancos do PR faz com que ele seja um homem charmoso irah lhe garantir um cargo governamental? E Experimentam mudar o nome da capital do pais para AEGuebuza, para na falar da ponte? Eh nao me refiro de uma simples bajulacao muitos compatriotas estao acostumado a fazer, trata-se de BAJULACAAAOOOO! Isto eh, perder a vergonha e atingir o auge da estupidez.

Nkutumula disse...

Caro Shirangano.
A frase: "Alguns moçambicanos descobriram que deus de Moçambique adora ser bajulado, porém, usam tudo quanto é meio, talento ou dom para agradar o deus.
Bem-aventurados os que descobriram que o PR de Moçambique adora ser bajulado, porque deles serão os cargos no governo no próximo mandato." A não é da minha autoria! Aconselho-te a leres os comentários todos para descobrires qual dos bloguistas escreveu isso! Ontem também me atribuiste a autoria de uma frase que não é minha! Agarra uma calma mano. Tas a crucificar a pessoa errada… Procure ver bem quem foi que andou a escrever isso. Eu nunca faço crítica barata! Nunca teria elementos para chegar a essa conclusão cuja autoria me estás a atribuir.

Júlio Mutisse disse...

Shir,

Há várias coisas que lhe podia dizer mas o dever de sigilo que me amara a clientes e instituições que confiaram em mim não me permite.

Mas genericamente posso lhe dizer que milhares de pessoas, com investimentos MUITO abaixo daquele feito por MBS beneficiam de incentivos fiscais ao abrigo da legislação em vigor no país. Não te esqueças, sou consultor jurídico, aconselho gente das mais diversas proveniências; não te cito a legislação sobre o investimento a toa. É com conhecimento de causa.

Se sabes de investidores que beneficiaram de incentivos fora do esquema legal e graças a bajulação please diga. Não insinue. Digo te, HÁ GENTE QUE INVESTE 1000 000 DE DÓLARES e recebe benefícios fiscais. Até onde sabemos o Maputo Shoping custou mais de 35 milhões de US$ e, pelo que me consta, com o investimento aprovado pelo Governo.

Paremos de insinuações baratas. NÃO basta ouvir dizer, para as coisas serem verdadeiras; os nossos escritórios estão cheios de investidores que entram, surgem e conduzem os seus negócios de forma clara com tudo autorizado incluindo benefícios fiscais.

Ler não é mau Shir, procurar saber como as coisas funcionam é uma atitude de humildade também.

A partir da minha experiência profissional lhe digo que é tão fácil abrir uma empresa e apresentar um projecto credível e beneficiar de incentivos que lhe ajudam não só a estruturar/pôr de pé o empreendimento como a garantir retorno do investimento feito, dando emprego a gente que pagará impostos e terá uma fonte de rendimento que as ajude a viver sem esticar a mão permanentemente.

Vá com calma, o país não é esse caos todo que queremos apresentar. Há coisas que andam mal sim, mas há muitas que andam como deve ser e mais do que atirar pedras como fazes, devemos trabalhar todos juntos para pôr o país a andar.

Júlio Mutisse disse...

Nero,

A discussão no seu blog se estende para aqui também, de alguma forma. O senso comum superficialíssimo que fomos e somos impelidos a combater ainda jaz na cabeça de muitos dos nossos compatriotas.

O exercício de questionar o que nos vem ainda custa.

Passamos grande parte do nosso tempo lutando pelo cumprimento de leis e a aconselhar sobre a melhor forma de cumpri-las etc consciente de que há quem as tente furar e, mais tarde ou mais cedo, cai nas malhas da lei. Cabe na cabeça de alguém que só a "bajulação" ao presidente dando lhe o nome de uma praça num sítio qualquer pode sustentar a estrutura de um investimento como aquele? Que o PR tenha dado "incentivos fiscais Adhoc" fora do quadro legal aplicável?

Mas chegaremos lá. Não achas?

Martin, não vou repetir o que Kalash disse/perguntou ao Nelson. Retratem-se.

Nkutumula disse...

Pois é meu caro compatriota Júlio… O debate de ideias torna-se difícil quando estas são apresentadas como dogmas (verdades consideradas indiscutíveis). Muita gente foi morta na antiguidade por causa do dogma segundo o qual o sol gira em torno da Terra. Todos que defendiam que era a Terra que girava em torno do sol foram decapitados! Meio século depois, descobriu-se que afinal tinham razão! De quem foi a culpa? Dos dogmas ou dos dogmáticos? Creio que era destes últimos. Partiam para as discussões já com conclusões na manga. Isso mata o debate. Partamos das premissas para que possamos legitimiar as conclusões: assim falou (e bem) Aristóteles, discípulo de Platão, dicípulo de Sócrates.

Júlio Mutisse disse...

Lições,

Saio deste debate com um misto de satisfação e melancolia.

Satisfação por termos estado a desbravar a mata para encontrarmos um caminho para a luz (aqui simbolizando bem estar).

Melancolia por sentir que, neste exercício de desbravar a mata, há quem ainda não percebeu que cortar árvores, por si só, não é abrir caminho. Abrir caminho requer mais do que cortar uma ou outra árvore, requer plano, lógica e, acima de tudo, orientação.

Mas do simples nome de uma ponte, cruzamos vários saberes.

O Nero AK47 chamou-nos atenção para a necessidade de não secundarizarmos as outras pontes cujo papel é tão essencial como será o da ponte sobre o Zambeze;

O Nelson do Chiveve valoriza mais a infra-estrutura do que o nome que eventualmente se venha a dar (secundado pelo Martin).

O Shir é contra os bajuladores (embora apresente o conceito de forma problemática) como eu, e muitos outros.

O Bamo reconhece o patriotismo de s. Excia o PR e é contra o que chama de culto de personalidade.

Enfim, todos nós entramos neste exercício e contribuimos com um pouco do nosso saber.

A esfera pública agradece. Agradecerá quando soubermos, com debate, influenciar decisões etc.

Agradecerá quando nós, bafejados com a sorte de ter acesso a este conjunto de meios, a formação e informação, podermos demonstrar que, para matar uma cobra, pode não ser viável queimar a mata toda como, literalmente, muitos de nós insistem em fazer.

Anônimo disse...

saudaçoes a todos. tentei seguir o debate atá ao fim mais do percurso cansei e salter as ilações finais do Mutisse, infelizmente ninguem abordou o seguinte:
1. se o nome não for bem dado...a ponte será popularmente conhecido por outro nome. Casos desses acontecem com o chapa 100, bairo chopal (25 de Junho), benfica (jorge dimitrov),etc.

2. a ponte pode ser considerada da unidade nacional não por que as outras (save, etc) não contribuem para o mesmo mas por que esta representa o culminar da grande divisão/ do sofrimento entre duas regiões populosas. aqui chamo atenção a abordagem marginalista versus totalitarista, isto é, a última gota que leva o copo a transbordar...a batalha que derrota o inimigo não pode pertecener a um general mas ao povo vitorisos...penso que é isto que ser da ponte que derrota para sempre a "divisão do país".

3. não sei porquê ninguém falou disto...não era dificil de pensar..

Oland Melta